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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CRACKING UP - AS LOUCURAS DE JERRY LEWIS (1983)


(Esta resenha é dedicada à minha amiga Patricia Stefani, que durante anos foi a única pessoa, além de mim, que eu sabia que amava CRACKING UP de paixão. Já rimos muito lembrando de algumas das cenas do filme. Talvez agora, com a publicação do post, apareçam outros fãs dessa pérola esquecida...)

Quem foi moleque nos anos 1980 certamente deve boa parte da sua formação cinéfila a Jerry Lewis. Pois o baixinho atrapalhado era figura constante nas tardes da TV aberta: lembro que "O Professor Aloprado" e seus filmes em parceria com Dean Martin eram reprisados religiosamente na Sessão da Tarde da Globo, enquanto o SBT costumava exibir com bastante frequência "O Mensageiro Trapalhão" e "O Mocinho Encrenqueiro", duas pérolas.

É difícil explicar, para a geração atual, a importância de Jerry Lewis em sua época. Ele foi um verdadeiro gênio da comédia, no nível de sujeitos como Charles Chaplin, Jacques Tati e Peter Sellers, e chega a me ferver o sangue quando alguém escreve uma abobrinha do tipo "Jim Carrey é o novo Jerry Lewis" - talvez uma cópia inferior no humor físico, e definitivamente sem a genialidade do original.


Para quem não tem muita intimidade com o cinema de Lewis, um bom ponto de partida são os mais conhecidos e já citados "O Mensageiro Trapalhão", "O Mocinho Encrenqueiro" e "O Professor Aloprado" (que ganhou uma refilmagem constrangedora estrelada por Eddie Murphy). Agora, se um amigo pedisse a sugestão de uma comédia de Jerry que o fizesse rolar de rir do começo ao fim, eu não pensaria duas vezes em recomendar CRACKING UP.

Este é o último longa escrito, dirigido e estrelado por Jerry, quando ele começava a entrar numa fase de ostracismo, já envelhecido e meio gorducho. Seu humor nonsense e inofensivo deve ter parecido meio deslocado em 1983, quando o filme foi lançado, pois era a época das comédias de humor mais grosseiro e repletas de mulheres peladas.


Mesmo assim, CRACKING UP é engraçadíssimo, e aqui o astro atinge um nível bem distante daquele humor mais ingênuo dos seus trabalhos dos anos 60 e 70. As gags visuais se sucedem numa velocidade impressionante, e cada vez mais absurdas, lembrando as comédias de Mel Brooks e do trio ZAZ (como "Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu"). Tem desde pistoleiros do faroeste que passa na TV atirando através da tela, até quadros que criam vida num museu!

Jerry interpreta Warren Nefron, um típico perdedor que, de tão azarado, não consegue nem mesmo cometer suicídio. Ele então procura um psiquiatra, o Dr. Jonas Pletchick (Herb Edelman), em busca de ajuda. Em diversas sessões, vai contando a história de seus igualmente azarados antepassados - e as piadas durante a Revolução Francesa poderiam muito bem estar em "A História do Mundo - Parte 1", de Mel Brooks. Paralelamente, Warren se mete em diferentes confusões.


Não há muita história para contar no roteiro escrito a quatro mãos por Lewis e Bill Richmond. Depois de estabelecer a situação básica (o looser procurando ajuda psiquiátrica), o filme entrega-se a uma sucessão ininterrupta de piadas com pouca ou nenhuma relação, quase como se fosse uma coletânea de esquetes já prontos - tipo um "O Melhor de Jerry Lewis".

Lá pelas tantas, o ator até aparece interpretando outros papéis, escondido atrás de perucas, bigodes e maquiagem carregada: um médico que virou guru, um ladrão de banco e um patrulheiro rodoviário. Ahá, e você pensando que o Eddie Murphy era original quando interpretava 10 personagens no mesmo filme, não é?


