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quinta-feira, 1 de abril de 2010

O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO (1985)


Você já sabe que O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO vai ser um filme mágico só pela primeira cena, que mostra um prisioneiro sendo colocado na cela apertada de um presídio e encontrando Satã (aquele gigante dos filmes do Zé do Caixão) peladão! Satã então diz ao recém-chegado: "Meu nome é Tadeu, mas eu prefiro ser chamado de Deus! E pra começar, você vai lavar a minha cueca!". Segue-se uma pancadaria, com o recém-chegado esmagando a cabeça de um outro preso (que veste apenas uma cueca vermelha!) contra a parede, e os créditos iniciais onde o nome do filme é absurdamente grafado como "O Império do SÉXO Explícito"!!!

(Detalhe: Tal cena não tem ABSOLUTAMENTE NADA A VER com o restante do filme, e é simplesmente esquecida depois dos créditos iniciais!)


Não bastasse estes "pré-requisitos", o filme é mais uma daquelas indigestas misturas de pornô hardcore com elementos dos gêneros ação e policial, como era comum produzir na Boca do Lixo dos anos 80.

Tem um milhão de erros de continuidade, cenas de sexo explícito enxertadas de qualquer jeito na montagem, tiroteios e até uma rápida perseguição de automóveis.

Tem também um grande motivo para agüentar cenas como a de Satã peladão: a musa das musas ZILDA MAYO, em várias cenas peladona, mas sempre linda e maravilhosa (e isso já é motivo mais que suficiente para grafar seu nome em maiúsculas).


O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO é assinado por Marcelo Motta, ex-aluno de Mojica, que o dirigiu em "A Estranha Hospedaria dos Prazeres" (1976) e depois partiu para a pornochanchada ("O Chapeuzinho Vermelho", de 1980, também com Oásis Minitti), e finalmente para o sexo explícito, logo sumindo sem deixar rastros.

Como muitos outros pornôs brasileiros da época, este também tem a maior cara de ser um filme policial "sério" que teve cenas explícitas adicionadas posteriormente na montagem, apenas para aproveitar a nova moda do hardcore na Boca do Lixo. Afinal, o filme é de 1985, o grande ano da fodelança no cinema brasileiro. Como escreveu Edward Janks na revista virtual Zingu, mais de 70 filmes de sacanagem foram produzidos/lançados em 85, entre eles "clássicos" como "O Viciado em C...", "O Analista das Taras Deliciosas" e "Edifício Treme-Treme".


Entre uma trepada enxertada e outra, O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO conta a história de Marcelo (o falecido Oásis), um ex-presidiário em busca de vingança - mas não pergunte vingança de quem ou por quê, pois estas explicações devem ter ficado nas páginas de roteiro eliminadas quando o filme se transformou em pornô.

Ele se une ao amigo Luanda (Satã) para passar a perna em duas violentas quadrilhas de traficantes de drogas, que estão para fazer uma negociação milionária. Quando chega a hora da troca, Marcelo embolsa o dinheiro, rouba a muamba, mata o entregador e inicia uma sangrenta guerra entre quadrilhas.


Mas o cerco se fecha também contra ele e suas duas amadas, Cris (não sei quem é a atriz) e Linda (ZILDA MAYO, óbvio!), uma amante do passado que o anti-herói reencontra.

Apesar do seu tom sério, o filme é uma comédia involuntária do início ao fim: os gângsters fazem o tipo mafioso (no Brasil!), andando de lá para cá em terninhos brancos e com óculos escuros, mas aparecem telefonando de orelhão (!!!) e promovendo orgias caligulescas, quando entram as tais cenas enxertadas de sexo hardcore.

Claro que nenhum dos personagens principais participa destes oba-obas: um take de Oásis Minitti abrindo uma porta é seguido por outro (filmado em outro tempo e outro lugar) de uma suruba rolando no interior do quarto, e por aí vai.


