
Ano que vem (2013) deve estrear o novo filme do Tarantino, "Django Unchained", e toda a crítica nacional vai ficar papagaiando como obra e diretor são geniais e bla-bla-bla. Mas muito poucos "jornalistas especializados" lembrarão que o chupão do Tarantino provavelmente roubou o título de seu novo filme de um épico italiano de 1959, HÉRCULES UNCHAINED! Portanto, o FILMES PARA DOIDOS faz o trabalho sujo para eles.
Na mitologia greco-romana, Hércules era um semideus, filho do poderoso Zeus com uma bela mortal. Enciumada, Hera, a esposa do grande deus do Olimpo, fez de tudo para matar o filho bastardo desde que ele ainda era um bebê. Mas o astuto Hércules sempre escapava graças à sua superforça, com a qual também cumpriu os lendários "Doze Trabalhos" - uma série de confrontos com criaturas monstruosas ou façanhas impossíveis para os mortais comuns.
Antes de virar astro de um popular desenho animado da Disney, Hércules também foi o grande herói de um ciclo bastante lucrativo de filmes produzidos na Itália, repleto de aventuras baratas cujos roteiros eram inspirados em histórias bíblicas ou na mitologia greco-romana.
Este ciclo ficou conhecido como "peplum" (o termo grego para as túnicas usadas na Grécia Antiga). E embora a italianada já fizesse filmes com heróis mitológicos e/ou bíblicos desde os primórdios do cinema - o excepcional épico mudo e em preto-e-branco "Cabiria", dirigido por Giovanni Pastrone em 1914, já trazia um guerreiro musculoso chamado Maciste, que fez sucesso e tornou-se protagonista de uma longa série de filmes -, os produtores da Terra da Bota só começaram a investir pesado no "peplum" para tentar faturar em cima de produções de Hollywood com os mesmos temas, como "Spartacus" e "Os Dez Mandamentos".
Aproveitando que muitos desses blockbusters gringos eram filmados na própria Itália ("Quo Vadis?" e "Ben Hur", por exemplo), os italianos espertalhões até economizavam uns trocados reaproveitando cenários e figurinos dessas produções!
Além de dar a primeira chance para gente talentosa como Ruggero Deodato e Sergio Leone, o ciclo do "peplum" também foi um belo filão de mercado, copiando a fórmula norte-americana de heróis musculosos e mocinhas sensuais e com pouca roupa, mas quintuplicando o erotismo - ainda menos roupa nas atrizes, embora os filmes ainda não mostrassem nudez.
HÉRCULES UNCHAINED é uma produção realizada no ápice da febre "peplum". O título original era "Ercole e la Regina di Lidia" (Hércules e a Rainha de Lídia), mas ganhou sua versão mais popular em inglês quando o distribuidor norte-americano Joseph E. Levine adquiriu os direitos para lançá-lo nos EUA.
Trata-se de uma continuação de "Hércules" (no Brasil, "As Façanhas de Hércules"), uma aventura dirigida pelo mesmo Pietro Francisci um ano antes, em 1958. A iniciação de Francisci no gênero foi com "Átila", de 1954, estrelado por Anthony Quinn no papel-título e Sophia Loren. Tanto este quanto o primeiro "Hércules" foram estrondosos sucessos de bilheteria no mercado norte-americano, transformando o diretor em nome quente para esse tipo de produção.
Com roteiro do próprio Francisci mais Ennio De Concini (responsáveis também pelo original de 58), HÉRCULES UNCHAINED é uma salada de personagens mitológicos, mas com pouca ou nenhuma relação com as histórias da mitologia greco-romana. Logo no começo, por exemplo, encontramos Hércules (Steve Reeves) viajando com sua amada Iole (Sylva Koscina) e um amigo, o jovem Ulisses (Gabriel Antonini).
O trio logo chega a uma caverna onde está o velho Édipo (Cesare Fantoni), o antigo rei da cidade de Tebas. Ele conta ao herói sua triste história: foi deposto do trono pelos próprios filhos, Etéocles e Polinice (respectivamente Sergio Fantoni e Mimmo Palmara). Obviamente, os rapazes acabaram entrando em conflito e Etéocles manteve-se como soberano único da cidade, expulsando o irmão - que, por sua vez, contratou um exército de mercenários para atacar e destruir Tebas.