Como reunião de esquetes que é, CRACKING UP rivaliza entre momentos muito engraçados, outros nem tanto, e alguns que ficam no limite entre a genialidade e a idiotice - nessa última categoria se encaixam a sequência em que assaltantes invadem um banco apenas para fazer um número de dança diante das câmeras de segurança, ou a participação especial de King Kong (bem, na verdade só da sua mão...).

Mas quando Jerry acerta, é para fazer o cara se mijar de rir. Sem dó nem piedade.


Desafio qualquer um, mesmo o espectador mais mal-humorado e impaciente para comédias, a assistir impassível a longa sequência de abertura, em que o astro enfrenta as agruras do piso excessivamente encerado do consultório do psiquiatra. O cara ri dessa cena até durante um velório, pois é comédia física na sua melhor forma - e demonstra que caras como Jim Carrey e Adam Sandler ainda precisam comer muito feijão com arroz para passar da categoria "careteiros" para "sucessores de Jerry Lewis".

Outro momento genial, que parece ter saído do programa de TV do grupo inglês Monty Python, é aquele em que Warren vai a um restaurante e é torturado pela garçonete, que, com sua voz irritante, vai citando sem parar as diversas opções do cardápio!

A garçonete irritante (legendado)



Finalmente, há uma piada que parece ter sido inspirada pelo conto "Ex-Fumantes Ltda.", de Stephen King (adaptado para o cinema no longa "Olhos de Gato", de Lewis Teague): Warren vai procurar uma clínica para deixar de fumar, e a partir de então, em diferentes momentos ao longo do filme, levará um soco na cara toda vez que tentar acender um cigarro!

E embora Lewis invista bem mais no humor físico e nas gags visuais, ele não deixa de fazer uma divertida brincadeira de metalinguagem durante os créditos iniciais: a trilha sonora pára de tocar no momento em que aparece a legenda anunciando o nome do compositor Morton Stevens, e uma segunda legenda informa que a canção do título é interpretada pelo famoso mímico francês Marcel Marceau (obviamente, a música é apenas instrumental!).


Se o show é todo do ator, que aparece em 100% do filme, não dá pra deixar de destacar algumas presenças ilustres, como o comediante Milton Berle (no papel de um travesti), Sammy Davis Jr. "interpretando" ele mesmo e Zane Buzby como a garçonete de voz enjoada. Para quem não lembra, a moça também deu uma amostra de seu dom vocal irritante em "Up in Smoke", da dupla Cheech & Chong (ela é a doidona que fica gemendo na traseira da van, numa cena antológica do filme).

CRACKING UP chamava-se, originalmente, "Smorgasbord" - que é uma palavra secreta usada pelo psiquiatra para hipnotizar Warren. O título foi trocado na hora do lançamento, e portanto numa das piadas, que mostra os atores indo ao cinema para assistir ao próprio filme, o título na fachada ainda é "Jerry Lewis' Smorgasbord".


No Brasil, o título nacional ficou "As Loucuras de Jerry Lewis". Porque nossos criadores de títulos adoravam colocar o nome do autor do negócio no título, mesmo quando ele não interpreta a si próprio. Aconteceu o mesmo com "Silent Movie", de Mel Brooks, que aqui virou "A Última Loucura de Mel Brooks", e "Nice Dreams", da dupla Cheech & Chong", batizado como "Altos Sonhos de Cheech & Chong" em nossos cinemas. Ainda bem que o sujeito que fazia esses títulos perdeu o emprego antes de inventar coisas como "As Férias Frustradas de Chevy Chase" ou "Eddie Murphy, Um Tira da Pesada"...

E muita gente deve ter CRACKING UP na sua memória afetiva das duas ou três exibições na Rede Globo, exatamente com esse título desengonçado de "As Loucuras de Jerry Lewis". Lembro que gravei uma dessas exibições e quase gastei a fita de tanto reassistir e mostrar para os meus amigos.