O único dos atores principais que realmente aparece num rala-e-rola explícito é o próprio Oásis, que protagoniza uma cena de penetração, sexo oral e gozo com uma loira anônima na cama. Misteriosamente, assim que a cena acaba a tal loira é substituída pela outra atriz que interpreta a sua namorada, sem que uma tenha nada a ver fisicamente com a outra! Nem Ed Wood aprontava dessas...

Já ZILDA MAYO não participa de nenhuma cena explícita (ela nunca fez pornô hardcore, ao contrário do que muitos sites desavisados divulgam por aí), mas está maravilhosamente sexy nas várias cenas em que aparece tomando banho nua de piscina, ou protagonizando sexo simulado com Oásis e com outro ator anônimo na praia.


Esta cena da praia inclusive tem um lance divertido: o tal ator tenta "animar" as coisas metendo a mão na perereca da ZILDA, e ela, visivelmente sem jeito, arranca o braço do sujeito dali rapidinho! O cara é até capaz de ter tomado umas porradas depois que o diretor gritou "Corta"...

E tome abobrinha em 80 minutos de filme: os gângsters ora falam diálogos rebuscados, como "A entrega será realizada dentro de 72 horas" (por que não fala "3 dias" de uma vez, caramba?!?), ora desfilam pérolas no estilo "Você se julga muito esperto, não é? Pois amanhã nós saberemos quem você é, de onde é e até a cor da merda que você caga!", ou "Descubram esse Boccato nem que ele esteja escondido debaixo da saia fedorenta da puta da mãe dele!".

O tal Boccato é uma pérola: o bandidão é interpretado por um dos piores atores coadjuvantes do cinema brasileiro, o histórico Marthus Mathias (de "Prisioneiras da Ilha do Diabo", 1980), imortalizado por ter emprestado a sua voz ao Fred Flinstone na dublagem clássica do desenho. Pois Marthus passa o filme inteiro arregalando os olhos, e ainda protagoniza uma constrangedora cena de sexo (implícito, graças a deus!), em que toma porradas de uma garota.


O sexo de O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO também é daquele tipo feio, sujo e malvado característico do cinema pornô da Boca, com suas mulheres feias desfilando celulite e pêlos enormes nos lugares mais estranhos. As cenas hardcore, sempre filmadas em motel, ficam interrompendo a narrativa o tempo inteiro, e mostram homens e mulheres que nem ao menos fazem parte da história, deixando o filme truncado, especialmente no final (uma trepada explícita chega a cortar no meio o clímatico duelo entre herói e vilões!!!).

Mas é simplesmente inesquecível a cena de sexo explícito ao som de uma versão instrumental de "Can't Take My Eyes off You"; não bastasse a música completamente deslocada, o sujeito lá pelas tantas começa a masturbar a mulher com o próprio sapato dela (!!!), enfiando o salto na vagina da coitada! E viva o romantismo no cinema pornô brasileiro...

E como se isso tudo não bastasse, o filme ainda traz uma pequena participação do mito SADY BABY como coadjuvante. A bem da verdade, apesar de seu nome aparecer nos créditos iniciais, Sady fica na tela apenas por alguns segundos, e está quase irreconhecível como um dos capangas do vilão (eu mesmo só o reconheci porque o Gio Mendes, do blog Mondo Cane, deu a letra!).


Por essa tonelada de bobagens e pelas divertidas cenas de ação - quando Oásis Minitti misteriosamente começa a usar uma touca ninja (!!!) para detonar os rivais com tiros de espingarda na fuça (!!!) -, O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO é diversão garantida para os fãs do escalafobético e delirante cinema pornô brasileiro.

E ainda tem o colírio ZILDA MAYO para nos fazer esquecer do Satã pelado, do salto de sapato na vagina ao som de "Can't Take My Eyes off You", do Marthus Mathias semi-nu e da pança de chopp do Oásis Minitti.


