
"Com louco eu não negocio, eu mato!"
"A culpa é do juiz. A gente prende e o juiz solta."
"Você é a doença. Eu sou a cura".
"Aqui a lei termina... e eu começo!".
São frases de efeito como essas que o policial Cobra, interpretado com olhar de peixe morto por um Sylvester Stallone no auge da fama, sussurra antes de crivar bandidos de balas em STALLONE COBRA, um daqueles clássicos do cinema de ação apelativo dos anos 80 que todo mundo viu, e se não viu deveria correr atrás imediatamente.
Até porque, de tão exageradas e amorais, estas obras acabaram se transformando não só em clássicos do politicamente incorreto, mas em verdadeiras comédias involuntárias.
Pois STALLONE COBRA é a essência do cinema descerebrado e casca-grossa da década de 80, e talvez um dos melhores representantes da estupidez daquela Era Reagan. Uma sessão dupla inesquecível seria vê-lo junto com "Comando para Matar", do Schwarzenegger, ou "Desejo de Matar 3", de Michael Winner.
Na época do seu lançamento (1986), o filme provocou bastante polêmica pela extrema violência. Muita gente nem lembra, mas quando ele chegou aos cinemas brasileiros, entre 86 e 87, foi retalhado pela censura e proibido para menores de 18 anos.
Inclusive uma das minhas mais perenes memórias de infância é a do dia em que meu pai chegou extasiado em casa com uma fita pirata de STALLONE COBRA em versão "sem cortes", e reuniu toda a família na sala para ver (ignorando o fato de eu ser, na época, um moleque com 8 ou 9 anos de idade). A verdade é que a cópia era tão ruim que nem permitia ver muita coisa, mas a imagem do policial durão vestido de preto, com óculos espelhados e um fósforo no canto da boca não me saiu mais da cabeça.
Hoje, é fácil entender que a polêmica em torno do filme lá em 1986 não era tanto pelas cenas de violência (bastante comuns), mas sim pela visão distorcida do papel do policial ao fazer justiça com as próprias mãos. Afinal, o tal Cobra, que devia ser o herói, muitas vezes se assemelha aos bandidos, atirando em adversários desarmados, comprando briga por bobagem e até matando sadicamente os vilões com um sorrisinho cínico no rosto.
Para dar uma idéia da amoralidade da coisa toda, numa cena Cobra incendeia um criminoso vivo enquanto diz "Você tem o direito de permanecer calado...", e fica assistindo o infeliz se debater em chamas, ao invés de pelo menos poupar-lhe do sofrimento com um tiro de misericórdia.
Em outra, um repórter pergunta ao policial, após a ação onde um criminoso foi múltiplas vezes baleado, se era mesmo necessário acabar daquele jeito, com o bandido morto. "Não houve excesso de força?", questiona o jornalista. Cobra, pouco ligando para a liberdade de imprensa, pega o sujeito pelo colarinho, enfia a fuça dele na maca onde está deitado um refém morto pelo bandido e diz: "Pergunta isso pra família dele!".
Essa visão exagerada do papel do policial não era exatamente uma novidade na época. Afinal, 15 anos antes, "Perseguidor Implacável", com Clint Eastwood, já havia causado bastante polêmica exatamente por trazer um policial vingador que preferia executar os bandidos a prendê-los - o clássico Dirty Harry, grande inspiração para o truculento Cobra. Mas para um Brasil ainda em lento processo de abertura, e traumatizado por uma igualmente truculenta Ditadura Militar, as ações do "herói" Stallone pareciam soar excessivamente fascistas.
(Por sinal, muitos críticos juravam que STALLONE COBRA era um remake de "Perseguidor Implacável", não apenas pela trama parecida do policial durão enfrentando psicopatas, mas também pela presença de dois atores do filme de 1971, Andrew Robinson e Reni Santoni. O primeiro fez o psicopata caçado por Clint Eastwood, e aqui, ironicamente, é um policial revoltado com os métodos violentos de Cobra. Já Santoni repete o papel de parceiro do herói, e seu personagem tem o mesmo nome, Gonzales, o que deve ter contribuído para que muitos pensassem na hipótese de refilmagem.)