Oficialmente, entretanto, o filme permanece inédito no país, tanto em vídeo quanto em DVD. Também desapareceu da grade de programação da TV aberta há pelo menos duas décadas, como quase todos os outros trabalhos de Jerry Lewis, e volta-e-meia passa apenas na TV por assinatura.

Para alguns cinéfilos (eu incluso), é injusto que CRACKING UP não tenha feito o devido sucesso na época do seu lançamento e alavancado a carreira de Lewis para que continuasse escrevendo e dirigindo suas próprias obras. Porque, naqueles tempos, o astro passava por uma fase decadente nos Estados Unidos. Inclusive o filme estreou antes na Europa (os franceses até hoje consideram Jerry Lewis um gênio), e somente dois anos depois, em 1985, nos EUA.


Também era uma fase difícil para o artista, que estava afastado das telas há quase uma década. Em 1970, ele dirigiu e estrelou a comédia "Qual é o Caminho para a Guerra?", onde fazia piada com a Segunda Guerra Mundial. O tema perseguiu-o dois anos depois, quando embarcou em seu projeto mais polêmico: o lendário drama "The Day the Clown Cried", que também dirigiu, escreveu e estrelou, no papel de um palhaço que divertia crianças judias num campo de concentração, durante a Segunda Guerra, antes de levá-las à câmara de gás. Com fama de maldito, o filme nunca foi lançado e a única cópia existente é guardada pelo próprio Jerry - e nem mesmo caras influentes, como Quentin Tarantino, conseguiram acesso ao material.

Assim, Jerry Lewis só voltaria a dirigir, escrever e estrelar uma comédia em 1980, com o mal-sucedido "Um Trapalhão Mandando Brasa", fracasso de bilheteria que quase enterrou de vez a sua carreira. Talvez a história fosse diferente se o retorno às telas fosse com CRACKING UP, uma comédia bem mais inteligente e inspirada.


Vale lembrar que, durante as filmagens, em dezembro de 1982, Jerry teve um ataque cardíaco fulminante e chegou a ser declarado clinicamente morto, antes de recobrar a consciência e sofrer uma cirurgia delicada no coração. Definitivamente, ele estava com alguma zica braba naquela época...

Também é, como escrevi lá no começo, a última comédia escrita por ele, que desde então apenas aparece em papéis mais dramáticos nos filmes dos outros - como "O Rei da Comédia", de Martin Scorsese, e "Arizona Dream - Um Sonho Americano", de Emir Kusturica.


Será que um dia veremos Jerry Lewis voltar à luz da ribalta, com um novo filmaço escrito, dirigido e estrelado por ele? Acredito que não, e ele provavelmente também vai levar o polêmico "The Day the Clown Cried" para o túmulo. Talvez seja a melhor assim, numa época em que os "comediantes" são gente tão sem graça quanto Jack Black e Ben Stiller.

Um triste fim de carreira para um gênio da comédia? Nem tanto: nós sempre teremos seus filmes hilários, como "O Mensageiro Trapalhão" e CRACKING UP, para nos fazer rir por gerações, e gerações, e gerações. Porque bobagens tipo "Uma Noite no Museu" não demoram a ser esquecidas, mas os clássicos nunca morrem! Só falta alguma distribuidora brasileira tomar vergonha na cara e finalmente lançar esse filme em DVD no país...

PS: Descobri que "Smorgasbord" é uma palavra sueca para designar um bufê formado pela mistura de diferentes pratos da culinária de lá. Pode ser viagem minha, mas em sua próprio mistureba de gags, piadas e situações, Jerry Lewis fez aqui um verdadeiro "Smorgasbord cinematográfico".

Cena inicial de CRACKING UP
(Jerry Lewis vs. piso encerado)



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Cracking Up / Smorgasbord (1983, EUA)
Direção: Jerry Lewis
Elenco: Jerry Lewis, Herb Edelman, Sammy Davis Jr.,
Milton Berle, Foster Brooks, Zane Buzby, Dick Butkus,
Francine York e Donna Ponterotto.