Como curiosidade, o elenco traz três envolvidos em "Coisas Eróticas", o primeiro pornô brasileiro: o galã Minitti, Deusa Angelino e Laerte Calicchio, que inclusive dirigiu um dos episódios de "Coisas Eróticas".

Enfim, O IMPÉRIO DO SEXO EXPLÍCITO é altamente recomendável para todos os débeis mentais, tarados-dementes e cultuadores do mais pútrido lixo cinematográfico - ou seja, todos vocês, nobres leitores do FILMES PARA DOIDOS!

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O Império do Sexo Explícito (1985, Brasil)
Direção: Marcelo Motta
Elenco: Oásis Minitti, Zilda Mayo, Satã
Marthus Mathias, Mara Prado, Bianca Blonde,
Grace Beck, Deusa Angelino e Noelle Pinne.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO (1984)


Que José Mojica Marins foi o precursor da zoofilia no cinema pornográfico brasileiro (ao dirigir a famosa cena com o pastor-alemão Jack!), todo mundo já está careca de saber. Mas terá sido o célebre Zé do Caixão também o pioneiro nos pornôs gays tupiniquins?

Pode ser que sim, ao menos se julgarmos A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO como um filme pornô de temática homossexual, considerando que o filme começou a ser produzido como drama erótico "sério" e acabou se transformando em pornô "hardcore" para acompanhar as tendências do mercado cinematográfico da época (primeira metade dos anos 80).

Trata-se do primeiro dos quatro filmes pornôs que Mojica foi praticamente obrigado a produzir, numa fase de vacas magérrimas e nenhum dinheiro em caixa. Os outros são os antológicos "24 Horas de Sexo Explícito" (1985, o tal precursor da zoofilia no pornô nacional), "Dr. Frank na Clínica das Taras" e "48 Horas de Sexo Alucinante" (ambos de 1986). A diferença para os outros três é que A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO até tenta contar uma história decente (enquanto os posteriores já partem para o vale-tudo do fiapo de roteiro conduzindo as cenas de sexo explícito), e, principalmente, tem mulheres bonitas em cena, especialmente nas cenas softcore - ou seja, sem penetração, apenas simulação de sexo -, destoando dos jaburus que apareceram nos pornôs posteriores do nosso amigo Zé.


O projeto começou como filme erótico "soft", a partir de um roteiro escrito pelo amigo de Mojica, Mário Lima. Naquela época, vários pequenos produtores estavam fazendo fortunas com o cinema erótico e com as pornochanchadas, lançando obras bastante econômicas em recursos, mas que acabavam dando bastante retorno nas bilheterias.

Além disso, a rígida censura imposta pelo Regime Militar na década de 70 aos poucos começava a ser vencida, e assim surgiam as primeiras exibições das produções de sexo explícito, que já vinham sendo filmadas na Europa e nos EUA.

No Brasil, o primeiro filme hardcore foi feito apenas em 1981: o fenômeno "Coisas Eróticas", de Rafaelle Rossi, que levou mais de 4,5 milhões de pessoas aos cinemas (isso, claro, antes da "era do videocassete", quando era comum ver filme pornô no escurinho do cinema). E assim uma produção X-Rated transformou-se numa das maiores bilheterias de filmes nacionais de todos os tempos.

Mas voltemos a Mojica e Mário Lima: foi este último quem escreveu a inacreditável história de Paulo (Márcio Prado, de "Tara das Cocotas na Ilha do Pecado") e Norberto (João Francisco, único filme), dois amigos que são estudantes de química e galãs de rodoviária, mas andam negando fogo diante do sexo oposto.


Apavorados com a possibilidade de terem ficado broxas, eles procuram primeiro ajuda médica, e depois "especializada" (duas prostitutas), mas a situação torna-se cada vez mais dura - ou mole, no caso da dupla.

Impotentes (literalmente!) diante da situação, e já ouvindo gracinhas e comentários maldosos dos colegas de curso, Paulo e Norberto resolvem abandonar a faculdade e se refugir na casa de campo da família de um deles, onde começam a fazer experiências químicas com plantas reconhecidamente afrodisíacas.

