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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

DESEJO DE MATAR 5 (1994)


No ano 2000, Charles Bronson foi diagnosticado como portador do Mal de Alzheimer. Como se sabe, o sintoma principal desta doença é a perda de memória. Apesar de ter seu óbvio lado trágico, o Alzheimer também deve ter sido um alívio para o astro. Afinal, ele finalmente poderia esquecer que fez DESEJO DE MATAR 5...

Humor negro à parte, um quinto "Desejo de Matar", e no momento em que foi feito, soa como uma das piores ideias da história - especialmente considerando que a fraquinha Parte 4, lançada em 1987, já demonstrava claramente o esgotamento da fórmula e do personagem. Mas eis que em 1994 (vinte anos depois do original) surgiu esta calamidade chamada DESEJO DE MATAR 5, o filme mais preguiçoso, precário e esquemático da série, e o verdadeiro fundo do poço de uma franquia já capenga.


A gênese da bomba remonta a 1987, quando a Cannon Films lançou "Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown". Mal o quarto filme chegou aos cinemas, e os produtores Golan e Globus já davam sinal verde para a pré-produção de uma quinta aventura de Kersey, tentando faturar uns trocados em cima daquela que era uma de suas franquias mais lucrativas - espremendo a laranja até o bagaço, se me permitem a metáfora hortifrutigranjeira.

Na mesma época, Gail Morgan Hickman, que escrevera a Parte 4, estava tentando vender seu novo roteiro chamado "The Four Horsemen". Era uma trama ambiciosa sobre terroristas que tomavam o controle de Alcatraz e ameaçavam o governo com armas nucleares - algo bem parecido com a superprodução "A Rocha", que Michael Bay dirigiu 10 anos depois, em 1996.


Os produtores da Cannon gostaram do roteiro, mas pediram que Hickman e o diretor inglês J. Lee Thompson reescrevessem a história para transformá-la numa quinta aventura de Paul Kersey. A dupla até fez as alterações necessárias, mas o projeto acabou não saindo do papel por causa das dificuldades financeiras que a produtora enfrentava no final da década de 80.

Logo aconteceu o inevitável: a Cannon Films pediu falência e seus sócios Golan e Globus separaram-se brigados. Parecia que Paul Kersey finalmente teria tempo para descansar, depois de três sequências num curto espaço de tempo (a Parte 2 saiu em 1982, a Parte 3 em 1985 e a Parte 4 em 1987!). Enquanto Kersey repousava, Charles Bronson vivia momentos difíceis: sua esposa Jill Ireland morreu em 1990, após um longo tratamento de câncer.


Finalmente, no começo dos anos 90, Menahem Golan fundou uma nova produtora, a 21st Century Pictures, e tentou tirar do papel alguns projetos que não deram certo nos tempos da Cannon, como as adaptações cinematográficas do Homem-Aranha (que nunca saiu do papel), do Capitão América (que virou um trashão dirigido por Albert Pyun) e, claro, DESEJO DE MATAR 5.

Golan ainda guardava aquele roteiro adaptado de "The Four Horsemen", mas continuava achando que seria muito caro produzi-lo. Preferiu criar um novo, e contratou Michael Colleary para escrever uma trama sobre Kersey voltando ao trabalho de vigilante quando sua nova namorada é ameaçada por gângsters. Eu até consigo imaginar o brainstorming dos caras: "O Bronson está meio velho, mas usaremos um dublê em todas as suas cenas. Acho que a mulher dele tem que ser morta por bandidos no começo do filme. O quê, já matamos três interesses românticos de Bronson nos outros filmes? Tudo bem, vamos fazer de novo, aposto que ninguém vai notar".


Inicialmente, o produtor israelense pensava em dirigir o filme ele mesmo, mas acabou trocando DESEJO DE MATAR 5 por outro dos seus projetos dos sonhos, uma adaptação moderna do livro "Crime & Castigo", de Fiódor Dostoiévski. Além disso, reza a lenda que Bronson não morria de amores por Golan, e já tinha recusado ser dirigido por ele em "Desejo de Matar 2".

Enquanto Golan filmava "Crime e Castigo", Steve Carver foi contratado como diretor. Para quem não lembra, ele dirigiu alguns dos melhores filmes de Chuck Norris ("McQuade, O Lobo Solitário" e "Ajuste de Contas"), e talvez pudesse ter agregado algo de interessante à quinta aventura de Paul Kersey.


Carver chegou a se encontrar várias vezes com Golan e Bronson para discutir o projeto, e começou a escrever o novo filme a quatro mãos com o roteirista Stephen Peters, seguindo as orientações do astro, que queria um Kersey "mais simpático e bem humorado". No total, Carver e Peters trabalharam na pré-produção de DESEJO DE MATAR 5 por dois meses, até serem subitamente demitidos.

O motivo: o produtor Golan resolveu transferir o projeto todo para o Canadá, onde era mais barato para filmar, desde que fossem empregados atores e técnicos canadenses! "No começo fiquei desapontado, mas depois fiquei feliz porque eles cortaram o orçamento ainda mais, e na minha época já era um orçamento ridículo!", comentou o demitido Carver no livro "Bronson's Loose! The Making of the 'Death Wish' Films", escrito pelo pesquisador Paul Talbot.


