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sábado, 16 de junho de 2012

SOL VERMELHO (1971)


Quantos argumentos você precisa para largar essa resenha agora mesmo e sair da frente do computador para ver ou rever SOL VERMELHO?

Um só? Bem, este é o único western da história em que Toshiro Mifune, um dos "Sete Samurais", faz parceria com Charles Bronson, um dos "Sete Homens e um Destino"!

Dois? O filme é dirigido pelo Terence Young, o cara que começou a série James Bond e dirigiu algumas das suas melhores aventuras, e o vilão é interpretado pelo galã francês Alain Delon!

Ah, quer três argumentos? Então saiba que a linda musa suíça Ursula Andress não apenas faz parte do elenco, mas ainda aparece PELADA lá pelas tantas!
 
(Como depois desses três argumentos não deve ter ficado mais ninguém por aqui para ler, vou continuar minha explanação para ninguém, mas feliz por saber que esse filmaço chamado SOL VERMELHO estará recebendo a devida atenção dos distintos leitores do FILMES PARA DOIDOS!)


Se existe algo que pode ser chamado de "produção internacional", este algo é SOL VERMELHO. Dá só uma sacada: é um legítimo western spaghetti (ou pelo menos segue de perto as "regras" da coisa), mas foi produzido por americanos. O elenco tem um ianque (Bronson), um chinês que ficou famoso no cinema japonês (Mifune), um francês e uma francesa (Delon e a musa Capucine), uma suíça (Ursula) e mais uns atores italianos conhecidos (Luc Merenda, Guido Lollobrigida...). Foi dirigido por um inglês (Young) nascido na China, e filmado em Andalucía, na Espanha!

O resultado dessa reunião de nacionalidades e talentos não é apenas eficiente, mas imperdível - uma daquelas pérolas que, sabe-se lá porque, acabou caindo na obscuridade sem merecer.


O roteiro foi escrito a seis mãos por Denne Bart Petitclerc, William Roberts e Lawrence Roman, baseados num livro de Laird Koenig que, supostamente, narra uma história verdadeira ocorrida nos Estados Unidos do final do século 19.

Bronson interpreta Link Stuart, líder de um grupo de assaltantes de banco. Seu braço direito é o francês bon-vivant Gauche (Delon). Quando o filme começa, o bando de Link e Gauche ataca um trem para roubar uma fortuna levada no vagão de carga. 

Por coincidência, o mesmo trem está transportando o embaixador japonês em sua primeira visita aos Estados Unidos, para um encontro com o presidente Ulysses S. Grant. E como o ilustre visitante leva uma espada samurai folheada em ouro para dar de presente a Grant, dois samurais o acompanham para garantir sua segurança e a do tesouro.


Rudes foras-da-lei do empoirado Velho Oeste, Link e Gauche não entendem nada da cultura oriental, mas sabem que balas de revólver são mais eficientes que espadas. Portanto, o francês mata um dos samurais e rouba a espada de ouro. Depois, tenta se livrar do parceiro Link com uma banana de dinamite, fugindo com todo o produto do roubo e o que restou da quadrilha.

Quem já viu um filme de faroeste sabe que pistoleiro traído não deixa passar barato. E é claro que Link sobrevive ao atentado e resolve sair atrás de Gauche e da fortuna roubada. Mas terá que fazê-lo com um parceiro inesperado: o segundo samurai, Kuroda Jubie (Mifune), que pretende vingar a morte do companheiro e recuperar a espada roubada.

E, como todo bom samurai, ele tem um prazo apertado para cumprir as duas missões; se não conseguir, deverá praticar harakiri - aquele suicídio em que o sujeito rasga o próprio bucho com a própria espada!


Aí começa aquela típica história de parceiros que não se bicam, que são completamente diferentes, que brigam e discutem o tempo todo, mas que, ao longo de sua jornada, descobrem ser mais parecidos do que imaginavam.

A parceria forçada entre Link, o fora-da-lei ocidental, e Kuroda, o guerreiro oriental, rende alguns belíssimos momentos. O pistoleiro quer livrar-se do samurai com truques sujos porque sabe que ele matará Gauche antes que este revele onde escondeu a fortuna roubada; já o samurai age movido pela honra e tenta entender as motivações do "companheiro". Eles irão aprender muito sobre suas diferenças, e dessa união nascerá uma grande amizade.