E já que estamos falando de polêmicos policiais vingadores, é bom lembrar que mais recentemente, aqui mesmo no Brasil, o Capitão Nascimento de "Tropa de Elite" gerou acalorados debates sobre violência policial - e até sobre fascismo!
Talvez todo mundo devesse relaxar um pouquinho e curtir estes filmes pelo que eles realmente são: histórias de FICÇÃO.
O próprio STALLONE COBRA é tão tosco, caricatural e exagerado, com um roteiro ridículo e preguiçoso (os personagens quase nem têm nomes), que não pode em momento algum ser levado a sério. O próprio Stallone - além de astro, roteirista - declarou que o filme tinha o clima de uma história em quadrinhos.
Então, relaxem e gozem, já diria certa política brasileira. Até porque STALLONE COBRA é realmente muito divertido e muito engraçado, com ações e frases prontas do Cobra que espantam qualquer mau humor - e o "padrão de qualidade" dos produtores Golam & Globus, da saudosa Cannon Pictures, aqui provavelmente em seu filme de maior destaque.
O curioso é que a gênese de STALLONE COBRA é "Um Tira da Pesada", de 1984, o filme que transformou Eddie Murphy em super-astro. Acontece que Stallone era o nome originalmente cotado para o papel, quando o projeto ainda era para uma história policial séria. Só que o astro exigiu várias modificações no roteiro que os produtores de "Um Tira da Pesada" não poderiam pagar. Resultado: ele pulou fora do projeto.
Neste momento, Stallone acabou se envolvendo com a adaptação para o cinema do livro "Fair Game", um thriller da autora norte-americana Paula Gosling publicado em 1978 (e também conhecido como "A Running Duck"). O livro conta a história de uma modelo de San Francisco que interrompe, por acidente, a ação de um implacável assassino particular, e que por conta disso começa a ser perseguida pelo sniper em busca de vingança. Para protegê-la, a polícia designa um tira durão chamado Mike Malchek - que também foi atirador de elite no Vietnã - e seu parceiro engraçadinho, Gonzales. E apesar de o personagem que acabou dando origem ao Cobra no cinema também ser frio e violento no livro, a autora fez questão de explicar que boa parte desta atitude vinha do treinamento militar e do passado do personagem no Vietnã. Malchek também é apresentado como um herói imperfeito, que praticamente usa a modelo-testemunha como uma isca (e alvo) para fazer o vilão sair de seu esconderijo. Como se percebe, algumas poucas ideias de "Fair Game" acabaram sendo aproveitadas em STALLONE COBRA, que ainda foi anabolizado com aquelas sugestões malucas que o astro já trazia da sua versão de "Um Tira da Pesada".
(Ironicamente, o livro ganhou uma segunda versão para o cinema em 1995, desta vez mantendo o título original "Fair Game", mas com ainda MENOS coisas em comum com a obra literária. Trata-se da aventura mequetrefe que por aqui ficou conhecida como "Atração Explosiva", estrelada por Cindy Crawford e William Baldwin!)
Uma prova de que o filme não deve ser levado a sério em momento algum, e sim curtido como uma inconseqüente história em quadrinhos, é o seu próprio personagem principal. Stallone faz de tudo para mostrar o policial Marion Cobretti (verdadeiro nome do Cobra) como o mais durão dos durões, o mais fodão dos seres humanos.
Cobra não é uma pessoa normal, mas uma máquina de matar. Anda sempre com luvas de couro negras, os óculos escuros espelhados de motorista de ônibus e o palitinho de fósforo super fashion no canto da boca. Quase nunca abre a boca, e quando fala é para ameaçar ou xingar algum bandido. E em todas as cenas em que aparece "fora do trabalho", ele não aparenta ter qualquer vida pessoal: está ou treinando tiro, ou limpando sua pistola enquanto come pizza cortando as fatias com uma tesoura!
