WebsiteVoice

Mostrando postagens com marcador Princesa Lea. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Princesa Lea. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

EL VIOLADOR INFERNAL (1988)


Argento, Lucio Fulci e José Mojica Marins têm mais uma coisa em comum além do óbvio fato de dirigirem obras de horror: os três já foram acusados de misoginia (do grego misos/ódio e gene/mulher), por causa das numerosas cenas de violência e crueldade contra mulheres em seus filmes.

Mas acredite: Argento, Fulci e Mojica parecerão três cavalheiros românticos depois que você conhecer um mexicano maluco chamado Damián Acosta Esparza, que em 1988 dirigiu uma pequena obra-prima da apelação, da tosquice e da misoginia chamada EL VIOLADOR INFERNAL - ou, em adaptação livre para o português, "O Estuprador do Inferno".


Trata-se de mais um daqueles inacreditáveis trash movies mexicanos em que o espectador não sabe se ri ou se chora, a exemplo do já clássico "Intrepidos Punks", de Francisco Guerrero. Coincidentemente, Acosta Esparza (que se transformou num dos meus novos diretores de tralhas preferidos) dirigiu a continuação do filme de Guerrero, "La Venganza de los Punks", que em breve também estará aqui no FILMES PARA DOIDOS.

Curto e grosso (já que grosseria é o forte do filme), EL VIOLADOR INFERNAL começa com o perigoso estuprador e assassino conhecido como El Gato sendo levado para a execução na cadeira elétrica - algo engraçado, considerando que a pena de morte não é aplicada no México desde 1961.


Depois de fritar na cadeira (numa cena tosquíssima, tanto pelo cenário quanto pelos efeitos sonoros da "corrente elétrica"), o moribundo recebe a visita do Diabo, numa cena que parece saída de algum filme do Zé do Caixão feito nos anos 70: não só porque o Diabo - ou Diaba - "aparece" graças àquele bizarro efeito de desliga a câmera-coloca o ator no lugar-liga a câmera, mas também porque a Rainha dos Infernos aparece vestida como se estivesse num baile de carnaval, e acompanhada de duas "ajudantes" em trajes parecidos!

Sabe-se lá por que cargas d'água, o Diabo... a Diaba (arre!) resolve adotar El Gato como "filho de Satã". E para ganhar o direito de ressuscitar como um ser indestrutível e imortal, ele deve viver uma vida de luxúria e drogas estuprando toda mulher e homem (?!?) que cruzar seu caminho. Sacou só a escolha que ele deve fazer? Ou vive eternamente, doidão e comendo todo mundo, ou continua morto pelo resto da eternidade. Decisão difícil, hein?


Como o título já anuncia, El Gato escolhe a primeira opção, e no momento seguinte aparece trajando roupas de dândi e usando heroína na casa de um traficante homossexual, que, por ironia, acaba se transformando na primeira vítima do redivivo psicopata. Ele mata o rapaz a facadas, transa com o cadáver (isso pode ser considerado tecnicamente um estupro ou é só necrofilia mesmo?), e depois crava o número "6-6-6" com o punhal nas costas da vítima - algo que ele deve repetir a cada crime para continuar mantendo seus poderes infernais.

A partir de então, EL VIOLADOR INFERNAL segue uma sequência repetitiva de estupro-morte, estupro-morte, estupro-morte, com o vilão conhecendo um montão de mulheres fúteis e fáceis, que conquista facilmente e que se tornam alvos fáceis para seus ataques, enquanto a polícia fica completamente desnorteada.


Parece até uma mistura do pornô da pesada "Forced Entry" (que também era uma sequência de estupros, porém muito mais realistas e chocantes) com o terror "Shocker - 100.000 Volts de Terror", de Wes Craven (que, entretanto, foi feito um ano DEPOIS, em 1989).

Partindo de um argumento do produtor Ulises Pérez Aguirre e de Cristóbal Martell, EL VIOLADOR INFERNAL foi, surpreendentemente, roteirizado por uma MULHER (!!!), Carmen Rojas, que devia estar numa TPM literalmente infernal quando escreveu esse negócio.