Já as belas Ursula Andress e Capucine aparecem como prostitutas de um bordel onde a dupla acaba parando, já que Cristina (Ursula) é a amada de Gauche e ele terá que passar pelo local para buscá-la. Em pelo menos duas cenas, a linda loira suíça mostra tudo que não pôde mostrar para James Bond no clássico "007 Contra o Satânico Dr. No", como você pode ver nas fotos abaixo.



(Um outro ator de "Dr. No", o inglês Anthony Dawson, também aparece no filme como um dos homens de Gauche, demonstrando que o diretor Terence Young gostava de trabalhar várias vezes com o mesmo time.)


SOL VERMELHO é um western definitivamente diferente, pois não é todo dia que você vê Charles Bronson e Toshiro Mifune combatendo bandidos com tiros e espadadas, em cenas lindamente orquestradas por Young e sublinhadas pela música de Maurice Jarre. E também não é todo dia que você vê Alain Delon como vilão filho da puta e Ursula Andress linda e maravilhosa.

O terceiro ato traz uma bem-vinda reviravolta, pois quando parece que teremos um duelo triplo à la "Três Homens em Conflito" (lançado cinco anos antes), Link, Kuroda e Gauche precisam unir suas forças (e revólveres) contra uma ameaça maior: o ataque de índios renegados em busca de escalpos.


Contempla-se, assim, quase todos os elementos característicos de um faroeste tipicamente norte-americano (os heróis rechaçando um ataque de índios) e de um western spaghetti (o fora-da-lei gente boa em busca do parceiro traíra), com a bem-vinda adição do elemento oriental (o samurai).

Por isso, SOL VERMELHO não funciona apenas como uma aventura acima da média, mas também como uma homenagem às três vertentes básicas do faroeste moderno. Afinal, vários clássicos do western europeu e norte-americano beberam da fonte do cinema oriental: "Por um Punhado de Dólares" foi inspirado em "Yojimbo"; "Sete Homens e um Destino" é remake de "Os Sete Samurais", e "Quatro Confissões" tem estrutura bem semelhante a "Rashomon". SOL VERMELHO talvez seja o primeiro filme que busca uma ponte com o cinema oriental (através de um de seus personagens mais característicos, o samurai) ao invés de simplesmente refilmar a história com elementos ocidentais, como aconteceu nas produções já citadas.


Isso dá um tom épico ao filme: é o encontro de três mundos (EUA, Europa e Japão) e três culturas, mas não num pretensioso dramalhão de época, e sim numa aventura divertida, barulhenta e violenta, repleta de tiroteios e sangrentos golpes de espada desferidos pelo samurai.

Infelizmente, hoje é difícil encontrar uma versão decente de SOL VERMELHO para que o filme possa ser devidamente apreciado. O formato original de tela é widescreen, mas quase todos os DVDs existentes pelo mundo trazem uma copiagem porca ampliada para tela cheia, com as laterais da imagem criminosamente cortadas. 

Uma verdadeiro crime para com uma obra de relevante importância cultural, ALÉM de ser um western bem decente. E poderia muito bem sucitar pesquisas e discussões sobre este aspecto que eu citei por cima, do amálgama das três referências do faroeste moderno.



Não obtive informações confiáveis para saber se SOL VERMELHO foi sucesso ou fracasso de bilheteria na época do seu lançamento. Seja como for, abriu as portas para vários outros westerns na linha "Ocidente encontra Oriente", como "Ouro Sangrento" (1974), do italiano Antonio Margheritti, com Lee Van Cleef e Lo Lieh, ou o recente "Bater ou Correr" (2000), de Tom Day, com Owen Wilson e Jackie Chan.

Também recentemente, tivemos alguns casos de "SOL VERMELHO às avessas", com cineastas orientais prestando homenagens abertas e apaixonadas ao faroeste (seja ianque ou europeu).