Ou seja: Cobra vive e respira violência, e quer encrenca 24 horas por dia. Como na cena em que vai estacionar seu carro em frente de casa e teima em colocá-lo numa vaga onde o veículo não cabe, batendo na traseira do carro da frente e empurrando-o até o seu caber. Os donos do carro, latinos, saem furiosos querendo tirar satisfação - e com razão! Cobra dá uma olhada para o cigarro na boca de um deles e diz: "Isso faz mal, sabia?". O cara responde: "O quê, o cigarro?". E o Cobra: "Não, eu!". Ele então arranca o cigarro da boca do homem e rasga infantilmente a sua camisa, só para provocar, antes de sair bufando! Dá pra argumentar com um "herói" desses?
STALLONE COBRA já começa sem meias-medidas, com o close de uma pistola sendo apontada para a câmera (e diretamente para a fuça do espectador) e disparando; a bala sai em direção ao "alvo", num efeito que ficaria interessantíssimo em 3-D. Isso já dá uma idéia do que vem pela frente, considerando que a primeira cena do filme é, literalmente, um tiro na cara do espectador!!!
Em seguida, um maluco sitia um supermercado, onde faz vários reféns. A polícia cerca o local com mais de 30 homens armados até os dentes, mas o inspetor diz apenas: "Chame o Cobra". Cobretti chega, entra no local, fala meia dúzia de frases de efeitos e simplesmente pipoca o bandido de tiros. Quer dizer, nenhum outro dos 30 policiais armados até os dentes podia fazer a mesma coisa?
Esta cena inicial traz um dos diálogos traduzidos mais antológicos da história da dublagem brasileira. Quem viveu a época de gravar filmes da televisão certamente lembra que a dublagem costumava alterava o sentido original dos diálogos, para eliminar expressões muito pesadas, palavrões ou referências positivas a drogas.
Pois eis que, na versão dublada do filme, Cobra fala o seguinte para o bandido antes de enchê-lo de chumbo: "Cretino! Você adora dar tiro. Eu odeio gente assim. Você é um imaturo. Você é um... cocô! (assim mesmo, com pausa reflexiva) E eu vou matar você!".
Na versão original, o diálogo tem bem pouco a ver com a dublagem brazuca: "Hey dirtbag, you're a lousy shot. I don't like lousy shots. You wasted a kid... for nothing. Now I think it's time to waste you!". Sacou? "You waste a kid" virou "Você é um imaturo"!!! Mesmo assim, a dublagem neste caso é tão hilária (porra, que tipo de herói xinga um bandido com "Você é um... cocô!"????) que ver a versão dublada de STALLONE COBRA é garantia de gargalhadas em dobro.
Mas enfim: depois desta bela introdução, descobrimos que um grupo de assassinos está atacando a cidade e esganando gente inocente. Dezesseis pessoas já foram mortas, e a contagem vai aumentando simplesmente porque a polícia não quer Cobra e seus métodos pouco ortodoxos no caso.
O principal assassino da quadrilha é o "Caçador Noturno", interpretado pelo fortão Brian Thompson com uma cara de psicopata de dar medo - ele tem uns seis ou sete diálogos o filme INTEIRO!
Os malucos matam pessoas esperando criar um "Mundo Novo", mas isso nunca fica explicado. Nas únicas cenas em que vemos os psicopatas reunidos, eles estão realizando uma bizarra cerimônia onde ficam batendo machados ritmadamente. Talvez o "Mundo Novo" seja isso: matar toda a humanidade para que possam bater seus machados em paz!
(Engraçadíssimo é constatar que, nesta cena, no meio de um monte de malucos com roupa de couro e de motoqueiro, aparece um sujeito de terno e gravata batendo animadamente os seus machados! PQP????)