Afinal, 99% das personagens femininas do filme são completas vagabundas, mulheres interesseiras que resolvem dar para o vilão apenas porque acham que ele é milionário, saem com ele para um primeiro encontro e em cinco minutos já estão baixando as calcinhas. E o 1% restante apenas não aparece no filme tempo suficiente para demonstrar qualquer característica negativa, sendo logo atacada, estuprada e morta por El Gato.


Descontando esse 1%, toda mulher do filme é representada com um mero pedaço de carne, apenas para ser fodida e morta pelo vilão. A roteirista Carmen estava tão furiosa com as meninas em geral que até o Diabo tem forma feminina (!!!), o que vai de encontro àquela clássica sentença atribuída a São Tomás de Aquino: "Demônio, teu nome é mulher".

Uma cena bem ilustrativa do conceito que a roteirista faz da mulherada acontece quando El Gato aborda uma moça que conheceu (ou melhor, bateu o olho) num salão de beleza. O vilão a convida para tomar um drink, mas leva a coitada para um drive-in daqueles bem safados, onde a moça se assusta com os casais trepando nos carros ao lado. Mas El Gato, sensual que só ele, pede umas vodkas, uma porção de picadinho (!!!), e no minuto seguinte já está levando a mulher - que acabou de conhecer - para o banco de trás do carro! É bom anotar essas dicas de sedução do Violador Infernal para se dar bem num primeiro encontro: drive-in e picadinho!


Não suficiente em demonstrar sua revolta com as mulheres, EL VIOLADOR INFERNAL também guarda munição para disparar contra os homossexuais, em cenas que, à época da realização do filme, talvez fossem consideradas um alívio cômico, mas hoje soam absurdamente homofóbicas.

Falo da cena em que a polícia "interroga" o amante do homossexual que foi a primeira vítima de El Gato. Tratado a pancadas por causa do seu jeito "delicado", o rapaz é chamado de "boneca" e de "maricón" pelos policiais, e o investigador responsável pelo caso ainda protagoniza um bizarro diálogo em que dispara: "Ele é uma bichona, para mim já é culpado o suficiente!" (veja nas fotos abaixo, com legendas em inglês).


Deixando o "politicamente correto" um pouco de lado, acho impossível que alguém realmente leve a sério essas provocações misóginas e homofóbicas de EL VIOLADOR INFERNAL, ou mesmo fique chocado com as cenas de estupro mequetrefes filmadas por Acosta Esparza.

Não há nenhuma cena de violência sexual no nível de um "Irreversível", por exemplo, e os estupros basicamente apenas mostram um montão de nudez das moças. O "violador infernal" até se demonstra um grande romântico em alguns momentos, quando fica beijando as mulheres no rosto e no pescoço durante o "estupro" (tentando "criar clima", talvez?).

Enfim, assisti EL VIOLADOR INFERNAL ao lado de uma moça e ela não se demonstrou revoltada em momento algum, nem mesmo pelo tratamento pejorativo dado às personagens do sexo feminino. O negócio é fazer como as vítimas de El Gato: relaxar e gozar. Até porque o filme é muito, mas muito engraçado em suas tentativas (desastradas) de chocar.


Confesso que estou até agora tentando entender porque El Gato, com os poderes infernais que possui, perde um tempão passeando de carro, caçando mulheres e contando mentiras deslavadas para seduzi-las e atraí-las para lugares desertos, onde serão mortas ao som da trilha sonora monocórdica de Rafael Garrido (repetida "over and over again").

Porra, mas o cara não é estuprador? Então por que ele fica de putaria, dando uma de galanteador com todos os rabos-de-saia que lhe cruzam o caminho, ao invés de simplesmente arrastá-las para qualquer cantinho e, ora, estuprá-las? E se é imortal e cheio de poderes infernais, por que se preocupa tanto em levar suas vítimas a locais ermos, para não ser pego pela polícia, se nada nem ninguém pode lhe fazer mal?


Da metade para o final, então, EL VIOLADOR INFERNAL vira um samba do crioulo doido: descobrimos que El Gato não só é imortal, mas também tem poderes sobrenaturais, como o de soltar raios pelos olhos para explodir coisas e fazer garotas levitarem. Pena que ele só usou esses poderes legais na sua última vítima: todos os outros ataques teriam sido bem mais fáceis com a ajuda dos "raios mágicos"!