O substituto foi o canadense Allan A. Goldstein, que não tinha nenhuma experiência prévia com filmes de ação e sequer havia visto algum dos outros "Desejo de Matar". Ele era um diretor pouco expressivo que só havia feito alguns dramas e filmes para a TV, e que anos depois seria responsável por outra atrocidade chamada "2000.1 - Um Maluco Perdido no Espaço", com Leslie Nielsen.

Enfim, quando Goldstein comentou com Bronson e Golan que talvez não fosse a pessoa mais indicada para dirigir DESEJO DE MATAR 5, pois não entendia bulhufas de ação, foi tranquilizado pelo astro: "Fazer as cenas de ação é fácil, difícil é a parte do drama". Assim, o canadense pôs mãos à obra e começou ele mesmo a escrever um novo roteiro, aproveitando pouco ou nada do material escrito por Carver e Peters, mantendo apenas a ideia de Kersey contra gângsters que ameaçavam sua nova namorada, e o fato de a trama se passar no mundo da moda.


Toda esta longa introdução da odisseia que foi a pré-produção de DESEJO DE MATAR 5 é necessária para que o leitor tenha uma ideia mais apurada de como um desastre pode ser anunciado desde o começo. É como uma frase que um ex-chefe meu sempre repetia: "O que começa errado, termina errado".

Qualquer débil mental percebe que a coisa está feia ao ver que praticamente todos os envolvidos nos filmes anteriores (Michael Winner, J. Lee Thompson, Gail Morgan Hickman) pularam fora, restando apenas o astro e um dos produtores. Para completar a tragédia, DESEJO DE MATAR 5 teve um orçamento tão insignificante que o salário de Bronson era maior que a grana para realizar o filme inteiro!


Mas recapitulemos: após iniciar uma onda de assassinatos de bandidos em Nova York motivada pela morte da esposa (Parte 1) e de matar os responsáveis diretos pela morte da sua filha adolescente em Los Angeles (Parte 2), Paul Kersey varreu um bairro pobre de Nova York de uma gangue violenta (Parte 3) e aniquilou totalmente três quadrilhas de traficantes de cocaína em Los Angeles (Parte 4).

No processo, ele perdeu a esposa, a filha, a empregada (!!!), um velho amigo dos tempos da guerra, uma namorada advogada, uma namorada jornalista e sua enteada, filha desta última. Ou seja, o cara é um dos maiores azarados do mundo do cinema, além de autêntico "grupo de risco": envolveu-se com ele, nem que seja dando "bom dia" na rua, e você morre! Se bem que o próprio Kersey não aprende e continua acumulando interesses românticos, que nunca desconfiam de sua vida dupla como vigilante assassino.


Neste DESEJO DE MATAR 5 (que tem o subtítulo original "The Face of Death"), Kersey está de volta a Nova York, mas uma Nova York filmada em Toronto, no Canadá (!!!). Esta seria a sua terceira aventura na Big Apple, mas não se esqueça que, teoricamente, a trama de "Desejo de Matar 4" é continuação direta do segundo filme e passando a borracha no terceiro, então a volta do vigilante a Nova York mostrada em "Desejo de Matar 3" nunca aconteceu (arre, essas coisas são complicadas!). Sendo assim, DESEJO DE MATAR 5 representa o retorno "oficial" de Kersey a Nova York depois de anos vivendo em Los Angeles.

O herói agora está escondido através do programa de proteção a testemunhas, e adotou a identidade falsa do pacato professor de arquitetura Paul Stewart (pena que o diretor-roteirista Goldstein não foi malandro o suficiente para resgatar o nome falso "Kimball", usado pelo vigilante nas Partes 2, 3 e 4). Ninguém sabe a real identidade do velhinho matador além dos policiais que cuidam de sua nova vida.


E tudo vai bem na nova vida de Kersey: além de ter aposentado as armas e de lecionar numa universidade, ele arrumou novamente uma namorada bonitona e muitos anos mais nova que ele, Olivia (a bonita Lesley Anne-Down, na época com 40 anos, 30 a menos que Bronson), confirmando a máxima popular de que "cavalo velho gosta de capim novo"!

Olivia é uma estilista com uma filhinha pequena, Chelsea, fruto do primeiro casamento da moça. E se ex-marido já enche o saco por si só, imagine quando o dito cujo é um sanguinário gângster irlandês, Tommy O’Shea (o malvadão Michael Parks, compondo um vilão exagerado que parece saído de história em quadrinhos).


O’Shea e sua quadrilha usam a butique da ex-esposa para lavar o dinheiro de suas ações criminosas. Só que a moça já não quer mais colaborar com o esquema sujo do ex. E isso, claro, significa problemas. Kersey insiste para que ela testemunhe contra O'Shea. Só que o gângster tem um contato na Corregedoria e fica sabendo das intenções da ex-mulher. Para "gentilmente convencê-la" de não procurar a polícia, ele manda um assassino psicótico chamado Freddie Flakes (Robert Joy) para "assustar" a moça.

Numa cena grostesca, Freddie invade o banheiro feminino de um restaurante, travestido, e esmaga o rosto de Olivia contra o espelho - numa das cenas mais violentas e cruéis de toda a série, o que não significa pouca coisa! Mais tarde, Olivia será assassinada para fechar o bico definitivamente. Adivinhem quem vai desenterrar a machadinha da guerra e fazer justiça com as próprias mãos pela quinta vez?