24 comentários:

Kubota disse...

Jerry Lewis é fantástico! Infelizmente, como vc falou Felipe, pouco valorizado. Logo, temos que aguentar os American Pies da vida! Um negócio que lembrei: Herb Edelman fez uma participação no filme Detonando em Barcelona (Kuai Can che, 1984), estrelado por Jackie Chan!!! Texto muito legal Felipe!!

Anônimo disse...

Esse filme eu não conhecia. Valeu pela dica.

Eu conheço mais a fase "Jerry Lewis-Dean Martin" que tinha filmes excelentes.

Cá entre nós... Do Ben Stiller nem mesmo o "Tropical Thunder" tu gosta?

Daniela Cecchin

Felipe M. Guerra disse...

DANIELA, eu gosto da ideia do "Trovão Tropical", se bem que é chupada do "Três Amigos", e esse é muito melhor. Eu gosto de algumas coisas, tipo os trailers falsos do começo. Mas simplesmente não acho o filme engraçado. O Ben Stiller não está engraçado. O Jack Black NÃO É engraçado (embora pense que é). O Robert Downey Jr. negão é curioso, o Tom Cruise gordão e feio é curioso, mas o excesso de exposição de ambos tira a graça da coisa. Enfim, acho a ideia melhor que a execução. O único que eu acho REALMENTE engraçado no filme é o Matthew McConaughey.

Anônimo disse...

Sim... A ideia de tirar sarro de Hollywood não é nova. Eu acho que Tropical Thunder tem até alguns bons momentos. Ouvi falar também que vão fazer uma sequência que, convenhamos, será completamente desnecessária.

Daniela Cechin

Anônimo disse...

Felipe, Por falar em Jerry Lewis, você conhece um filme chamado "Bela Lugosi meets a Brooklyn Gorilla"? Pois neste filme tem uma dupla plágio de Martin e Lewis! São eles Duke Mitchell E Sammy Petrillo. O pobre Sammy foi processado por imitar Lewis sem sucesso.

Paulo Geovani Freitas Ribeiro

Scouth disse...

Opa, valeu, esse eu não conhecia. Não existe nenhum comediante americano à altura do Jerry Lewis, assim como aqui não existe mais nenhum outro Costinha ou Mussum. Porra, eu adorava aqueles festivais do Jerry que passavam na defunta Globo e meus preferidos são O FOFOQUEIRO e A FAMÍLIA FULEIRA, que para quem não viu, é outro em que ele interpreta vários personagens, sete ao todo!

Patricia Stefani disse...

Perfeito! Esse é, sem duvida nenhuma, o melhor filme de Jerry Lewis... Será q tu consegue o filme dublado original dos nos '80?

Felipe M. Guerra disse...

PATRICIA, hoje em dia é difícil, mas se alguém tiver gravado na época e ler esse texto, logo vai oferecer uma cópia aqui nos comentários! :-D

Giácomo Corleone disse...

Não conhecia esse filme aí. Do Jerry Lewis dessa época eu só conheço mesmo "O Rei da Comédia" do Scorsese que é ótimo.

Anônimo disse...

Minha avó tinha este filme em VHS, que assisti até arrebentar. Realmente é um dos melhores filmes de comédia que existe, do tipo que não se encontra mais.

Luciano Milhouse disse...

Cara, eu ACHO que lembro desse filme.... se for nesse filme que ele fazia também o papel de um guru e pedia pra fazer uma cirurgia sem anestesia e saía gritando DOR! DOR!, então é esse mesmo!! Vi na Globo há muito tempo atrás! Que saudade!

Abraço!

Felipe M. Guerra disse...

LUCIANO, essa cena da cirurgia sem anestesia é do "Cracking Up" sim. Você pode revê-la no YouTube, em inglês: http://youtu.be/I4DSynwjqwM

O Anão Corcunda disse...