Tentando evitar o inútil derramamento de sangue, Hércules resolve ser o mediador entre os dois irmãos. Mas, enquanto leva uma mensagem de trégua de um para o outro, o herói acidentalmente bebe a água da Fonte do Esquecimento (!!!) e perde a memória. No momento seguinte, é aprisionado pelo exército da cidade de Lídia junto com Ulisses (que, para não ser morto, finge-se de surdo-mudo).
A rainha de Lídia, Omphale (Sylvia Lopez), é uma bela ninfomaníaca que, de tempos em tempos, sequestra e seduz um valente guerreiro para ser seu amante, usando a tal água desmemorizadora (existe essa palavra?) para anular sua vontade. Porém, quando cansa do amante da vez, não dá um simples pé-na-bunda: pelo contrário, o pobre sujeito, além de trocado, é morto, mumificado e se transforma em estátua da coleção da sádica rainha!
A partir de então, HÉRCULES UNCHAINED segue duas linhas narrativas: a amada de Hércules, Iole, e seus amigos tentando evitar a iminente guerra entre os dois irmãos e a consequente destruição de Tebas, enquanto Ulisses, em Lídia, tenta fazer com que o herói recupere sua memória e escape das garras da rainha Omphale.
HÉRCULES UNCHAINED e a aventura anterior com o herói mitológico fizeram para o fisiculturista californiano Steve Reeves o que "Conan, O Bárbaro" fez para o austríaco Schwarzenegger mais de 20 anos depois: transformou-o em astro do "cinema com testosterona".
Nascido em 1926, Reeves tentou ser astro em Hollywood, mas só fazia escolhas erradas. Para o leitor ter uma ideia, ele recusou uma participação no épico "Sansão e Dalila", de Cecil B. De Mille, para fazer o policial classe C "Jail Bait", escrito e dirigido por Ed Wood!!!
A sorte do fortão só mudou quando ele interpretou Hércules na Itália, fazendo um sucesso estrondoso e abrindo o caminho para que outros fisiculturistas da época virassem astros de cinema, como Gordon Scott, Gordon Mitchell e Mark Forest, embora nenhum deles tivesse sequer chegado perto da popularidade do "original". Para dar uma ideia da fama de Steve Reeves naqueles tempos, Schwarzenegger e Lou Ferrigno disseram que só tentaram a sorte no cinema inspirados pela trajetória do fortão.
Obviamente, Reeves era uma vergonha como ator. Deixem-me reformular: Reeves era completamente INCAPAZ de atuar, e portanto os diretores tinham que ficar inventando desculpas para que ele aparecesse sem camisa e usando os músculos, ao invés de falando.
HÉRCULES UNCHAINED foi seu último filme no papel do herói mitológico. Depois, ele estrelou outras 12 aventuras épicas italianas, como "Golias Contra os Bárbaros", "A Guerra de Tróia" e "Il Figlio di Spartacus" (!!!), até que uma grave lesão no ombro forçou sua aposentadoria em 1968. Ele nunca voltou ao cinema, nem mesmo em participações especiais (o Tarantino marcou nessa), e morreu em 2000, aos 74 anos, praticamente esquecido.
Reeves até está bem na sua segunda "atuação" como Hércules, mas infelizmente o roteiro cria muitos conflitos e personagens, deixando pouco espaço para o herói mostrar seus dotes físicos. Ele passa pelo menos uns 40 minutos do filme como escravo da rainha de Lídia, e nesse tempo não luta nem destrói nada com as próprias mãos. É somente no ato final que finalmente vemos a "força" de Hércules em toda a sua glória.
Menos mal que o diretor compensa os tempos-mortos no meio da narrativa filmando diversas vezes a deslumbrante Sylva Koscina (acima), que interpreta Iole, a amada de Hércules. Essa maravilhosa deusa croata apareceu em mais de 120 filmes, incluindo "Lisa e il Diavolo", de Mario Bava, e "Santuário Mortal", de Jess Franco. Aqui, ela mostra seus "atributos" o tempo inteiro, pelo menos o que a moral e os bons costumes da época permitiam mostrar, aparecendo sempre com saínha curtíssima e um gigantesco decote.