DESEJO DE MATAR 5 é vergonhosamente vagabundo e nem ao menos respeita o que vimos nos filmes anteriores. Por exemplo: se nas Partes 3 e 4 precisou de muito pouco para Paul Kersey sair metendo bala na bandidagem, neste quinto episódio o justiceiro virou um mané cansado e medroso, que prefere engolir as ameaças de O’Shea durante mais de meia hora de filme e ainda acreditar no trabalho da Justiça, resolvendo encarar por conta própria os criminosos somente quando Olivia é morta - algo que ele poderia ter evitado se sacasse a arma mais cedo.

Além disso, numa estratégia que lembra muito o tom de "Desejo de Matar 4", Kersey prefere criar armadilhas para seus desafetos a encará-los diretamente. Primeiro ele despacha um dos capangas de O'Shea envenenando seu canolli; depois, compra um ridículo brinquedo de controle remoto, enche ele com explosivos e faz Freddie Flakes voar em pedacinhos (esta morte já dá o tom da pobreza do filme, graças ao ridículo boneco que substitui o ator Robert Joy), e por aí vai. Ah, o diretor faz uma ponta como o vendedor da loja de brinquedos.


Para piorar, há um número ínfimo de bandidos para Kersey matar, o que não deixa de ser frustrante, ainda mais considerando que ele matou mais do que isso em seu primeiro filme 20 ANOS ANTES, ou então comparando com a absurda contagem de cadáveres das Partes 3 e 4.

Dessa forma, DESEJO DE MATAR 5 simplesmente se arrasta sem qualquer suspense, sem nenhuma surpresa e sem a menor emoção, simplesmente pulando de uma morte para a outra. O espectador já percebe nos primeiros 15 minutos que não encontrará nenhuma novidade ou a menor tentativa de criar algo novo, então a tentação de dar stop ou desligar a TV é muito grande.

Até porque é brochante ver Kersey usando um mísero revólvinho o tempo inteiro contra seus inimigos, depois que ele detonou marginais com metralhadoras, lançadores de granadas e até bazucas nas aventuras anteriores!


Algumas coisas precisam ser destacadas. Em primeiro lugar, os aspectos involuntariamente cômicos do filme. Claro que você não podia esperar que Bronson fizesse muita coisa como herói aos 72 anos de idade. Mesmo assim, o diretor-roteirista concebeu inúmeros malabarismos para Kersey ao longo do filme, inclusive saltar de cabeça do segundo andar de um prédio e aterrissar confortavelmente sobre uma pilha de sacos de lixo! Porque, ao contrário da vida real, ninguém coloca vidro, metais e outros materiais cortantes dentro dos sacos de lixo cinematográficos...

Em outra cena, os bandidos invadem a casa de Olivia com metralhadoras e Kersey corre desviando-se agilmente das rajadas de metralhadora como se fosse o Neo da série "Matrix". Lembra quando Ed Wood escalou um dublê para Bela Lugosi em "Plan 9 From Outer Space", mas ele era tão diferente do ator que precisava esconder o rosto com uma capa? Pois aqui é a mesma coisa: para esconder a juventude do substituto de Bronson nas cenas de ação, Goldstein fez o dublê correr o tempo todo com as mãos escondendo o rosto!!! Como se, durante um tiroteio, você se preocupasse mais em proteger a cara do que o resto do corpo... Aliás, como se adiantasse proteger alguma parte do corpo contra tiros USANDO AS MÃOS!



Esses detalhes poderiam transformar DESEJO DE MATAR 5 num daqueles filmes divertidos de tão ruins, mas, infelizmente, a ruindade aqui rende mais raiva do que diversão.

É impossível engolir a extrema previsibilidade do roteiro e da narrativa de Goldstein: nos 10 minutos iniciais, quando o filme mostra uma piscina de ácido (hã?!?) no interior da fábrica de confecções de Olivia, até um macaco percebe que Kersey vai atirar alguém ali dentro mais adiante. Já a identidade do policial traidor que ajuda O’Shea salta aos olhos no momento em que o sujeito aparece no filme, mas o roteiro insiste em tratar a revelação do rato como se fosse uma grande surpresa!


Goldstein piora tudo ao nunca se decidir entre levar a coisa a sério ou na brincadeira, pois o tom muda radicalmente ao longo do filme como se dois diretores estivessem no comando da bagaça. Anos depois, em entrevistas, o canadense jurou que esculhambou de propósito, mas eu não caio nessas balelas.

Cenas engraçadinhas como os gângsters sacando suas armas durante o funeral de um deles, quando alguém entra correndo na igreja, e os próprios vilões caricaturais que o herói enfrenta, soam deslocadas e fora de lugar diante do tom de seriedade do resto da trama (especialmente o conflito interno de Kersey para voltar a empunhar armas, ou o violento ataque a Olivia).


E a história ainda está repleta de incongruências. Lá pelas tantas, um amargurado policial revela a Kersey que está tentando colocar O’Shea na cadeia há 16 anos (!!!), mas não consegue provas para incriminá-lo, nem aos seus capangas.