Eu tinha esse filme gravado do telecine em VHS, mas a fita sumiu...

Se não me engano, o telecine o passava com o título Smorgasbord.

O Anão Corcunda disse...

Peço licença para um off-topic, mas estou caçando o título de um filme soviético, fim dos anos 20/começo dos 30. É uma comédia genial que vi na cinemateca do MAM (RJ) há alguns anos, mas esqueci nome e diretor.

No enredo, dois ladrões estão fugindo da polícia, quando um deles se esconde numa igreja e se disfarça com a roupa do santo no altar. No dia seguinte, os padres abrem a porta da igreja para uma missa e o ladrão, vestido de santo, aparece para a multidão, que começa a acreditar no milagre de sua volta.

Os padres tentam desmascará-lo, mas a multidão está cega e acredita no falsário, ainda mais depois que seu comparsa, fingindo estar aleijado, se submete à "cura" do falso santo.

A partir daí, os padres (pintados o filme todo como capitalistas trambiqueiros) ficam tentando subornar os dois ladrões para eles irem embora da cidade e deixá-los manipular as massas sozinhos, como faziam antes. No fim, os ladrões vão embora num carrão esportivo dado pelos padres!

Lembro do nome do filme como algo "O dia de São Nicolau", ou outro santo que não faço mais idéia. Alguém me ajuda??? Fiquei a manhã toda caçando esse nome e não conseguiu, queria correr atrás dessa pérola!!!

Obrigado e foi mal fugir do Jerry Lewis!!! Abraço!

Oficial de Ciências disse...

Olha, eu não gosto de comédia, acho comédia um porre! E muitas vezes eu provavelmente não entendo as piadas e se entendo não gosto delas.É algo meu, não da comédia, comédia não é para mim. Acontece que eu sempre gostei de ver os filmes do Lewis. E mesmo não gostando do gênero e conhecendo pouco dele achei um absurdo o vínculo de Carrey a Lewis, quando começaram a falar isso.

Todos estes atores atuais eu acho um saco, como o Black e o Sandler. O Murphy eu só gostei um pouco dos papeis "não cômicos" dele. E tenho gostado mais do Chase agora, velho, e fazendo o seriado Community.

Mas há de fato algo interessante no Lewis, assim como eu vejo algo de interessante no Atkinson. E não os estou comparando, apenas vejo algo de interessantes neles que ultrapassam o gênero do humor.

Anônimo disse...

O Jerry Lewis infelizmente só vai ser reconhecido como gênio nos EUA depois de sua morte.A academia perdeu a grande oportunidade de dar a ele um prêmio pelo conjunto da obra e preferiu entregá-lo o Oscar Humanitário pelos trabalhos de caridade.Falando nisso,foi humilhante o que o MDA,que organiza o Teleton americano fez com ele,demitindo da apresentação do evento após mais de 50 anos só porque ele está velho.

spektro72 disse...

este filme hilario do jerry lewis eu assisti ele na sua primeira exibicao no super cine,depois nunca mais passou e afinal filmes de jerry lewis nao passam na tv aberta o que é uma pena,principalmente aqueles que ele fez com cantor e ator dean martin, como:O MENINAO,OU VAI OU RACHA Dentre outros que nao me lembro agora, JERRY LEWIS é um genio da comedia com CHAPLIM foi no seu tempo..dos comediantes novos nao gosto de quase nenhum, so JIM CARREY E EDDIE MURPHY me fazem rir ( quando os filmes deles sao bons )

Anônimo disse...

Faço parte da geração que assistia aos filmes de Jerry Lewis, para mim ele é o Rei da Comédia, tudo bem que em um certo período de sua vida sua carreira tenha entrado em declínio(normal, pode acontecer na vida de qualquer pessoa), mas ele não precisa provar nada a ninguém, não tira seu mérito de tudo que realizou e nossa, como ele deve ter trabalhado e ralado para chegar onde chegou. Quando via Jim Carrey atuando, me divertia muito, depois percebi porque gostava tanto dele, porque simplesmente seu humor era inspirado em Jerry Lewis, que é o máximo e até hoje não canso de assistir seus filmes.
Jerry Lewis está conosco, ainda bem e vida longa para ele, mas já sinto sua falta antecipadamente!

laurindo big boss disse...