Além do corpão da Sylva Koscina, uma das coisas que mais salta aos olhos, principalmente de quem tem um mínimo de conhecimento sobre mitologia, é a mistureba feita pelos roteiristas Francisci e De Concini. Não contentes em fazer um filme apenas sobre o mito de Hércules, eles colocaram no mesmo balaio uma série de outros heróis e vilões greco-romanos.
É o caso do "parceiro" de Hércules, ninguém menos que o herói grego Ulisses, criado por Homero como figurante em "A Ilíada" e alçado a personagem principal em "A Odisséia" - e que, até onde eu sei, nunca sequer encontrou Hércules nas lendas gregas.
Toda a trama envolvendo Édipo e seus filhos em guerra, Etéocles e Polinice, é inspirada nas peças "Édipo em Colono", de Sófocles, e "Sete contra Tebas", de Ésquilo. E embora o filme mostre Hércules resolvendo a situação, nas velhas tragédias gregas quem lutava para destronar Etéocles de Tebas eram Adrasto, Polinice, Anfiarau, Capaneu, Hipómedon, Partenopeu e Tideu.
Já a relação de Hércules com a Rainha Omphale vem da mitologia. Mas, ao contrário do que acontece no filme, nas lendas gregas o fortão ficava um ano como escravo sexual da governante de Lídia, e o casal inclusive tinha alguns filhos antes da libertação do herói!
Finalmente, logo no comecinho, Hércules luta com o gigante Anteu, que não tem absolutamente nada a ver com o resto do filme. Mas o confronto entre os dois também remonta às lendas greco-romanas.
Anteu era filho de Poseidon, o deus dos oceanos, com Gaia, a "mãe terra", e totalmente indestrutível enquanto permanecesse com os pés no solo. Na mitologia, Hércules simplesmente levantava Anteu acima do chão até que ele morresse de fraqueza; no filme, contenta-se em jogá-lo no mar, eliminando seus poderes.
Por sinal, Anteu foi interpretado por Primo Carnera, que era boxeador, foi campeão dos pesos pesados em 1933-34 e tentou a sorte no cinema, como outros fortões da época, porém sem sucesso - este foi seu último trabalho.
HÉRCULES UNCHAINED também foi um dos últimos trabalhos da modelo francesa e aspirante a atriz Sylvia Lopez, que interpreta Omphale. Ela sofria de leucemia e só conseguiu completar mais um filme ("Il Figlio del Corsaro Rosso"). Morreu aos 27 anos enquanto gravava "Voulez-vous Danser Avec Moi?", ao lado de Brigitte Bardot (suas cenas foram todas refilmadas com outra atriz, Dawn Addams).
Sylvia está linda aqui como a rainha de Lydia, mas, a exemplo de Steve Reeves, era totalmente incapaz de interpretar. A coitada arregala comicamente os olhões sempre que precisa demonstrar alguma emoção - seja paixão ou medo -, mas está no filme, como o protagonista Steve, para mostrar seus atributos físicos, e isso faz com louvor.
Como ela representa a tentação, ou a "mulher má" que tenta tirar o herói do caminho da virtude (algo bem comum nas moralistas aventuras da época), o figurino da rainha também é cheio de decotes e saias curtas BEM acima do joelho, uma verdadeira pornografia para aqueles tempos ingênuos. Vendo o filme, ficava imaginando aqueles moleques impúberes indo aos cinemas nos anos 50 e 60 porque era a única chance de verem coxas de fora, antes que minissaia e fio-dental virassem peças corriqueiras do vestiário feminino.
Assim, HÉRCULES UNCHAINED funciona, hoje, não apenas como aventura ingênua, mas também como divertido trashão involuntário. Além das interpretações pavorosas, o filme traz todo tipo de furo (ou rombo, se preferirem) de roteiro, como o fato de os soldados de Lídia prenderem Ulisses num calabouço, porém deixando-o com uma gaiola cheia de pombos-correio (!!!). Milagrosamente, o rapaz ainda encontra papel e tinta na cela (!!!) para escrever uma mensagem e enviá-la através de um dos pombos para chamar o resgate!