O objetivo é criar uma espécie de elixir sexual para contornar o "probleminha" da impotência. Só que a descoberta de tal fórmula traz um novo problema: mais ou menos como uma versão tupiniquim de Jeckyl e Hyde, os dois acabam se transformando em psicopatas malvados.

Para testar seu elixir, por exemplo, eles seqüestram uma garota inocente na rua e a obrigam a beber a fórmula. O resultado é um grande ménage a trois. No dia seguinte, quando o efeito da fórmula passa, a garota volta a si e foge da casa de campo, apenas para morrer alguns metros distante, vitimada pela picada de uma cobra venenosa. Já a segunda "cobaia" da dupla acaba morrendo de prazer (!!!), após uma noite de orgias na praia. Quando o cadáver é descoberto, a polícia começa a investigar os misteriosos crimes sexuais naquela região.


Finalmente, Paulo e Norberto fazem uma última festinha com uma ex-colega de faculdade, para testar uma versão diluída (e não-letal) de seu elixir. Tudo corre às mil maravilhas, mas, quando passa o efeito da fórmula, a moça descobre o que aconteceu e alerta a polícia sobre os "terríveis" maníacos sexuais.

Neste ínterim, enquanto a lei se prepara para agir, os dois amigos acabam descobrindo a razão de seu problema com as mulheres: eles na verdade estão apaixonados um pelo outro! E, após consumarem este amor com uma transa (não-explícita), os dois fogem da polícia somente para morrer quando o Dodge que dirigem cai de um precipício - uma versão homossexual do clássico feminista "Thelma e Louise", de Ridley Scott, que foi filmado nove anos DEPOIS!

Segundo o livro "Maldito", de André Barcinski e Ivan Finotti, quando A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO ficou pronto, e era apenas um filme erótico comum, um amigo de Mário Lima, que era proprietário de uma distribuidora de filmes eróticos, sugeriu enxertar cenas de sexo explícito na edição, para faturar em cima deste novo e lucrativo filão de mercado que se abria.


Não era exatamente uma novidade: vários produtores estavam fazendo o mesmo, às vezes transformando produções que nada tinham de eróticas em filmes pornôs, simplesmente gravando novas cenas de sacanagem e incluindo na edição.

Foi o que também fizeram Mário e Mojica: gravaram duas cenas explícitas num motel, com atores que não faziam parte da edição "normal" do filme (entre eles Sílvio Júnior e Oswaldo Cirillo, que se tornariam galãs do pornô da Boca do Lixo), e enxertaram estas trepadas na trama sem qualquer cerimônia.

As "costuras" ficaram hilariantes: a primeira foi editada numa cena em que Paulo está no motel, como se fosse um filme pornográfico passando na TV naquele momento (!!!); a segunda simplesmente invade a trama, e no final do rala-e-rola a moça comenta com o rapaz: "Você sim que é homem, não aqueles broxas do Paulo e do Norberto!", apenas para tentar criar um elo daquela trepada isolada com o restante da história!


Apesar destas duas cenas hardcore, e de vários momentos softcore (incluindo transas a três no esquema "sanduíche", com a mulher no meio e um cara em cada "orífício" dela), os censores que ainda estavam em atividade encasquetaram justamente com a única cena gay do filme, um beijo entre Márcio Prado e João Francisco, que era filmado em close - e beijo entre homens ainda era novidade naqueles tempos. O irônico é que o filme nem chega a mostrar os dois personagens transando, e qualquer referência à homossexualidade da dupla encerra com este único e até inocente beijinho. No restante da trama, eles simplesmente falam do seu amor e andam de mãos dadas, tudo muito inocente.

Embora seja mais bem feito que os outros pornôs de Mojica, A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO não é um bom filme - e, como as outras obras explícitas do nosso Zé do Caixão, também acaba funcionando mais como comédia involuntária do que como drama erótico, pornô gay ou seja lá o que for.