Um deles é "Era Uma Vez na China e na América" (1997), de Sammo Hung, que coloca Jet Li para lutar com pistoleiros do Velho Oeste, explorando o episódio verídico dos imigrantes chineses que foram trabalhar na construção das rodovias nos Estados Unidos no final do século 19. 


Outro caso é uma brincadeira feita pelo diretor japonês e doidão-mor Takashi Miike, que em 2007 filmou um legítimo western spaghetti só que no Japão e com japoneses no elenco - o divertido "Sukiyaki Western Django".

Uma prova de que ainda há muito a explorar, e muitas histórias a contar, nesse filão do "Ocidente encontra Oriente no Velho Oeste". Mais um motivo para (re)descobrir SOL VERMELHO.

PS: O italiano Alberto De Rossi assina a maquiagem das cenas de violência. Adivinha só: ele era pai do Giannetto De Rossi, o mestre responsável pela sangueira nos filmes do Lucio Fulci e de tantos outros diretores do cinema fantástico italiano!


Trailer de SOL VERMELHO


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Soleil Rouge / Red Sun 
(1971, Itália/França/Espanha)
Direção: Terence Young
Elenco: Charles Bronson, Toshiro Mifune, Alain Delon,
Ursula Andress, Capucine, Anthony Dawson, Barta Barri,
Guido Lollobrigida, Luc Merenda e Mónica Randall.

33 comentários:

Jonas Telles disse...

A sova que Bronson leva do Mifune é impagável!. O curioso é que Bronson faz um tipo mais falastrão que de costume, enquanto Mifune faz uma linha que caberia muito bem ao velho Charles.

O dvd da Continental é uma merda, mas já vi outra versão com a capa acima.

Felipe M. Guerra disse...

E qual DVD da Continental que NÃO é uma merda, JONAS? hehehehe.

Anônimo disse...

"o elenco tem um ianque (Bronson), um chinês (Mifune) [...]"

Toshiro Mifune, Chinês?

Felipe M. Guerra disse...

ANÔNIMO, os seus pais eram japoneses, mas ele nasceu em Tsingtao, na China, e só se mudou para o Japão aos 21 anos. Pela regra, isso faz dele um chinês, não? ;-)

Anônimo disse...

Logo que comecei a ler esse post pensei no filme com o Jackie Chan. Até o enredo é parecido. Quanta criatividade!

Paulo Geovani

Kubota disse...

Realmente, um excelente filme Felipe!!! Detalhe meu caro: o outro samurai que aparece no filme é o falecido Hiroshi Tanaka. Ele Trabalhou no Lobo solitário - Samurai assassino de 7, em Pacific Connection de 74 (Com Nancy Kwan e Dean Stokwell). Trabalhou em algumas fitas do Sonny Chiba nos anos 70. Um último papel de destaque do Hiroshi Tanaka foi na produção Hong Kong e Japão Ninja in the Dragon's Den (inédito aqui) de 82, ao lado de Hiroyuki Sanada e Conan Lee! Muito bom Felipe!!

Henriquegab disse...

Opa, vou procurar! Se tivesse apenas o Bronson já seria digno de nota, mas com esse super elenco ai merece ser visto umas 3x seguidas.

Anônimo disse...

Filmaço! Para mim esse é um dos melhores do gênero.

Anônimo disse...

Alex disse...
Cara, obrigado pelo post. Me vieram muitas boas lembranças agora, quando aluguei esse filme e assisti junto com meu irmão e meu falecido pai e pedimos uma pizza num domingão em que não tinha nada que prestava na tv. Valeu.

Walis Oliva disse...

Mudando de assunto: Você jà viu o trailer de "Django Unchained", Felipe? Todo mundo falando "que trailer foda!" ,"vai ser do caralho" e quando finalmente vejo a prévia é só mais um trailer típico de Tarantino, música cool, vinhetinha "esperta" para apresentar o elenco... Na boa, Tarantino me dá uma preguiça... Gostaria MUITO de saber sua opinião.

Felipe M. Guerra disse...