Também existe uma cena hilária em que Hércules enfrenta tigres ferozes numa arena. Qualquer pessoa com um mínimo de noção sobre montagem percebe a malandragem, já que não há um único frame com Steve Reeves e os tigres JUNTOS, apenas cortes rápidos de closes dos tigres para closes do ator. É hilário ver os animais reais sendo substituídos por tigres empalhados atirados comicamente sobre o ator. Ou Hércules dando uma gravata num tigre visivelmente dopado e adormecido antes das câmeras começarem a gravar!
Mas nem tudo é de quinta categoria em HÉRCULES UNCHAINED. Os cenários e figurinos são ótimos, com uma preocupação em criar ambientes luxuosos, repletos de estátuas gigantescas (dê uma espiada nas fotos abaixo, que coisa linda!). Pena que não dá pra elogiar muito, pois a italianada reaproveitava coisas de um filme em outro, então jamais saberemos o que foi feito EXCLUSIVAMENTE para esse aqui e o que foi "emprestado" de outra produção, quem sabe até de um blockbuster norte-americano!
E a fotografia é boa demais para um filme tão barato, abusando de luzes coloridas nos cenários grandiosos, que mudam conforme a emoção a ser transmitida pela cena. É trabalho de profissional, e destoa da produção barata e apressada desse tipo de aventura.
Quando você olha os créditos, percebe o porquê do contraste de qualidade: o responsável pela fotografia e pelos efeitos especiais foi simplesmente um tal de Mario Bava, pouco antes de estrear como diretor em "I Vampiri" (1956). Pois o mestre Bava trabalhou na equipe técnica de inúmeros "peplum" (e até dirigiu alguns, como "Hércules no Centro da Terra", de 1961), sempre marcando sua participação com a característica e inigualável fotografia multi-colorida.
Mas cuidado se for comprar um DVD do filme: como HÉRCULES UNCHAINED caiu em domínio público, já saiu pelo menos três vezes no Brasil por distribuidoras reconhecidamente pirateiras. A versão que eu vi era da Classicline: além da perda de imagem devido ao wide cortado para fullscreen (em certos trechos, atores, figurantes e até um batalhão inteiro de soldados desaparecem do enquadramento!!!), as belíssimas cores da fotografia de Mario Bava estavam lavadas porque era uma cópia visivelmente ripada de VHS (compare as versões full brasileira e wide importada nas fotos abaixo).
(Sinceramente, eu duvido que os outros dois DVDs nacionais - da Works e da Continental, com o título "Hércules e a Rainha de Lídia" - estejam melhores, portanto é melhor apelar para o bom e velho download.)
Ver HÉRCULES UNCHAINED hoje é mais do que um exercício de nostalgia ou trashice. Particularmente, encaro isso como uma forma de se desintoxicar das pavorosas aventuras épicas produzidas nos últimos anos, de "Tróia" ao remake de "Fúria de Titãs" (esse último eu nem vi, só o trailer já me bastou).
Aqui, ao invés de bonequinhos feitos por computador, você tem figurantes guerreando nas cenas de batalha. Ao invés de efeitos digitais para demonstrar a força de Hércules, vemos o sujeito erguendo imensas rochas de isopor ou entortando barras de metal feitas de alguma liga bem leve - MAS ISSO JÁ BASTA, não é necessário um efeito tosco em CGI do herói erguendo uma montanha inteira para me fazer acreditar que o cara é fortão!
E é sempre um alívio você ver aventuras épicas com gente de verdade e efeitos práticos no lugar de computação gráfica, pois, pelo menos para mim, isso aqui parece muito mais cinema do que videogame.
Após HÉRCULES UNCHAINED, e com Reeves deixando o papel-título, foram produzidos outros 17 filmes italianos com o herói, mas sem nunca alcançar o mesmo sucesso dos dois originais. Essas sequências "bastardas" saíram entre 1960 e 1965, por vários realizadores diferentes, e teve ano (1964) em que saíram seis aventuras de Hércules de uma só vez!
