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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pulp fiction de rodoviária


Devido a viagens de ônibus cada vez mais frequentes de um lado para o outro, a trabalho e a lazer, tenho dedicado mais tempo ao hábito da leitura do que a ver filmes (não acompanhei quase nada dos últimos lançamentos nos cinemas). E quando você lê muito rápido, como eu, é comum ficar sem "munição" bem no começo de uma viagem. Nesse caso, é preciso apelar para uma banca de jornais ou livraria, em busca de gibis ou livros baratinhos que durem o tempo da viagem de ônibus.

Porto Alegre, uma quinta-feira - antes de longa viagem a Curitiba. Entro numa banca em busca de literatura rápida e rasteira e, numa das paredes do estabelecimento, deparo-me com uma verdadeira volta no tempo: num singelo mostruário de plástico, estão exibidos dezenas de livrinhos de bolso (hoje é chique usar o termo em inglês, "pocket book") com aquela pulp fiction bem vagabunda, de rodoviária mesmo.

Porque se hoje o "pocket book" está na moda e você pode comprar best-sellers (inclusive do Stephen King) e clássicos da literatura (de Nietzsche a Shakespeare) em formato de bolso, numas edições caprichadas com papel de qualidade e bonito acabamento, no passado apenas historinhas bobas de faroeste, espionagem, terror e putaria saíam como pocket, tentando atingir um público popularzão mesmo.

Por isso, eram umas publicações extremamente vagabundas, em papel jornal e com impressão tosca, cheia de erros. As tramas eram simples e rápidas, com poucos personagens e muita ação (às vezes umas descrições bem gráficas de cenas de sexo também). Não tinham mais do que cento e poucas páginas, mas se você copiasse e colasse o texto em formato A4, o total não chegaria a 40 ou 50 páginas.

Enfim, a verdadeira leitura descartável: aquilo era algo que você lia em poucas horas para passar o tempo, e em questão de minutos já tinha esquecido de tudo. É muito difícil você encontrar alguém que saiba os títulos dos pocket books que já leu. Muitos inclusive jogavam os livrinhos no lixo ao invés de colecionar!

Aí lembrei que, tempos atrás, comentei com um amigo aqui de São Paulo sobre o sumiço dessa pulp fiction de rodoviária. Quem é das antigas deve lembrar com saudade das publicações da (extinta?) Editora Monterrey, que entre a década de 60 e o começo dos anos 1990 entulhava bancas, livrarias e rodoviárias com seus pockets de papel jornal a preços bem populares. Havia outras editoras, mas a Monterrey era líder de mercado no ramo.


Tinha livrinho para todos os gostos. A série "FBI", por exemplo, contava histórias policiais, "Epopéias de Guerra" narrava tramas bélicas, e havia ainda uma infinidade de selos diferentes para histórias de bangue-bangue, como "Oeste Brutal", "Feras do Oeste", "Chumbo Mortal" e até "Oeste Sensual" (dependendo da série que você escolhia, as histórias tinham mais ou menos ação e sacanagem). Eram o equivalente masculino àqueles livretos de mulherzinha tipo "Julia", "Sabrina" e "Bianca", que não eram exatamente pocket books, mas tinham a mesmíssima proposta.

A maioria das histórias da Monterrey eram escritas por um mesmo cara, que assinava com 30 pseudônimos diferentes para parecer que havia todo um rol de "autores" na folha de pagamento da editora. Por exemplo, Rubens Francisco Lucchetti, autor dos roteiros dos filmes do Zé do Caixão e do Ivan Cardoso, escreveu muitos livros de bolso, só não sei se para a Monterrey. Mas o campeão foi o paulista Ryoki Inoue, que chegava a escrever três pockets num dia, e assinou (com nomes falsos) mais de mil, façanha que lhe rendeu menção no Guinness Book of Records.

(Para saber mais sobre a trajetória do prolífico autor brasileiro de pulp fiction, confira seu site, onde inclusive é informada a sua extensa bibliografia.)