Além da trama sem pé nem cabeça, que não se decide entre o clima de pornochanchada e o suspense (representado pelo lado psicopata dos dois protagonistas e pelas mortes provocadas pelo elixir sexual), há os costumeiros diálogos bisonhos e cenas impagáveis, elementos que aparecem com freqüência nas obras conjuntas entre Lima e Mojica.


As longas cenas de Paulo e Norberto fuçando em equipamentos de laboratório, por exemplo, são acompanhadas por diálogos antológicos como "Desse jeito os nossos sensos motores não sofrerão hipertensão!". Mais adiante, quando nasce o amor entre os protagonistas, o espectador é brindado com o seguinte diálogo entre os pombinhos:

- Se formos presos, nunca mais vamos nos ver!
- As coisas terrenas não mais nos separam, compreende?
- É claro! O nosso encontro é espiritual!
- Estamos em outra dimensão.
- A do amor?
- Do amor!


Além disso, a edição de Nilcemar Leyart, ex-namorada de Mojica, cria momentos involuntariamente cômicos, como ao intercalar uma cena de suspense (a mocinha prestes a ser atacada pela cobra venenosa) com takes sem noção dos amigos fazendo uma omelete! E há seqüências surreais, como o beijo entre os dois rapazes ao som da tétrica trilha sonora chupada do filme de horror "Phantasm", de Don Coscarelli, ou a "participação especial relâmpago" do próprio Mojica, com suas longas unhas e a pança de fora, "interpretando" um fanático religioso que simplesmente cai de pára-quedas na história!

O elenco conta ainda com algumas musas dos bons tempos da Boca do Lixo: Zilda Mayo (vista em filmes tão díspares quanto o suspense "Excitação", de Jean Garret, e "O Instrumento da Máfia", de Francisco Cavalcanti), Maristela Moreno (de "A Noite das Taras 2" e "Tortura Cruel") e Débora Muniz (foto abaixo; protegida de Mojica desde "Perversão", vista recentemente em "Encarnação do Demônio"), mas nenhuma das três protagoniza as cenas explícitas; para compensar, aparecem peladinhas.


O produtor-roteirista Mário Lima também dá as caras, como a testemunha de um dos crimes cometidos pela dupla Paulo e Norberto (destaque para sua fala, "Eles pareciam pessoas de bens", ao invés de "pessoas de bem"!!!).

A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO não fez o sucesso esperado na época de seu lançamento porque deu o azar de bater de frente com outro fenômeno do cinema erótico-pornográfico nacional, "Oh Rebuceteio!", de Cláudio Cunha, lançado na mesma semana. Hoje, é o tipo de filme que só funciona para quem curte as bizarrices produzidas na era de ouro da Boca do Lixo: filmes esquisitos, diferentes de tudo que se fazia antes e de tudo que se faz agora.

Não sei você, caro leitor do FILMES PARA DOIDOS, mas eu sempre achei estes pornôs da Boca muito mais divertidos do que os filmes de gênero contemporâneos (como as produções do selo Brasileirinhas, por exemplo). Por menos excitantes que fossem (e alguns eram e são realmente broxantes!), os A QUINTA DIMENSÃO DO SEXO da vida tinham algo de criativo e experimental, já que ainda era tudo novidade para os produtores de pornôs brasileiros. E é isso que os distingue desta mesmice que virou o cinema pornô atual.

Hoje, ironicamente, estes títulos antigos são mais procurados por fãs de cinema de horror ou exploitation do que pelos aficcionados por X-Rated. Fico me perguntando se algum dia essas obras todas receberão o devido resgate e valorização...


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A Quinta Dimensão do Sexo (1984, Brasil)
Direção: José Mojica Marins
Elenco: Márcio Prado, João Francisco,
Zilda Maio, Débora Muniz, Sílvio Júnior,
Oswaldo Cirillo e Maristela Moreno.