Atores como Gordon Scott, Kirk Morris, Mickey Hargitay e Brad Harris ocuparam o lugar de Reeves em filmes com títulos do naipe de "Ercole, Sansone, Maciste e Ursus: Gli Invincibili" e "Ercole Contro i Tiranni di Babilonia".
Vinte anos depois, com o sucesso de "Conan, O Bárbaro", os italianos voltaram a produzir aventuras baratas de capa e espada, mas bem diferentes daqueles ingênuos "peplum" como HÉRCULES UNCHAINED, agora sim abusando de violência explícita e nudez gratuita.
Por essa época, Luigi Cozzi ressuscitou o personagem nos divertidíssimos "Hércules" (1983) e "As Aventuras de Hércules" (1985), com Lou Ferrigno "interpretando" o herói e tramas misturando mitologia grega e ficção científica!
Mas isso é assunto para outra postagem...
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Hercules Unchained / Ercole e la Regina di Lidia
(1959, Itália)
Direção: Pietro Francisci
Elenco: Steve Reeves, Sylvia Koscina, Gabriele Antonini,
Sylvia Lopez, Sergio Fantoni, Mimmo Palmara, Primo Carnera,
Patrizia Della Rovere e Carlo D'Angelo.
38 comentários:
Só palpitando: bem que você poderia escrever uma resenha para "Hércules no Centro da Terra", o Hércules dirigido pelo Mario Bava, com direito a participação do Christopher Lee. Esse foi relativamente bem lançado em DVD no Brasil pela falecida Works: cópia em wide e colorido lindíssimo.
Bem lembrado, RODRIGO, inclusive editei o texto para citar esse filme no currículo do Bava, já que ele também saiu em DVD no Brasil. Não cheguei a ver a edição nacional para palpitar sobre a qualidade, mas o filme é fantástico, e o Bava também dirigiu ou terminou de dirigir (quando os titulares pularam fora) diversas outras aventuras do gênero.
""Para o leitor ter uma ideia, ele recusou uma participação no épico "Sansão e Dalila", de Cecil B. De Mille, para fazer o policial classe C "Jail Bait", escrito e dirigido por Ed Wood!!!""
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, não tem como rir alto lendo isso!!!
Fiquei interessado mesmo foi nesse novo Django. Será que vai arrastar caixão e tudo ?
Tarantino fazendo filme do Django, to com a sensação de que nao vai emplacar, não se fazem filmes como naqueles tempo... Mas torço pra dar certo pois gosto do Tarantino e gosto ainda mais do Django, personagem extraordinário. Guerra vou te incomodar mais uma vez, to querendo muito ver uma resenha sua do filme "Matador de aluguel" (Road House)... Te admiro pra caralho, abraço...
Ahhhhh, Guerra FOFO, nessa você se superou! Adoooooro esse filme, um dos meus preferidos EVER!!!
Aliás... adoro filmes épicos com todos esses semideuses descamisados! Codilôco, chega a me dar um calor por dentro e meu fiofó pisca com alegria exfusiante ao ver todos aqueles bíceps, tríceps, panturrilhas, omoplatas, peitorais... AIIIII, pára que estou até com os mamilos brilhando no escuro só de pensar!
Esse filme é tudo, tudo é esse filme... Gosto tanto do Hércules que até batizei alguns dos meus dildos de estimação com esse nome, além de Herculano, Herculóide e Herculino, hihihi... Podem me chamar de D Epravada... ];>P
Há algum tempo aqueles imbeciloides do Hermes e Renato tinham um programa em que dublavam filmes de capa e espada. Não duvido que esse Hércules tenha sido vítimas deles.
Mas o Tela Class exibiu sim um filme do Hércules, "As Façanhas de Hércules", e o rebatizaram como "As Bombas De Hércules", e ficou até muito engraçado.
HERMES E RENATO era o único programa que prestava na asquerosa MTV.
felipe, leio teu blog direto, sensacional. esses filmes italianos do Hércules realmente fazem uma salada doida de personagens. tem um que volta e meia passa no canal TCM. nele Hércules vai ajudar uma princesa cristã(!!!!) que é feita prisioneira pelos filhos de Genghis Khan (!!!!!!!). totalmente trash!!