Outra série bem popular da Monterrey era a "ZZ7", que narrava as aventuras de uma espiã sensual chamada Brigitte Monfort, uma espécie de James Bond em versão feminina - inclusive usava o corpão para seduzir os inimigos, em relatos eróticos perfeitos para adolescentes entrando na puberdade.

Esses livrinhos da "ZZ7" (007, alguém?) foram um sucesso estrondoso. Eram escritos pelo espanhol Francisco Ramires sob pseudônimo em inglês ("Lou Carrigan"). Sozinho, Ramires/Carrigan criou mais de 400 aventuras de Brigitte, que saíam por aqui com capas altamente sensuais desenhadas pelo artista brasileiro Benício (o mesmo que fazia os pôsteres das pornochanchadas da época).

Para dar uma ideia do sucesso de "ZZ7" no país, os livrinhos eram originalmente publicados na "Série Vermelha", com o logotipo em cor vermelha na capa; algum tempo depois, a procura pelas aventuras antigas era tão grande que a Monterrey começou a relançar tudo em "segunda edição", mas dessa vez com o logotipo azul, no que ficou conhecido como "Série Azul". Já nos anos 90, antes que essas publicações de bolso fossem sumariamente canceladas, a editora já estava republicando tudinho pela terceira vez na "Série Verde"!!!

Na pré-adolescência, meu hábito de leitura foi formado com os saudosos livros da série Vagalume e também com essas publicações vagabundas da Monterrey, especialmente as aventuras de faroeste e de Brigitte Monfort. Cheguei a ter uns 100 pockets da editora, mas, após uma limpeza no quarto lá pelo começo do ano 2000, doei tudo para uma biblioteca. Nem era o tipo de coisa que você iria querer ler mais de uma vez, mesmo...

Tempos depois, fiquei com saudade dessa página esquecida do mercado literário nacional. Ao perceber que a pulp fiction de rodoviária havia sumido das bancas, pensei que seria interessante recomeçar uma coleção dos velhos livrinhos "ZZ7", só por nostalgia. Mas o preço absurdo cobrado pelos sebos me fez mudar de ideia rapidinho.

E é nesse ponto que voltamos à banca de jornal de Porto Alegre, com seu mostruário de pocket books vagabundos. Fazia um tempão que eu não via mais produtos do gênero, e imaginei que fosse um revival, uma tentativa de retomar aquele nicho de mercado de grande sucesso no passado.

Essas obras em questão eram publicadas pela Editora Fittipaldi e tinham uma apresentação semelhante aos velhos livrinhos da Monterrey, embora com qualidade ainda mais vagabunda. Havia no mostruário pockets com histórias policiais, de faroeste e de terror, publicadas com rótulos pomposos tipo "Pocket Suspense Diamante".

Como a promoção era estilo "um por R$ 2 e três por R$ 5", peguei logo três títulos da tal Coleção Suspense. E só no ônibus, quando tirei os livros do plástico que os envolvia, descobri, frustrado, que não são exatamente novos, mas sim publicações editadas em 1995 e 1996 (!!!), portanto há quase 20 anos, e encalhadas lá no mostruário da banca desde então (por isso que nunca vi o diacho dos pockets da Fittipaldi para vender em outros locais!).


Li os três em poucas horas, e então percebi porque eles estão sem encontrar comprador desde 1995. Primeiro porque nesse país ninguém mais lê sequer livros bons, quem dirá essas porqueiras para consumo rápido; segundo que não bastasse a péssima qualidade da apresentação, as histórias desses livrinhos da Fittipaldi são muito, mas muito abaixo da média.

Os livros seguem o "padrão Monterrey": títulos genéricos e/ou apelativos (Trama Diabólica, Terror em Sumerville e Círculo do Terror), autores brasileiros usando ridículos pseudônimos "importados" (respectivamente Gaskeel Holand, Constance Gray e Tony Carson) e capinhas "sensuais" copiando Benício, mas agora no traço de um tal Balieiro (e mais ousadas que as de antigamente, com peitos e bundas de fora, mesmo quando nem sequer há sexo na trama!).