Detalhe: os tais raios não passam de riscos feitos sobre o próprio negativo, um efeito tão tosco e precário que já transformaria o filme numa comédia involuntária SE todo o resto não fosse igualmente hilário. Até porque de vez em quando o ator mexe a cabeça e o "raio" vai parar lá nas pálpebras ou sobrancelhas, como você pode ver nas fotos abaixo!!!


E o roteiro é de uma preguiça atroz: El Gato conhece quase todas as suas vítimas num suspeitíssimo salão de beleza que também funciona como casa de massagem e, aparentemente, prostíbulo (já que todas as funcionárias comportam-se como garotas de programa, só que sem cobrar!). Ali, o vilão mata clientes e funcionárias sem que ninguém desconfie ou suspeite do desaparecimento das garotas!

EL VIOLADOR INFERNAL pode até ter sido concebido como filme de horror chocante, e pode até ser que algum dia tenha assustado alguém. Hoje, entretanto, não passa de uma comédia engraçadíssima, repleta de detalhes estúpidos (como o delegado que diz ter lido dezenas de livros de ocultismo apenas para descobrir que 666 é o número da Besta!) e cenas incrivelmente mal-feitas (numa das aparições da Diaba, sua capa foi PREGADA à parede para parecer que estava esvoaçante, como você pode ver na foto abaixo!!!).


Por fim, umas palavrinhas sobre o elenco. Noé Murayama faz El Gato, ele que à época já era um veterano do cinema mexicano, tendo feito westerns, filmes de lutadores mascarados e aventuras de espionagem (também teve um papel secundário no western spaghetti "Corri, Uomo, Corri", de Sergio Sollima). Sua "interpretação" vilanesca é hilária, com um excesso de sonoras risadas maléficas que lhe assemelham ao Dr. Evil da série "Austin Powers".

As meninas fazem pouca coisa além de agir como vadias, tirar a roupa, gritar enquanto são "estupradas" e morrer, mas eu não poderia deixar de registrar a participação da musa do FILMES PARA DOIDOS: a única e inigualável Princesa Lea, que eu conheci em "Intrepidos Punks".

Esta dançarina tesuda com nome inspirado em "Star Wars" era uma espécie de Gretchen mexicana, só que loiraça e com os peitos gigantescos ao invés da bunda. Sua participação é pequena como Maribel, massagista que se torna a última vítima de El Gato. Mas pelo menos ela mostra seus "talentos peitorais" durante um bom tempo. Ironicamente, ao ser substituída por uma dublê na cena em que sua personagem rola por uma escada, seus seios parecem murchar!


À primeira vista, EL VIOLADOR INFERNAL parece aquele tipo de filme que você até se sente sujo no final, pela quantidade de sexo forçado e violência a que foi submetido. Felizmente, tudo é suficientemente barato e mal-feito para se tornar engraçado, na linha dos filmes de Hershell Gordon Lewis, e com tantas bobagens por minuto quanto uma obra de Ed Wood ou Bruno Mattei.

Sendo assim, mais um FILME PARA DOIDOS com louvor vindo do México, país que teve uma larga produção de horror e sexploitation praticamente desconhecida aqui no Brasil, onde pouco ou nada foi lançado comercialmente. Veja e prepare-se para também virar fã do diretor Damián Acosta Esparza (não deixe de procurar pelo posterior e superior "La Venganza de los Punks")!

Ah, e enquanto estiver assistindo essas patacoadas, não esqueça do lema do blog: "Se ver um filme ruim é inevitável, relaxe e goze!".

Cena inicial de EL VIOLADOR INFERNAL



*******************************************************
El Violador Infernal (1988, México)
Direção: Damián Acosta Esparza
Elenco: Noé Murayama, Ana Luisa Peluffo,
Bruno Rey, Princesa Lea, Alfredo Gutiérrez,
Blanca Nieves e Arturo Mason.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

INTREPIDOS PUNKS (1988)


Se você achava que este blog já tinha descido aos mais baixos níveis de ruindade cinematográfica ao resenhar "Força Cruel" e "Deadly Prey - Extermínio de Mercenários", seja bem-vindo de volta ao território pútrido do lixão fílmico, com mais uma daquelas "obra-primas" que fazem você se perguntar a cada cinco minutos: "Mas afinal, por que é mesmo que eu estou vendo ISSO?".