Exato, REINALDO, os caras não davam muita bola para a lógica e queriam mesmo era ganhar dinheiro fácil, portanto quanto mais personagens conhecidos (Hércules, Maciste, Ulisses...), mais retorno do público. Tempos atrás vi um filme chamado "Zorro Contra Maciste", do Umberto Lenzi, que é completamente absurdo considerando que os dois heróis viveram em épocas separadas por muitos séculos de diferença!
Acho que os criadores daquela série "Hércules" estrelada por Kevin Sorbo(quem????), devem ser fãs desses filmes estrelados pelo Steve Reeves. Só assim pra explicar a ruindade daquela série.
Paulo Geovani
Eu já vi vários filmes do Hércules desses que você mencionou aí. Mas ESSE, especificamente, confesso que não.
De qualquer forma, vamos combinar que é raro ver um filme inspirado na Mitologia Grega que não acabe misturando mitos diferentes (como essa mistura que você disse de Hércules com Ulisses na mesma aventura).
Mas, como o anônimo aí em cima comentou, acho que a pior adaptação desse herói que já fizeram (´pior` nesse sentido de misturar uma coisa com outra que não tem nada a ver) foi o tal seriado Hércules, gravado na Nova Zelândia na virada do século e que tinha o Kevin Sorbo interpretando o herói. Chegaram ao ponto de botar o Hércules matando Zeus, porque o Rei dos deuses gregos queria matar a Xena depois de ela ter tido uma filha com Jeová (é: o deus bíblico), pois isso estava ameaçando os demais deuses do Mundo!
Em poucos anos, esse seriado neo-zelandês vai ser considerado um trashão!
Bah tu fica malhando o filme do Tarantino antes dele ser lançado, dai aposto que depois que estrear tu vai postar um comentário aqui elogiando o filme pra caramba. Acho hipocrisia esse pessoal que fica falando que o Tarantino roba tudo e não sei mais o que. Não seria melhor dizer que ele homenageia?
Em Django Unchained acho que ele vai seguir uma linha mais séria. Espero que ele não descambe pro pastiche. Gostaria que ele fizesse um baita western. Tipo um Meu Ódio Será a Sua Herança com Era uma vez no Oeste ... Sei que o taranta não vai chegar no nível de genialidade de Um Leone, ou de um Peckinpah. Mas não duvido que ele faça algo na linha.
MARCELO, não estou malhando, apenas dizendo uma verdade incontestável: que os críticos "especializados", principalmente os brasileiros, costumam babar ovo sobre a suposta genialidade do Tarantino, mas nunca citam que boa parte do que ele faz vem de outras fontes. Eu mesmo, com o tempo, fui descobrir que alguns dos diálogos que mais gostava dos filmes tarantinescos eram roubados sem cerimônia e quase literalmente de outras produções (inclusive o já mítico "Ezequiel 25:17"). Particularmente, gosto muito dos filmes do Tarantino; mas seria ingênuo, pra não dizer hipócrita, ignorar que ele tira 80% da sua inspiração de produções de terceiros.
A propósito: a diferença entre "cópia" e "homenagem" (ou "citação") é muito pequena. Tipo, se o Tarantino faz é homenagem/citação; se eu faço, é cópia, plágio, picaretagem...
Falando em Hercules, não esqueçam do filme de estreia do Schwarza nas telonas: Hercules in New York! É uma comédia muito podre, daria uma ótima resenha. Abs
Esse é ruim mesmo, dos tempos em que o Schwarzenegger ainda usava nome artístico ("Arnold Strong"!!!), já que ninguém sabia pronunciar o sobrenome dele!
Não era só o seriado do Hércules protagonizado pelo Kevin Sorbo (um dos atores mais trash da humanidade) que cometia absurdos históricos e mitológicos. A Xena também adotava tais “liberdades poéticas”, como por exemplo, quando ela e a sua amiga (ou namorada, vá saber) participavam da guerra de Troia e no episódio seguinte apareciam enfrentando legiões romanas.