Em seguida, durante dois dias em que segue a trupe para "conhecer melhor o inimigo", o vigilante testemunha pelo menos meia dúzia de atos de violência perpetrados pelos bandidos, incluindo extorsão, agressão e tentativa de homicídio, sem nenhuma discrição! Mas o sujeito que investiga o caso nunca conseguiu provas para incriminá-los em 16 anos de trabalho! Santa ineficiência policial, Batman!


Para piorar, a afetação reina nas cenas de ação filmadas pelo diretor. Quando ele disse que não sabia filmar ação, não estava brincando! Imitando tudo que era modinha nas produções do gênero daquela época (quando a febre John Woo estava no auge), Goldstein encheu o filme de câmeras lentas exageradas durante tiroteios que nem são lá essas coisas, como se isso tornasse as coisas mais emocionantes - só faltaram mesmo as pombas voando, mas deve ter sido porque a produção não tinha dinheiro para pagar o cachê das aves!

Como não gosto de ser injusto, o diretor-roteirista pelo menos criou algumas belas frases de efeito para Kersey neste filme. Quando um capanga de O'Shea aponta uma arma para o herói e ele se mostra desconfortável, o vilão pergunta: "O que foi? Armas te deixam nervoso?". A resposta de Kersey é genial: "Armas podem ser úteis. Idiotas com armas é que me deixam nervoso!". Antes de explodir Freddie Flakes, que tem esse apelido ("Flocos") por causa de um problema crônico de caspa, o vigilante anuncia: "Ei Freddie, vou resolver definitivamente o seu problema de caspa!". Quem diria, Paul Kersey parece mais eficiente como humorista de stand-up do que como justiceiro nesta quinta aventura!


O próprio Bronson deve ter percebido, no meio do caminho, a furada em que se meteu, e interpreta seu papel pela quinta vez sem qualquer convicção, vontade ou mesmo tesão, visivelmente de saco cheio. Tanto que sua relação com o produtor Menahem Golan, que já não era das melhores, evoluiu para ódio mortal durante as filmagens. Consta que depois de algumas semanas, o astro só se comunicava com o produtor através do diretor Goldstein, e nunca diretamente.

Uma crítica publicada na Variety na época do lançamento dizia que Bronson estava tão acostumado ao personagem Paul Kersey que podia interpretá-lo dormindo. Bem, em diversos momentos o astro realmente parece estar adormecido, ou em coma, ou prestes a ter um infarto, diante da ruindade reinante e da falta de novidades desse quinto filme.


No fim, o subtítulo em inglês de DESEJO DE MATAR 5, "A Face da Morte", cai como uma luva para o próprio Charles Bronson: ele está literalmente com a face da morte, como se fosse cair duro a qualquer momento, e mesmo assim o filme insiste em representá-lo como um super-herói capaz de pular do topo de um prédio, desviar de balas e enfrentar dezenas de bandidos ao mesmo tempo.

Não por acaso, em sua última cena, Bronson/Kersey sai caminhando por uma porta iluminada, parecendo que morreu e está "indo em direção à luz" rumo ao Paraíso (imagem abaixo). E mesmo que sua última fala em DESEJO DE MATAR 5 seja "Se precisarem de alguma coisa é só me chamar", deixando um gancho para uma sexta parte nunca realizada, todos sabemos que Paul Kersey (e Charles Bronson) nunca mais vão voltar, pois o astro morreu em 30 de agosto de 2003, em decorrência de pneumonia e do Mal de Alzheimer.


Porém, a julgar pela qualidade deste filme e de vários outros que Bronson vinha fazendo na época, talvez o descanso eterno não tenha sido tão ruim assim, e a foice da Morte poupou-o de continuar pagando mico em futuras continuações de "Desejo de Matar".

Quase consigo visualizar Paul Kersey aos 90 anos, de cadeira de rodas e ligado a um tanque de oxigênio, mas ainda matando vagabundos que ocupam sua vaga de idoso no estacionamento, ou furam a fila do bingo. Já foi tarde, Paul Kersey! Descanse em paz ao lado da sua família e do seu harém de namoradas mortas por bandidos nesses cinco "Desejo de Matar"!


PS 1: Como a relação com o astro da franquia azedou durante as filmagens, o produtor Menahem Golan anunciou como novo projeto "Death Wish 6: The New Vigilante", que teria um novo justiceiro no lugar de Paul Kersey e de Charles Bronson. Só que sua 21st Century Pictures foi à falência antes que pudesse profanar o título da série. Teimoso, Golan criou anos depois uma nova empresa, a New Cannon Inc. (!!!), e produziu e dirigiu ele mesmo o pavoroso "Death Game" (2001), outra aventura sobre justiça com as próprias mãos.

PS 2: A adaptação de "Crime & Castigo" que Golan dirigiu enquanto Goldstein filmava DESEJO DE MATAR 5 também foi um tiro no pé, e de bazuca: o produtor gastou uma fortuna para filmar em Moscou e contratou um elenco de astros (Crispin Glover, Vanessa Redgrave, John Hurt, Margot Kidder, John Neville...), mas o resultado ficou tão ruim que, embora as filmagens tenham acontecido em 1993, o filme ficou na geladeira até 2002, quando estreou como uma piada ao estilo do "Chatô" de Guilherme Fontes aqui no Brasil!