O título da bagaça não poderia ser mais sedutor: INTREPIDOS PUNKS. E apesar de parecer um título escrito em bom português (falta apenas um singelo acento agudo), não se trata de um filme brasileiro: estamos diante de uma obscura produção MEXICANA dirigida por Francisco Guerrero, mas que até lembra, e muito, aquelas produções bagaceiras da Boca do Lixo - com as quais divide a pobreza e a quantidade de sexo e mulheres peladas.


Sem mais rodeios, já que ando sendo acusado de escrever demais sobre filmes que não merecem tanto, INTREPIDOS PUNKS é a singela história de uma quadrilha de motociclistas punks (não me diga!!!!) caracterizados como aqueles vilões pós-apocalípticos de filme B italiano (ou seja, roupitchas de couro e coloridos cabelos ao estilo moicano).

Apesar disso, os punks vivem numa cidadezinha do interior do México (!!!), em sua própria comunidade no deserto (peraí, são punks ou hippies?), de onde volta-e-meia saem para assaltar bancos e postos de gasolina, além de matar e estuprar inocentes, não necessariamente nesta ordem.


Os punks mexicanos obviamente são uma cópia bagaceira da trilogia "Mad Max". Inclusive são liderados por uma loiraça sensual chamada Fiera (interpretada por... não ria... "Princesa Lea"!!!), e a moça usa figurino e penteado parecidíssimos com Tina Turner no terceiro filme dirigido por George Miller. E a aventura mexicana não esconde outra influência bastante óbvia: "The Warriors - Os Selvagens da Noite" (que também já trazia gangues de marginais usando figurinos excêntricos).


Hilariante de tão ruim, INTREPIDOS PUNKS não tem um roteiro muito coerente, com uma trama que se desenrola apenas catalogando os crimes "selvagens" cometidos pelos punks.

Na primeira cena, as moças do grupo assaltam um banco vestidas como freiras, só para dar uma idéia do nível da coisa. Depois há surubas, estupros coletivos, um rapaz incendiado vivo num posto de gasolina e um ousado plano para libertar da cadeia o amante de Fiera e verdadeiro líder da quadrilha, Tarzan (!!!), interpretado por um daqueles lutadores mexicanos mascarados, conhecido apenas por El Fantasma - e sim, o sujeito usa máscara o filme inteiro, e quando não usa a câmera não enquadra seu rosto!

(E se Fiera e Tarzan não parecem "nomes punks" bons o suficiente para você, caro leitor, saiba que outros membros do grupo têm apelidos tão singelos quanto Calígula e Pirata!!!)


Mas é claro que não temos apenas punks espalhafatosos em cena: não demora muito para entrar em cena a dupla de "heróis" da coisa. Agora tente segurar o riso: são dois quarentões bigodudos e ostentando respeitáveis barriguinhas de cerveja, além de vestirem um figurino hilário que inclui "discretíssimos" ternos em tons vermelho-berrante (!!!).

Seus nomes são Marco e Javier (atores não creditados, e não sei porque isso não me surpreende...), dois agentes federais bons de briga e de mira, daquele tipo cinematográfico que prefere matar os bandidos a prendê-los.

Porém, como roteiro ruim é pouco neste caso, Marco e Javier só vão tratar da ameaça dos punks nos 25 minutos finais de INTREPIDOS PUNKS! Antes, eles estão muito ocupados resolvendo "missões secundárias" que não têm absolutamente nada a ver com os moicanos e moicanas: desbaratar uma quadrilha de contrabandistas e um cartel de traficantes de drogas - é provável que o filme tenha ficado muito curto e o diretor rodou essas cenas "nada a ver" apenas para completar a duração.