Dos três, o único que poderia render uma boa história de horror (desde que sofrendo uma recauchutagem geral, óbvio) é Terror em Sumerville, sobre uma mansão assombrada pelos espíritos de soldados torturados e mortos na Guerra da Secessão. Engraçado é que o título é Terror em SUmerville, mas o bairro em que se passa a história chama-se "SOmerville". E a "autora" Constance Gray copia "O Iluminado" em diferentes momentos, sem a menor vergonha na cara.


Os outros dois são um engodo. Círculo do Terror é uma história erótica à qual foram adicionados toques sobrenaturais para vender como livro de horror. Percebe-se que a especialidade do autor Tony Carson é a putaria, já que ele usa páginas e mais páginas para narrar as (várias) trepadas nos seus mínimos detalhes, mas depois não sabe o que fazer quando demônios e assombrações entram em cena.

Resta, assim, o deleite punhetístico de descrições românticas como "Roy retesou o corpo e levantou os quadris, como se fosse fazer seu corpo todo penetrar pela abertura quente da mulher", ou "O homem começou a movimentar-se com mais vigor. Os golpes se sucederam com uma cadência desenfreada, até que ambos se sentiram fundir-se numa só pele, gozando a delícia do prazer".

Trama Diabólica é simplesmente ridículo, começando pelo "resumo" da história na contracapa, que não diz nada com nada, e, filosoficamente sensacionalista, lembra as chamadas nos trailers de filmes do Zé do Caixão. Confira:


Apesar de tanto lero-lero, o livro conta apenas a história (fraquíssima) de um sujeito paralisado numa cama após acidente, e a quem os parentes querem matar para ficar com sua fortuna. Sorte que ele usa insuspeitos poderes telepáticos para se comunicar com os mortos e iniciar uma vingança.

Esse é trashão total: a história é digna de redação do Ensino Fundamental, mas o autor "Gaskeel Holand" fica colocando umas citações intelectualóides para tentar (inutilmente) tornar o texto mais rico.

Como quando um personagem diz: "Se Ana Bolena (sic) não houvesse colocado chifres em Henrique VIII, este não teria mandado cortar sua cabeça. A vida de cada pessoa é como é, querido Corrie". Ou "Estou me lembrando de Macbeth e do seu banquete, quando Banquo se apresentou entre os convidados depois de ter acabado de ser assassinado".

Mas o auge da doideira é quando "Holand" narra um ritual demoníaco tomando emprestados elementos de vodu, macumba e missa negra. Animais são sacrificados e o "bruxo" invoca Erzulli, Belial e até Iemanjá, que de demoníaca não tem absolutamente nada!!!

No fim, por mais que os três livrinhos tenham me divertido na sua pobreza e ruindade, bateu o saudosismo: numa comparação grosseira, os velhos títulos publicados pela Monterrey décadas atrás estão para Shakespeare como esses "novos" da Fittipaldi estão para Paulo Coelho!

Tempos tristes esses em que os caras não conseguem fazer nem pulp fiction de rodoviária...

PS: Na próxima atualização voltamos à nossa programação normal de filmes bagaceiros!

25 comentários:

@lisangelo disse...

Brigite Montfort, a agente Baby, era filha da Gisele 'A Espia Nua que Abalou Paris'. Com sua maletinha enfeitada com pequenas flores azuis e chamando seus colegas da CIA sempre de 'Johnny'. Nunca li.

Alexandre disse...

Porra, ótimo tópico! Meu favorito era o Miguel "Chucho" Santillana, que só escrevia faroestes violentos com títulos bizarros tipo "Varrendo uma cidade à bala" e "Eu mato e queimo os cadáveres", hahaha! Shakespeare é o cacete!

Ingsoc disse...

Isso me fez lembrar da série de livros Mack Bolan, o Executor. Saíram em edições vagabundas de banca pela editora Nova Cultural.

Eram no mesmo esquema "rápido e rasteiro" desses da Monterrey, com histórias de ação e violência e descrições elaboradas (e fora de propósito) das armas que o personagem principal utilizava.

Alexandre disse...

Mack Bolan! Bem lembrado, e ainda na linha dele, tinha PHOENIX FORCE, ABLE TEAM, TRACK e SOBs (Nile Barrabas), que pareciam roteiros daqueles filmes de ação dos anos 80. Só literatura fina para machos!