Daniela Cecchin
Olá Felipe, você saiu do Orkut? Gostaria de propor uma sugestão de filme para resenha, o terrível pornô brazuca "As Aventuras Sexuais de Mike Jackson", tão amador e trash que sequer consta do Dicionário de Filmes Brasileiros. Como sei que tens uma coleção espetacular, aposto que já viu ou pelo menos leu sobre este.
BRUNO, tenho esse sim. Foi filmado numa favela e, se não me falha a memória, o ator principal (o sósia do Michael Jackson) morreu tempos depois numa chacina. Não vejo muita lógica em resenhar esse tipo de produção porque ele já faz parte dos pornôs dos anos 90 - ou seja, muita foda (mal-filmada) e pouca história para comentar.
Guerra,
eu adoro CONAN O BÁRBARO.O que você acha dele?Eu sempre quiz saber;achei engraçado que você o citou indiretamente em sua última frase da resenha.Também achei o TROIA(sem acento mesmo,por ser tão ridículo)um verdadeiro cú de filme;um amigo chamava de "pretesto para mostrar a bunda do BRAD PIT".Eu só assisti o primeiro HÉRCULES do FERRIGNO,gostei quando vi e gostaria de saber sua opnião sobre este também.
Ass:Calígula
Felipe, você já viu R.O.T.O.R(1988)?
Paulo Geovani
Felipe
Desculpe, mas só um comentário que não tem nada a ver com o filme em questão se me permitir... Bom,segunda-feira 09/04/2012 eu entro na livraria saraiva aqui no RJ e dou de cara com uns DVDs com o titulo clássicos do terror, pela arte da capa eu achei que fossem os filmes da Hammer ou os clássicos da Universal, mas para minha surpresa um dos filmes era Oasis of the Zombies e mais alguns que eu nem sabia que existiam fora filmes de outros diretores que também devem ser no mínimo trash igual aos dele. Agora não me lembro se o diretor era Jess Franco ou Jesus Franco me esclareça se forem a mesma pessoa.
E é isso, só achei curioso estes filmes trash ao quadrado serem vendidos aqui no Brasil...
E desculpe o comentário longo.
CALÍGULA, gosto muito do "Conan", mas não me envergonho de dizer que acho muito mais divertidas as cópias baratas dele, tipo "A Espada de Fogo" ou a quadrilogia "Deathstalker", repletas de mulher pelada, violência gratuita e humor involuntário.
PAULO, tenho o filme, mas está na pilha dos 3.000 filmes para ver algum dia.
ANÔNIMO, esses filmes todos são do Jess Franco, um diretor que assinou centenas de produções (e cujo nome de batismo é Jesus Franco, portanto são a mesma pessoa). Uma pequena distribuidora obteve os direitos para lançar algumas de suas obras no Brasil, mas infelizmente fizeram o trabalho porco de costume: capinhas feias, ausência de extras...
Aposto que "Mandroid" você já viu. è uma mistura de ficção com terror. Um verdadeiro Filme para doidos.
Paulo Geovani
Felipe, vc sabe se as produções antigas de Hércules exibias no SBT. Aquelas que passavam nos anos 80 e início dos 90, bem antes das com o Kevin Sorbo, e outras, eram essas do Steve Reeves, ou eram mais recentes, com o Lou Ferrigno, já?
Meus parabéns pelo seu Blog Felipe! Acompanho desde 2009 e ja dei muita risada, re-lembrei muitos filmes e conheci novas tosqueiras com suas resenhas! kkk Quando tiver tempo da uma olhada nessa "pérola" Sci&Fi dos anos 80 "América 3000", tem o perfil do seu blog, e estou aguardando sua resenha do "Mad Max 2"... Valeu!!!
Sensacional Felipe, descobri o blog a pouco e tenho passado horas divertidas lendo as resenhas (e vendo alguns desses filmes claro). Vc já fez a resenha do Flash Gordon de 1980 (ahhh Ornella Muti...). Abraços e parabéns.
E "Calígula"? Não é um filme para doidos? Bem que merecia uma resenha.