WALIS, os trailers dos filmes do Tarantino nunca me inspiram grande confiança. As imagens remetem a um faroeste bem genérico, mas aposto que, no filme, não será nada disso. Também pelo trailer, parece que o Christopher Waltz vai fazer o mesmo personagem falastrão-engraçadinho que em "Bastardos Inglórios". Mas o encontro entre o Django do Tarantino e o Django do Franco Nero no finalzinho é emocionante. Esse é um filme que eu quero MUITO ver!

Marcelo Gama disse...

Meio off-topic, mas ainda dentro do tema Bronson: para quem é fã, a Flashstar lançou há um tempinho o excelente "Assassino A Preço Fixo" (imagem ótima em widescreen). Facinho de se achar nas Americanas por 13 pratas.

Felipe M. Guerra disse...

Bela dica, MARCELO. Esse é um filmaço do Bronson que ficou ainda melhor depois daquela refilmagem ridícula com o Jason Statham. Em breve Bronson e "Assassino a Preço Fixo" estarão aqui no FILMES PARA DOIDOS!

Emanuel Neto disse...

Informo que SOL VERMELHO foi um grande sucesso de bilheteira na Europa mas não teve grande impacto nos EUA. Com este filme Charles Bronson tornou-se numa super vedeta em Itália.

Anônimo disse...

E não é é que o homem é chinês de nascimento mesmo?
Obrigado Felipe!

Anônimo disse...

Charles Bronson. Ele bem que poderia ressucitar. Pq esses astros de ação de hoje são muito ruins. Os filmes do Statham dão sono.

Paulo Geovani

Anônimo disse...

... E o pior que eu já vi apressadinhos babando ovo do Tarantino, falando que Django Livre é o único filme de cowboy com protagonista negro.

Daniela Cecchin

Emanuel Neto disse...

Posso garantir que DJANGO UNCHAINED não é o único western protagonizado por um negro. Lembro-me de pelo menos 2 belos westerns, nomeadamente EL CONDOR com Jim Brown e Lee Van Cleef e 100 RIFLES com Jim Brown e Raquel Welch.

Felipe M. Guerra disse...

Então "Django Unchained" é o único filme de faroeste com protagonista negro? Nossa, que interessante saber que o Tarantino inventou também isso, porque eu, na minha ignorância, jurava que já existia coisa parecida desde o década de 30 ("Harlem on the Prairie", de 1937, é um western com elenco todo composto por negros e estrelando Herb Jeffries como um dos primeiros heróis afrodescendentes do cinema!). Quer dizer, também, que todos aqueles westerns estrelados por Jim Brown e Fred Williamson nunca existiram? Mas esse Tarantino é mesmo um gênio...

Allan Verissimo disse...

Fiquei interessado nesse filme não só pelo elenco, como também pelo diretor Terence Young. Dr. No e Moscou contra 007 são dois dos melhores filmes da série (também gosto de Chantagem Atômica).

E na semana passada eu estava vendo as ofertas na Loja Americanas e acabei encontrando entre os lançamentos o DVD do Assassino a Preço Fixo, além do Braddock 2.

Anônimo disse...

Eu também vi esses dvd´s na Americanas. Tem "Colors - As cores da violência", "Renegado Impiedoso", também com Bronson, e "Falcão" com Stallone. Felipe, você já viu "Confronto final"? Um filme de ação brazuca estrelado pelo sósia do Bronson, Jackson Antunes. Será que rola post sobre ele?

Paulo Geovani

Allan Verissimo disse...

Off-Topic: Felipe, você vai ver Prometheus?

Anônimo disse...

Putz... Eu assisti também a um filme de cowboy do Mario Van Peebles e que tem Wesley Snipes no elenco, mais uma prova de que o Tarantino não "inventou a roda e nem descobriu a América" como já vi alguns afirmarem.

Em tempo: Eu não acho os filmes do Stathan enfadonhos. Com boa vontade, alguma coisa ali se salva.

Daniela Cecchin

Pedro Pereira disse...

Deixo aí mais um bom western protagonizado por um negro, Buck and the Preacher (1972), grande Sidney Poitier na realização e interpretação. Tarantino não inventa nada, recicla tudo, rezo para que não falhe com um western pois é o meu género de eleiçao, mas temo.