Felipe M. Guerra disse...

Eu lia muito SOBs também. Esses pockets da Nova Cultural eram um pouquinho mais caprichados, maiores e com capa dura. Outra editora que lançava pulp fiction de bolso era a Ediouro. Lembram da série de ficção científica Perry Rhodan, que tinha uns 500 volumes? Era outra que eu quase comecei a colecionar esses dias, mas os sebos estão metendo a faca. Entre todas elas, meu carinho maior ainda é pela Monterrey. Aqueles livrinhos bagaceiros da editora ajudaram a consolidar meu gosto pela leitura! Ou seria mau gosto?

@lisangelo disse...

Perry Rhondan tem um filme, http://cinespacemonster.blogspot.com/2011/10/perry-rhodan-mission-stardust-1967.html, coisa que a nossa agente Baby nunca teve infelizmente.

Alexandre disse...

Ei, esse tópico está rendendo uma nostalgia foda! Adorava o PERRY RHODAN e tinha vários números dele.
Lembro-me que as capas dessas edições baratas me chamavam muita a atenção, que além de achá-las bonitas, algumas dessa linha de espionagem traziam mulheres seminuas, coisa que mexia com a cabeça de um moleque de uma época em que a pornografia não era tão banalizada e que não se podia comprar uma PLAYBOY ou ELE ELA, por ser menor de idade, hahaha!
Eu tinha uma boa coleção que foi se perdendo com o tempo ou que joguei fora mesmo. Porra, bateu até um arrependimento agora...

Lucas Smitt disse...

Muita saudade desses bolsilivros que eu devorava aos montes, tinha predileção pelos do Clark Carrados e do Lucchetti, legal que ainda acho alguns nos sebos, e parabéns ao recordista Ryoki por tanta criatividade e profilicidade

Anônimo disse...

Eu curtia aqueles gibis pornôs vagabundos em preto-e-branco da série "Sexyman"... isso há uns 20 anos, pelo menos... alguém lembra? Digamos que eles ajudaram a consolidar meu caráter heterossexual...

Péricles disse...

Eu lembro desses gibis vagabundos, certa vez comprei um que aparentava ser uma aventura com um ninja e quando tu lia era só trepação!!!

Pintopix disse...

A arte do Benício é foda!

Anônimo disse...

O autor Kuiz Biajoni disponibilizou para download, 2 de seus livretos, que tem o mesmo estilo dos pulp fiction de rodoviária ... leitura rápida e descartável ... arquivos em pdf ... não se espantem com os títulos das obras ...

Sexo anal

http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/literatura-nacional/romance-sexo-anal-uma-novela-marrom-luiz-biajoni/

Buceta - Uma novela cor-se-rosa

http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/literatura-nacional/romance-buceta-uma-novela-cor-de-rosa-luiz-biajoni/

O 2º livro se passa após o 1º (tempo da estória e personagens)

Geraldo

Fernando disse...

Gosto muito do seu "gosto" pela nostalgia. É por tópicos assim que nunca deixo de passar por esse blog. Parabéns! Belo texto!!!

Oficial de Ciências disse...

Às vezes eu penso que deveria tentar vender alguma coisa que escrevo sabe... (risos)

Fahrenheit32 disse...

E tome nostalgia... esse gosto de literatura de (c)bordel herdei de meu finado velho, que me dizia que qualquer leitura que te entretenha, serve como higiene mental, mesmo que nada acrescente para a sua vida. de fato servia para longas viagens de onibus, aguardar ser atendido em salas de espera e afins. Meu autor preferido de faroestes era um tal de Gabriel "Trinity" Figueroa e gostava tameb de vários do FBI. Meu pai tinha uma coleção de mais de cem exemplares, e como li todos, notei que mesmo parecendo muito entre si as histórias sempre tinham algo de diferente.

Felipe M. Guerra disse...

Eu não duvido que, de tempos em tempos, eles republicavam as mesmas histórias com outro título, mudando os nomes dos personagens e algumas frases aqui e acolá. Quem iria perceber?