Odeio os filmes do Tarantino. Os filmes podem até serem bons reciclando idéias antigas, mas só o fato da mídia mundial taxar ele de gênio e de ter fãs tão bitolados que dariam a bunda pra ele, isso sim me dá raiva. Pois o Tarantino apenas pega algo criado nos longícuos anos 60 e 70 e coloca numa produção mais cara com atores famosos. E ainda o chamam de gênio. Igual ao Christopher Nolan que pega idéias batidas e as insere numa roupagem atual. Ou vocês acham que The Dark Knights (2008), por exemplo, tem alguma coisa inovadora? E nem mesmo para filmes ou adaptações de super-heróis esse Batman novo é novidade, vale lembrar que o Kenneth Johnson produziu (e dirigiu alguns episódios) a antiga série do Incrível Hulk, e aquela foi a primeira vez que um personagem de quadrinhos era mostrado da forma mais realista o possível, justamente pela falta de recursos que se tinha na época era impossível fazer um Hulk ultra-hiper-mega poderoso como nas HQs, então o Johnson resolveu fazer o mais realista possível. Mas tem gente que diz que o Nolan deixou as adaptações pra heróis de quadrinhos mais realista. Eu ri pra caralho quando vi a bilheteria dos Vingadores se tornando a 3ª maior da história. Vingadores é o típico filme cheesy recoberto numa roupagem de mega produção. Ou seja, felizmente o cinema fantasioso de super-heróis deu um nocaute no cinema realista do mesm gênero do Nolan. Até a Warner anunciou um reboot de Batman pra poder pensar num filme da Liga da Justiça, ou seja, podem esperar um Batman mais fiel aos quadrinhos pros próximos anos.
Gosto muito do seu blog
Filipe, gostaria muito de entrar no seu blog, pois acho-o muito interessante, Obrigado.
Como assim "entrar no blog", HÉLDER?
Filipe, descculpe-me o que eu queria dizer, é que gostaria muito de poder postar meus comentários e não conseguia, acho que já acertei, e perece-me que agora já o posso fazer, aprecio muito a forma como o Filipe fala dos filmes,e at´me divirto muito com a sua maneira de escrever, sou um cinéfilo, que gosta bastante dos filmes dos anos 50/60, mesmo dos filmes de séries B,C,D e por aí fora, lembrome bem que o primeiro filme que vi em cinema?, foi Marcelino Pão e Vinho, com Pablito Calvo, que se estivesse vivo teria a minha idade, sou fã de Debra Paget, Audie Murphy, Yvonne de Carlo, e tantos outros, falei pessoalmente com, Sylvia Koscina, Claudia Cardinal, e a então jovem Marisol, trincou meu chocolate, outras coisas engraçadas tenho para vos contar, mas esta postagem já está longa, Bye!!!
Filipe, como os títulos dos filmes, diferem muito entre Portugal e Brasil, (dou como exemplo, o filme que aqui tem o título de "Música no Coração", aí no Brasil, se chama "A Noviça Rebelde") eu gostaria muito de adquirir um filme que aqui não encontro, tem o título de "Esta Terra Amarga" com Silvana Mangano, Tony Perkins e Alida Valli, será que existe no Brasil? agradeço uma resposta, Obrigado desde já...
P A R A B É N S ! Sua resenha é provavelmente bem melhor q o filme
Olá! Filipe, existe um filme, do qual o título original eu não sei, mas em Portugal passou com o título de "Esta Terra Amarga" com Silvana Mangano, Antony Perkins e Alida Vali, sabe dizer-me algo sobre este filme? como o poderei adquirir? Tudo bom para si Filipe, com um Abraço de Lisboa...
Depois de ler esse post , fiquei muito interessado em saber mais sobre esse gênero também conhecido como espada e sandália ! Tomara que tenha mais peplum no futuro !
Eu ia perguntar se já houve um encontro entre personagens bíblicos e da mitologia greco-romana , mas o título Ercole, Sansone, Maciste e Ursus: Gli Invincibili já respondeu minha pergunta !
Ri alto na parte sobre a gravata no tigre sedado. Hahahahahahahahaha!
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