Mas se um filme como esse servir para que curiosos procurem o "Django" original, os clones e demais produções dessa época como este "Sol Vermelho", tanto melhor.

--
Pedro Pereira

http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://auto-cadaver.posterous.com

Attila disse...

Sugestão de review, faça um sobre KEOMA, o último grande faroeste do Franco Nero! Adoro esse filme!

Paulo Roberto disse...

Achei esse filme em uma banca de jornais na minha cidade, 10,00 reais deve ser a versão full screen

Anônimo disse...

Essa Ursula Andress vale pelo rosto bonito, porque o corpo dela, pelo pouco que deu para ver, é desnutrido.

BAH disse...

Até Mel Brooks já fez um western protagonizado por um negro.

Gosto dos filmes do Tarantino, mas ele é um dos diretores mais superestimados que conheço. Acho que só perde para Woody Allen.

RickSaul disse...

Qunado vi o titulo, achei que era sobre o filme "Biografico" do Amado Batista.

Sabe algum detalhe sobre este?

Anônimo disse...

Vocês nem precisam citar westerns muito antigos com protagonistas negros, em 2003 teve o horroroso "Gang of Roses", com 5 mulheres nos papéis principais, sendo 4 NEGRAS e 1 ORIENTAL, e a protagonista era uma dessas negras.

Ou seja, nos próprios anos 2000 já fizeram isso antes do Tarantino.

Tarantino pode até ter feito ótimos filmes, mas NENHUM é original.... o cara copia coisas já feitas décadas atrás na maior cara de pau e ainda tem gente que gosta de falar que ele é gênio.

Um dos diretores mais superestimados mesmo.

Assim como James Cameron e Christopher Nolan.

Cameron depois de "O Segredo do Abismo" pra mim não existe.

Christopher Nolan até acho que é um diretor competente, mas tem pessoas que acham que ele é Hitchcock do novo milênio (sério, eu já vi nego dizendo que o Nolan é da "escola" do Hitchcock... rsrs, sei...).

Zack Snyder também é outro bastante superestimado.... já vi nego chamando ele de "o novo Verhoeven".

Wes Craven também é superestimado. A Hora do Pesadelo de 1984 é até hoje meu filme favorito, mas o que tem de TRALHA na filmografia do Craven não está no script. Principalmente os 4 Pânicos. E coisas como Quadrilha de Sádicos 2, Monstro do Pântano, e até Aniversário Macabro (que pode ser violento e tudo mais, mas acho o filme CHATO pra kct.... diferente de "A Vingança de Jennifer" que tem praticamente o mesmo tema, mas é bem envolvente).

Sei lá, tem alguns diretores endeusados por aí que só são endeusados certamente pela falta de bagagem dos fãs na 7ª arte. Não tem outra explicação!

André Mendonça disse...

Esse filme realmente é uma pérola. Não o conhecia e fui atrás dele por causa do blog.

A cena do assalto no trem é hilária. O Charles Bronson faz um discurso dizendo algo do tipo: "Entreguem todas as suas coisas de valor, igual a vocês fazem na igreja!"

E o Alain Delon tá excelente como vilão!

Um outro detalhe que internacionaliza ainda mais o filme realizado em plena guerra fria: os nomes dos bandidos são Link e Gauche, ambas as palavras significam "esquerda" (em alemão e francês, respectivamente) - como se os americanos mais uma vez repetissem o esfarrapado discurso de "esquerda" ou "comunista" é tudo ladrão comedor de criancinhas...

Muito boa a dica!

vitor campos disse...

eu assistir o filme no telecine a alguns anos e antes desse nunca tive um filme preferido mais apois assistir simplesmente falo pra todo que esse é o melhor filme que eu ja vir.
e olhe meu povo que eu ja assistir filmes muitos mesmo mais esse simplesmente me conquisto.
é foda.

Leonardo Peixoto disse...

Ler essa resenha me fez lembrar da vez que assisti Samurai X - O Filme (o live-action de 2012 , não o longa animado de 1997) e ficava imaginando a história se ela se passasse no Velho Oeste , com Kenshin Himura e Sanosuke Sagara substituídos respectivamente por Django e Sartana lol