PS 3: Em 2006, um tal de Sylvester Stallone anunciou que gostaria de dirigir e estrelar um remake de "Desejo de Matar", mas praticamente mudando a história toda: o personagem principal seria um policial honesto levado ao vigilantismo quando sua família é morta por bandidos. Até 2012 Joe Carnahan era anunciado como provável diretor do remake, mas acabou sendo substituído por Eli Roth num remake bem fraquinho lançado em 2018 e estrelado por Bruce Willis, não Stallone.


PS 4: Enquanto nada se sabe sobre um remake oficial, Allan Goldstein recentemente produziu um filme chamado "The Next Vigilante", originalmente batizado como "Return of the New York Vigilante" para tentar associá-lo à série "Desejo de Matar". O filme, dirigido por Marc Vorlander, será lançado em 2013, e sabe-se lá se os sujeitos vão tentar criar alguma relação com as velhas aventuras de Paul Kersey além do título picareta...

PS 5: Aqui termina a MARATONA DESEJO DE MATAR, e agora o blog entra em recesso por uns 10 dias para que todos possam ler e reler os cinco capítulos sobre os filmes da série. Considerando os números da nossa "ficha criminal", 171 pessoas perderam a vida em cinco filmes, sendo que só o justiceiro Kersey foi responsável por 113 dos cadáveres (66%)!!! Isso, meus amigos, é que é desejo de matar... (Clique no número de "pontos" de Kersey no placar das resenhas para ser redirecionado a um vídeo no YouTube que ilustra todas as mortes da série!)


FICHA CRIMINAL:
* Pessoas ligadas a Kersey agredidas: namorada (morta)
* Armas usadas pelo vigilante: revólver Smith & Wesson 629 .44, brinquedo de controle remoto explosivo, cannoli envenenado, piscina de ácido
* Contagem de cadáveres: 11 (Kersey 7 x 4 Marginais)

Trailer de DESEJO DE MATAR 5



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Death Wish V - The Face of Death (1994, EUA)
Direção: Allan A. Goldstein
Elenco: Charles Bronson, Lesley-Anne Down, Michael Parks,
Kevin Lund, Chuck Shamata, Robert Joy, Saul Rubinek, Miguel
Sandoval, Kenneth Welsh e Claire Rankin.

48 comentários:

Anônimo disse...

Cara, tenho quase certeza que tem referência aos acontecimentos da parte 3, só não tenho certeza se é no 4 ou no 5...

Anônimo disse...

Parabéns Felipe por fazer essa justa homenagem a esse grande astro que foi Charles Dennis Bruchinsky(1921-2003) e a essa série cinematográfica Desejo de Matar(1974-1982-1985-1987-1994)a mais importante do genêro ação. Agora, que tal um post sobre Confronto Final com o Bronson brasileiro Jackson Antunes?

Paulo Geovani

Franklin disse...

Será que deixam eu fazer um reboot da franquia só que em uma favela do Rio de Janeiro???? kkkkk

elemesmo disse...

"Quase consigo visualizar Paul Kersey aos 90 anos, de cadeira de rodas e ligado a um tanque de oxigênio, mas ainda matando vagabundos que ocupam sua vaga de idoso no estacionamento, ou furam a fila do bingo."

Os Simpsons quase fizeram isso:

http://www.youtube.com/watch?v=vAME2NCkFK4

laurindo big boss disse...

Laurindo Big Boss disse: Amigo Felipe, não é o final que todos nos queriamos, mas felizmente a série DESEJO DE MATAR acabou, acredito eu, deixando um legado, as novas gerações de JUSTICEIROS.Charles Bronson(Buchinski e não Bruchinski), ainda faria TELE FILMES(Family Cops pt 1,2,3), mas sem a mesma força de outrora, fica a saudade do MITO(descanse em paz com sua esposa Jill Ireland), que não só lotou cinemas, como conquistou, uma grande legião de fãs, mundo afora. Quando voce voltar do seu merecido descanso, sugiro, resenhas de outros filmes do astro, como MUSEU DE CERA(com Vicent Price, CANHÕES DE NAVARRONE, com Antony Quim, entre outros. Para voce Felipe Bom Descanso, para Charles Bronson,R.I.P.(Descanse em Paz)...Um Abraço Laurindo Junior.

Álvaro Borges disse...

Sorte teve o Jackson Antunes de não ser apresentado ao Golan. hehehehe
O grande mérito do 5º filme é fazer com que o 4º não pareça tão ruim.
Parabéns pela maratona Felipe.

Abraço

Allan Verissimo disse...

Eu sempre quis saber qual que é a graça em uma bola de futebol movida por controle remoto...

J. Verneti disse...

Quanto a Family Cops, os dois primeiros filmes foram lançados em VHS pela Top Tape e o terceiro, se não me engano, pela Alfa Filmes e exibidos recentemente pela Band.

Paulo Roberto disse...

Depois dessa maratona, tem que tirar um descanso mesmo, mas volta logo com os artigos...

Marcelo Gama disse...

10 dias de recesso?! O fato de ter visto os DESEJO DE MATAR 4 e 5 seguidos deve ter esgotado seus nervos!