INTREPIDOS PUNKS é tão ruim, mas tão ruim, que você não consegue desgrudar os olhos da tela - e o espanhol falado pelos protagonistas só ajuda no fator diversão, já que a pronúncia de "punks" se transforma em "PÓNKS" com o carregadíssimo sotaque mexicano.

Há tantas cenas estúpidas que seria de questionar a sanidade de diretor e do seu elenco. Mas a mais absurda delas certamente é um estupro coletivo comandado por Fiera, que manda seus asseclas violentarem as esposas dos diretores do presídio onde Tarzan (quaquaqua) está trancafiado. Pois os estupros são intercalados com cenas de uma banda punk-rock tocando AO LADO DOS CASAIS TRANSANDO, como se os caras tivessem levado bateria, guitarras e caixas de som para ajudar na animação da orgia!


E por falar em música, a canção-tema do filme, chamada "Intrepidos Punks" (que criativo!), toca umas 80 vezes durante os 90 minutos de duração da película. Ao que parece, a produção era tão pobre que não havia dinheiro para comprar outras músicas, assim restou aos pobres mexicanos repetir sempre a mesma. Acredite, dá para decorar a letra até chegarem os créditos finais...

A verdade é que embora seja vendido como filme de aventura, INTREPIDOS PUNKS é um exploitation com todas as letras: tem (muito) sexo, violência e consumo de drogas, além de uma abordagem ridiculamente sensacionalista de um fenômeno social em pleno auge na época, o movimento punk - aqui, claro, distorcido de forma preconceituosa e exagerada.

É até engraçado pensar numa quadrilha de punks que vive no meio do deserto fazendo orgias, mas todos estão sempre maquiados e com os cabelos armados em excêntricos penteados! Alguns deles, de tão espalhafotosos, parecem ter saído do filme "Alice no País das Maravilhas" de Tim Burton, como este da foto abaixo:


Destaque absoluto para a tal Princesa Lea, a loiraça peituda que interpreta a grande vilã da trama. Ela aparece o tempo inteiro pelada ou quase, vestindo umas tirinhas de couro que mal cobrem os biquinhos dos seios (porque o resto fica todo de fora). E seu corpão é um verdadeiro atentado à moral e aos bons costumes (numa época pré-silicone e pré-lipoaspiração)!

Dei uma pesquisada no Google e descobri que Princesa Lea (quaquaqua) era uma espalhafatosa dançarina e cantora mexicana daquela época, conhecida por suas performances "sensuais" e por aparecer peladona em filmes - mais ou menos como a Gretchen ou a Rita Cadillac na mesma época aqui no Brasil, para comparar. A propósito: ela começou a usar o nome "Princesa Lea" em 1977, ano de "Star Wars", então dificilmente se trata de um caso de mera coincidência...

(A título de curiosidade, dá uma sacada nos títulos de outras obras em que a moça aparece: "Chile Picante", "Muñecas de Medianoche" e "El Violador Infernal"!!!)


Sem mais delongas, INTREPIDOS PUNKS é um filme que precisa ser desenterrado e VISTO. É impossível quantificar a sua ruindade em tão poucos parágrafos, só mesmo testemunhando as atrocidades que chamam de roteiro e direção para entender do que estou falando. Com direito a cena de pancadaria coletiva estilo Os Trapalhões, quando Tarzan (ou El Fantasma, como você preferir) tem a chance de mostrar seus dotes de lutador de luta livre, e com direito também aos heróis vencendo o vilão numa luta "dois contra um" (e daí que é covardia?).

Para encerrar, sugiro uma sessão dupla imperdível para ser curtida com a ajuda de doses cavalares de álcool: INTREPIDOS PUNKS para aquecer e o hilário filme nacional "Punk's - Os Filhos da Noite" (1982), de Levi Salgado, com Danton Jardim e Lady Francisco, para encerrar a noitada. Melhor ainda se você convidar alguns amigos punks "de verdade" para conferir. Garantia de uma noite inesquecível...


*******************************************************
Intrepidos Punks (1988, México)

Direção: Francisco Guerrero
Elenco: Princesa Lea, El Fantasma, Olga
Rios, Juan Gallardo, Rosita Bouchot,
Juan Valentín e Alfredo Gutiérrez.