SILVIO CÉSAR disse...

Sobre Mark Bolan e companhia. Esse personagem ainda é publicado nos EUA pela editora Gold Eagle. Dá pra conferir os lançamentos no blog da editora aqui http://readgoldeagle.blogspot.com/

Anônimo disse...

estes livros eram escritos por autores brasileiros, que usavam esses pseudônimos estrangeiros.

Allan e Alex disse...

Tenho desejo de resgatar essa época e quando o tempo dá, vou disponibilizando sem compromissos esses livrinhos (digitalizando e transformando em e-books). Mas achei esses comentários muitos escrotos ( do blog). Para mim esses livrinhos tem um valor inestimável. Se é ruim porque o autor deste blog fez um post gigante?
segue o blog:
http://link-livros.blogspot.com.br/
Não coloco mas por motivos de tempo mas volta e meia vou digitalizando e repondo para os internautas. Para mim esta época jamais poderá ser esquecida!

Jussara Sabbato disse...

Wowwww..Eu pensei que somente eu sentia falta destes livrinhos de bolso. Vi que tem mais gente por ai pensando o mesmo!!
Realmente é uma pena que nao existem mais. Se souber de algo tao bom e parecido, por favour me informar.
Meu endereco de e-mail é: jussara.sabbato@gmail.com
Te agradeco por me fazer lembrar destes livros e de me fazer reviver tempos maravilhosos que já nao voltarao mais.
Abracos
Jussara Sabbato

Ravel disse...

Também fiz essa experiência, de tentar ler os bolsilivros da Fittipaldi, e é mesmo decepcionante... E um "Drácula" da Monterrey (ou da Cedibra), você não tem lembrança? Queria muito rever um exemplar, uma capa que fosse. Qualquer coisa, por favor, me escreva: ravelgp@yahoo.com.br. Abraço e parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

cara que saudade destes bolsilivros,onde fica a banca que vc achou em porto alegre me passa a rua por favor obrigado.

Koppe disse...

Também já li muitos desses livros, ainda tenho alguns.

Como a qualidade das editoras varia muito, e muita gente lê e depois vende ou troca, tem espaço pra vários tipos de bizarrice. Alguns da editora Fittipaldi tinham muitos erros de digitação, e às vezes uma ou outra página em branco no meio, faltando parte da história. Como tinham um número padrão de páginas, o tamanho da fonte pode variar de um livro pra outro. É comum nas bancas de troca ter exemplares de diversas editoras "consertados" com capa artesanal ou colados com fita durex. Alguns podem ter assinaturas, nomes e outras anotações de proprietários anteriores. Lembro que li pelo menos um que tinha uma segunda história, curtinha, que servia pra completar o número de páginas.

O escritor Lourivaldo Perez Baçan é autor de muitos deles, que as editoras publicavam com pseudônimos americanizados. E é dele o caso mais estranho que vi: um livro da editora Fittipaldi chamado "O Homem Que Caiu Do Céu", sobre um soldado ou mercenário que foi traído, perdeu a memória e busca vingança. Existe um livro da editora Opera Graphica chamado "O Guerreiro Do Espaço", que é simplesmente idêntico. A descrição dos cenários, o enredo, as cenas de ação, os personagens... só mudam os nomes e detalhes que transformam a história de guerra no oriente médio em uma aventura de ficção científica espacial e futurista. Será que é plágio, ou a editora comprou os direitos e modificou a história?...

Não sei se tem alguma editora publicando livros de bolso desse tipo hoje em dia, é uma pena se não tiver. Mas é fácil de achar muitos deles na maioria dos sebos. Bancas que compram e trocam aqueles livros de romance, tipo "Sabrina" e "Julia", também costumam ter alguns livrinhos desses em algum canto.

Quiof disse...

o autor é o mesmo, Koppe, trata-se do Rubens Francisco Lucchetti, conhecido como o papa do pulp, o mesmo declarou na página do faceboook.

Koppe disse...

Recentemente descobri um blog chamado DØØM SCANS, que posta versões digitalizadas, ebooks em PDF, desses livros: http://doom-scans.blogspot.com.br/