O 4 é bem fraco, mas esse 5 foi um dos pregos do caixão do Bronson... Se bem que sempre que passam, cometo a autoflagelação de assistí-los, nem sei bem por que. Porra, e que elenco desperdiçado! Ter o velho Charles, Michael Parks e Robert Joy no mesmo filme, merecia que fosse algo muito melhor...

Acho que o último bom papel do Bronson foi mesmo em UNIDOS PELO SANGUE. Coitado, logo ele que fez tantos filmes memoráveis!

Felipe M. Guerra disse...

O pior é que eu também já tinha visto esses trastes 4 e 5 várias vezes antes, MARCELO GAMA, mas tive que reassistir para escrever as resenhas. Pelo menos agora fico tranquilo sabendo que tão cedo não vou precisar rever "Desejo de Matar 5"!

Ah, talvez o recesso dure menos de 10 dias, mas é bom deixar um tempo para que os leitores não-acostumados a tal quantidade de texto (a Geração Twitter) consigam colocar a leitura em dia.

Daniel I. Dutra disse...

Fico imaginando quem o Menahem Golan teria chamado para o papel do novo vigilante caso Desejo de Matar 6 tivesse saído do papel.

Minha aposta seria o Michael Dudikoff ou Michael Paré.

spektro72 disse...

parabens,mestre do oculto cinema bizarro! suas resenhas se susperaram novamente o desejo de matar 4 e 5 ambos passaram no tela quente na globo nos anos de 1992 e 1995, o terceiro passou num super cine 1988 ou 89, o segundo filme passou no sessao de gala em 84 o primeiro filme passou na bandeirantes em 1980 quando esta rede comprou um pacotaço de filmes com: O PODEROSO CHEFAO,DESEJO DE MATAR 1,O DIA DO CHACAL,O ULTIMO TANGO EM PARIS ( Este em questao foi proibido de ser exibido em 1984 e ate hoje é inedito na tv aberta ) dentre outros,parabens e bom descanso,mestre!

Tifdoes disse...

Cara, essa maratona foi uma bela homenagem ao Mr. Buchinsky, mesmo com as duas últimas tranqueiras da série! Lembro-me até de ter lido um ótimo conto lá no antigo site do Boca do Inferno, EU NÃO MATEI CHARLES BRONSON.
Mas, Mr. War... Bronson, assim como Lee Marvin, Lee Van Cleef, Ernest Borgnine, etc foram ídolos da nossa geração e eram machos pra cacete. Hehehe, desde quando a geração twitter vai ler esse tipo de texto? Essa geração afeminada quer ler é sobre Robert Pattinson, Adam Sandler e outros boiolinhas safados alérgicos à vagina! Se fizeres uma maratona CREPÚSCULO, aí sim, o número de leitores daqui irá aumentar, mas aí, ao invés de só 10 dias, prepare-se para aposentar-se por invalidez mental, hahaha!

Anônimo disse...

È Buchinsky mesmo. Mil perdões.

Paulo G.

Anônimo disse...

Outra série de ação que você poderia dissecar aqui seria "Águia de Aço" com Louis Gossett,Jr.

Paulo Geovani

Attila disse...

Cara, posso deixar uma sugestão? Que tal fazer uma série sobre Jackie Chan? Passando pelos melhores e piores filmes dele?

Felipe M. Guerra disse...

ATTILA, uma série é difícil, mas "Police Story" em breve estará por aqui.

laurindo big boss disse...

Laurindo Big Boss disse: Amigo Anonimo, não sr desculpe, pois afinal, todos somos temos o mesmo sentimento de idolatria(pelo menos no meu caso) em relação ao MITO BRONSON.Como ja falei em outra oportunidade ao Felipe, tenho vasto material do Ator(?),, inclusive seus ultimos filmes(para a tv), como Family Cop,Pt 1,2,3,(chamado também de A QUEIMA ROUPA),O LOBO DO MAR, entre outros trabalhos do artista. Um abraço do amigo Laurindo Junior.

Anônimo disse...

Só uma observação de menor importância: aqui você escreveu que Paul Kersey usava o falso nome de "Kimble" mas nos outros textos estava "Kimball".

Felipe M. Guerra disse...

É "Kimball" mesmo. Falha nossa já consertada!

Anônimo disse...

Genial essa maratona, justa homenagem ao grande Charles Bronson.

Nossa! "Police Story" merece mesmo uma resenha, nunca vi um filme de ação ter tanta... ação. Aquela cena inicial dos carros descendo a favela e destruindo tudo me causa arrepios até hoje. A gente cansa só de ver o Jackie Chan correr tanto - bem diferente dos últimos filmes...

E ainda estou na espera da resenha de "Fúria Silenciosa". Abraços!

Onyas D. Claudio.

Anônimo disse...

Felipe, só pra você saber, acabo de comprar as partes 4 e 5 de "Desejo de Matar" e "Resgate de Risco" com Chuck Norris. É a minha coleção dos filmes doidos aumentando.

Paulo Geovani

Felipe M. Guerra disse...

Lamento muito saber disso, PAULO GEOVANI... hehehehe.

Anônimo disse...

Outros filmes doidos que tenho são: "Rebelde", "Tron", "Invasão USA", "Pânico na Multidão", "Sete dólares para matar", "Guerreiro Americano", "A última festa de solteiro", "Assassino a preço fixo", "A morte do chefão", "Decameron" e, ufa, "Hoje você morre".