Laurindo Big Boss: Amigo Felipe, nem li sua resenha, pois falar deste GÊNIO DA COMEDIA,chamado JERRY LEWIS, emociona e nos da saudades, do tempo em que rir era algo natural e prazeiroso, sem apelações e escatologia. Ver filmes como BAGUNCEIRO ARRUMADINHO,O TERROR DAS MULHERES, PROFESSOR ALOPRADO, entre tantos outros,fazia com que suas tardes, seja em casa, ou em um cinema, dos mais agradaveis a todos nos. Agora lerei sua resenha, que certamente me dara saudades, em que rir era natural e não imposto quase forcosamente, pelos AMERICAM PIES, TODO MUNDO EM PÂNICO e outros do genero de hoje em dia. Um abraço...Laurindo Junior.

Lutelro Marques disse...

A cena da sala de espera é uma das coisas mais engraçadas que já vi na vida. Aquele sofá e aquele saco de bonbons deixariam qualquer um traumatizado.

Cândido Augusto disse...

Realmente quando falam que Jim Carrey é o novo Jerry Lewis dá vontade de surrar um sujeito que diz tamanha blasfêmia, Jerry é único mesmo depois de tantos anos ainda caio na risada vendo filmes dele, mas é risada de chorar. Ele consegue isso ainda hoje, é um gênio do cinema. Os americanos tinha que idolatrar ele coisa que não acontece. Deviam restaurar seus filmes e colorizar os que foram feitos em preto e branco, um que merecia é o Detetive Mixuruca (1962) sei que muitos acham heresia colorizar filme mas é só colocar as duas versões. Pena que Lewis não libera seus filmes para lançamento. São obras geniais que são clássicos do cinema pena que a industria seja tão imbecil, conseguir comprar os filmes originais de Jerry hoje em dia é igual a última crusada!!..Ótima lembrança Lewis merece !!!!!!

Anônimo disse...

Ainda estou impressionado com suas palavras, sobre este superfilme do incrível "Jerry Lewis"... Isto porque, elas descrevem com exatidão o meu sentimento sobre "Smorgasbord" .. Também tinha uma fita gravada do Corujão, mas que não resistiu ao tempo e as várias vezes que utilizei no meu antigo JVC...
Outro dia vi algumas das cenas do filme serem copiadas inadvertidamente no programa Zorra Total, ainda assisti até o fim, na esperança de ver alguma dedicatória ao mestre do Humor Lewis, mas nada de ética profissional quanto mais moral... Pulando os desastres da nossa TV... este filme é realmente o melhor de sua época no quesito comédia... PARABÉNS aos que, como você, sabem apreciar e dar o merecido valor as obras que realmente representam a sétima arte... P.S. Também quero uma cópia, por favor publiquem o Link... Abraços a você Felipe e obrigado pela dica do "MARCEL MARCEAU"... Desta piada eu só ri agora!!!
Rogério Ribeiro.
www.facebook.com/rogeriosousaribeiro

erica disse...

cresci assistindo filmes de Jerry Lewis e é o único tipo de comédia decente que eu conheço, o único ator que me faz chorar de rir sem precisar pronunciar um palavra, um gênio incomparavel, só um detalhe no seu texto, ele não é baixinho como citado, ele tem 1,83 de altura, realmente um grande gênio.

Cristiano disse...

Entendo que o melhor de Jerry Lewis seja "Hook, Line & Sinker" ("De Caniço e Samburá") - 1968, lançado no Brasil somente em DVD pela Classicline em 2016. É dirigido por Gary Marshall mas tem a marca de Lewis.