Paulo Geovani

Anônimo disse...

Os dvd de "Hoje você morre" eu comprei em um supermercado(!!). E o dvd de "Resgate de Risco" eu comprei em uma padaria(!!!). Daqui a algum tempo vou comprar dvd´s em uma casa de umbanda.

Paulo Geovani

laurindo big boss disse...

Laurindo Big Boss: Felipe, seria muito legal, resenhas da Série Police Story,com Jackie Chan, que este ano esteve em nossas terras brasileiras(São Jose dos Campos), para comprar seu novo Lear Jet.Dizem as más linguas(ou boas, sei lá!), que o Sr.Chan, em 2013, filmara aqui no Brasil, KARATE KID 2(voce sabe de alguma coisa). Vamos aguardar pra ver. Um abraço Laurindo Junior.

Anônimo disse...

Felipe, quando você vai resenhar "O mestre da guilhotina voadora"?

Paulo Geovani

Felipe M. Guerra disse...

Escrevi sobre este filme no meu antigo Multiply:

http://martindolman.multiply.com/reviews/item/62

Anônimo disse...

Felipe, queria saber se você conhece um filme que, se eu não estiver enganado, passou ou na Band ou na Manchete em 1993 ou 1994, que mostrava uma mulher boazuda lutando sozinha contra criminosos (agora não lembro se eram gangsters ou ninjas, ou alguma máfia oriental). Tipo, o personagem do Charles Bronson na franquia "Desejo de Matar" é fichinha perto do que essa mulher faz.

Além dela usar armas escandalosamente brutais, ela ainda lutava pra kct.

Mas o que me chamou atenção nesse filme é a cena no final onde ela vai lutando contra os "capangas" dessa organização criminosa, e a cada bandido que ela surrava uma peça da roupa dela era rasgada. Chega no final ela tá peladinha (aparecendo tudo mesmo) e continua porrando os bandidos desse jeito, como veio ao mundo. rsrs

As cenas de luta são tipo aquelas dos filmes mais antigos do Jet Li.

Eu não sei se esse filme é americano ou de Hong Kong (é comum atores americanos fazerem filmes por lá). Mas a atriz que faz essa mulher acho que era uma loira.

Mas acho que não era nem a Maria Ford, nem a Cynthia Rothrock.

Não lembro o nome do filme e tão pouco o ano em que foi lançado. Mas eu suponho, pelas imagens que lembro, de que seja ou do final dos anos 80 ou início dos anos 90.

Se você souber de que filme falo você poderia inclusive fazer uma resenha sobre ele. É um verdadeiro filme para doidos! rsrs

Abraços!

Anônimo disse...

Então resenhe "Pentatlhon - Uma disputa mortal" com Dolph Lundgren.
Um filme que reúne ótimos nomes como o diretor Bruce Malmuth(Falcões da Noite/Difícil de Matar)e o ator David Soul(Starsky e Hutch/Salem´s Lot)mas que na verdade é um samba do criolo doido.

Paulo Geovani

Anônimo disse...

Putz... o filme da loira gostosa que o anônimo ali citou eu procuro há tempos e, como não sei o título e nem os nomes dos atores dessa doideira, não encontro nem nos youtubes da vida.

Rafael

Andarilho disse...

Ae Guerra, fazia tempo que eu não olhava seu blog. Fico feliz por ele continuar sempre tão bom! Parabéns pelo bom trabalho em trazer à luz e uma análise digna de filmes quase esquecidos pelo público em geral!! Queria fazer um pedido: se puder faça uma análise dos Mercenários 2, pois a do 1° ficou muito bacana e esse segundo achei ainda melhor. Abraços!

Giácomo Corleone disse...

Paulo Geovani, antes de "Os Mercenários 2" chegar no Brasil, eu escrevi sobre "Pentathlon" no meu blog http://opoderosochofer.blogspot.com.br/2012/08/1994-pentathlon-enfia-espada-anda.html


Tb tô curioso para saber qual é esse filme da loira.

Anônimo disse...

Blz Thiago. Vou dar uma olhada.

Paulo Geovani

spektro72 disse...

esse filme da loira lutadora me deixou curioso tambem me lembra um filme que passou na CNT na epoca OM BRASIL de uma chinesa que lutava contra um bando de asassinos que mataram seus familiares tem ate cena de dela nua .. isso as 19:00 quando o filme foi exibido... era outros tempos ! isso ja faz 20 anos de sua exibição e nao me lembro o titulo dele... já estou com a memoria falhando.. me avisem se alguem souber o titulo do filme desta loira lutadora,ok!
abraços !

jack bauer disse...

ola gosto de suas postagens mais dentro das tranqueiras que vc ja citou falta algumas perolas da ruindade ou seria diversão?bom mais enfim seria legal alguma postagem desses filmes uma professora muito especial(privete leasons 1981)com asylvia kristel foi repetido a exaustão pelo sbt,numa noite escura outro clássico do sbt,d.c cab taxi especial com mr.t,puts ainda tem muito filmes pra vc falar bom da uma olhada nesses ai que citei e continue com o trabalho do blo vlw,abs

Anônimo disse...

Sobre o filme com a loira eu arriscaria o "Blue Tiger - Desafiando a Yakuza". Mas como a Virginia Madsen, protagonista dessa produção está morena no filme, eu erraria feio.

Paulo Geovani

Anônimo disse...

Acho que não é o "Blue Tiger" não, velho. Mas valeu mesmo assim por tentar colaborar.

Acho que vai ser difícil achar esse título da loira. Não que seja uma obra assim tão "obscura", mas eu sei que no mesmo período desse filme havia outros seguindo o mesmo estilo, com mulheres fazendo o papel de "exército de um homem só"(no caso, exército de uma mulher só). Alguns filmes com loiras, alguns com morenas, outros com chinesas, outros com japonesas, etc...

Há uns 10 anos atrás eu tinha me lembrado desse filme e eu acho que lembrava parte do título em português, mas deixei de lado porque nem imaginava que iria me tornar um colecionador de filmes pouco conhecidos. Hoje eu não lembro nem sequer fagulhas do nome! rsrs

Mas enfim, se alguém lembrar de um filme onde no final a protagonista detona os criminosos lutando pelada, dêem uma força aí. hehehe!

spektro72 disse...

ah! com certeza nao é BLUE TIGER - DESAFIANDO A YAKUZA , este eu assisti na globo no INTERCINE... Valeu pela intencao amigo Paulo giovani... eu e o nosso amigo anonimo estamos esperando alguem que saiba o nome desta perola para garimbar por ai .. tem algumas locadoras que conheço que ainda tem fitas VHS para venda , alguem por favor deu uma ajuda para nos !!!

Felipe M. Guerra disse...

SOBRE O FILME DA LUTADORA PELADA: De memória, lembro de dois filmes que se encaixam na descrição, mas em nenhum dos dois a luta é no final, e sim na metade do filme. Um é "TNT Jackson", já resenhado aqui, mas a lutadora é negra (ela fica pelada para poder lutar no escuro sem ser vista pelos vilões); o outro é "Angel of Destruction", em que Maria Ford enfrenta os capangas do vilão com chutes e socos vestindo apenas uma calcinha bem indecente. Como Maria é loira, tem grandes chances de ser este o filme; de qualquer jeito, em breve "Angel of Destruction" também estará aqui no blog. Eis o trailer dele: http://www.youtube.com/watch?v=lYDPEYWLmlo

João Ferreira disse...

Realmente o DM5 não tem mesmo razão de existir. Reciclando ideias dos filmes anteriores e com um Bronson velho demais para o papel encerram a pentalogia de forma melancólica. Como foi comentado nos textos, deveriam ter encerrado no épico Desejo de Matar 3. Afinal, dentro da franquia, nada iria superar a "III Guerra Mundial" que o Kersey declara aos punks de Nova Iorque.

elemesmo disse...

A tal cena de topless fight em "Angel of Destruction" http://www.youtube.com/watch?v=C_Rfb3rK-c4

elemesmo disse...

Comentário do Takeo Maruyama no post sobre "Angel of Destruction"

"Felipe, não li esse comentário da dúvida do leitor na resenha do "Duro de Matar 5", mas eu tenho um palpite, já que nenhum desses que você lembrou parece ser o filme da loira pelada que o cara perguntou.

Tem uma produção de Hong Kong estilo CAT III chamada "Escape From Brothel" cuja cena mais famosa é a luta da Sophia Crawford PELADONA contra Billy Chow. A única versão em DVD que eu conheço tem essa cena meio resumida, mas especialistas dizem que na cena original dá pra ver até os lábios vaginais da loira durante a luta, visto que ela dá altos chutes em Chow. Procurei essa cena em vários lugares, do Youtube ao XVideos, mas nunca achei nada fora algumas fotos. Mas tem um trecho dessa cena no documentário "Top Fighter 2 - Deadly China Dolls" que tem no CG (http://cinemageddon.net/details.php?id=88685).

A propósito, eu vi agora no CG que há alguns meses atrás postaram um VHS-Rip uncut desse filme (http://cinemageddon.net/details.php?id=122809). Estou baixando agora pra conferir!"

Leonardo Peixoto disse...

Foi uma pena que uma série que começou tão bem ter um final tão ruim .

spektro 72 disse...

Para os aficionados por data de exibições inéditas na TV Aberta ,aqui vai mais um:

"Desejo de Matar 5 "foi exibido em sua primeira vez na TV em 08/05/1995 na Segunda- Feira na TELA QUENTE da Rede Globo.

Mestre Felipe! obrigado por autorizar esses comentários inúteis que ninguem vai ver , sobre as datas originais de exibições da TV serie de filmes que você havia escrito de forma magnifica do "DESEJO DE MATAR" .

Muito obrigado e um abraço de Spektro 72.

Skrywtz Urczwl disse...

Não entendi uma coisa: Se "Desejo de matar 5" foi lançado pela 21st Century em 1994, como o tal "Death Game", que seria teoricamente a sexta parte da saga, foi lançada por outra produtora após a falência da 21st Century em 1991?? Abraços!

Felipe M. Guerra disse...

SKRYWTZ, foi uma falha nossa descoberta apenas agora, quase 10 anos depois: o fatídico "Death Game" não saiu em 1991, mas uma década depois, em 2001. Já alterei o artigo, mas parabéns por ter sido o primeiro a perceber o erro em tantos anos! :-D