Ah sim, o grupo de psicóticos também inclui uma policial feiosa, chamada Stalk (de "stalker"? dã!), que está infiltrada na polícia justamente para limpar a barra dos amiguinhos. Ela passa o filme todo dando bandeira, acompanhando os matadores nos seus crimes, mas mesmo assim ninguém desconfia dela!
Certo dia, a modelo Ingrid (a linda Brigitte Nielsen) testemunha um dos assassinatos e passa a ser perseguida pelo grupo de malucos, que têm medo de que ela possa reconhecê-los. Aham, tudo bem, eles dão bandeira o filme inteiro e depois ficam com medo de uma provável testemunha!
Claro, Cobra e seu parceiro engraçadinho Gonzales são designados para protegê-la. Ainda que a moça não tenha condições reais de identificar nenhum dos vilões, os assassinos passam todo o resto do filme se expondo publicamente, tentando a todo custo matá-la.
O final é algo bizarro: Cobra, Ingrid e Gonzales fogem para o interior seguidos por um batalhão de malucos em motocicletas, mascarados e com rifles e metralhadoras nas costas - e ninguém suspeita daquilo e chama a polícia!
Pior: o Caçador Noturno arma toda essa guerrilha para silenciar a testemunha que poderia identificá-lo, sem perceber que desse jeito revelou-se muito mais do que se simplesmente deixasse a moça fugir!!!
Como dá para perceber, a maior parte de STALLONE COBRA é uma bobagem - pura, simples e hilária. Entre as muitas cenas sem pé nem cabeça, é impossível não citar aquela em que o Caçador Noturno entra disfarçado (mas qualquer um vê que o cara é um bandido pela cara de psicopata) no hospital onde Ingrid está. Pois o vilão perde tempo matando praticamente todo mundo por ali (enfermeiras, o cara da faxina, outros pacientes...), MENOS a garota. Que, claro, é salva na hora H por Cobra.
Mas convenhamos: quem em sã consciência vai assistir um filme como STALLONE COBRA, que no cartaz traz Stallone com óculos espelhado e uma metralhadora gigante, esperando ver um "Cidadão Kane", e não um "Cidadão Cobra"?
Assim, o filme é perfeito naquilo que se propõe: as cenas de ação são muito bem realizadas e a contagem de cadáveres, generosa (52 pessoas, segundo o IMDB, sendo que Schwarzenegger matou, sozinho, 81 em "Comando para Matar", lançado no ano anterior).
A melhor cena do filme, e que fica ainda melhor nestes tempos de edição videoclipeira, mostra uma perseguição automobilística em alta velocidade pelas ruas de Los Angeles. Cobra, pilotando um carrão anos 50 turbinado com nitro, foge de dois veículos repletos de caras armados. Em determinado momento, o herói fecha um cavalinho-de-pau no meio da estrada e, dirigindo de ré, sem perder a pose, metralha o carro que vem atrás, explodindo-o, só para então dar novo cavalinho-de-pau e voltar à posição normal!
No final, quando Cobra enfrenta sozinho o exército de assassinos e o próprio Caçador Noturno, ele o faz munido de metralhadoras e granadas dignas de um pequeno exército. Você pode questionar como é que um policial tem arsenal de guerra à disposição para uma emergência como essa, mas é melhor deixar pra lá.
Dentro de uma siderúrgica, no auge da sua maluquice, o Caçador Noturno comete o erro de ameaçar o herói: "Me leva preso, seu porco!". Mas é claro que Cobra prefere assumir o papel de juiz e executor, e enfia o psicopata num enorme gancho metálico, que leva o pobre coitado direto para uma morte lenta e horrível dentro de uma fornalha. The End.
O tempo transformou STALLONE COBRA numa divertida comédia, mas não dá para desmerecer o trabalho do (falecido) diretor George Pan Cosmatos. Ele usa e abusa de praticamente todos os recursos à sua disposição para deixar o filme mais "bonito", de filtros coloridos a câmera lenta, de lente grande angular a olho-de-peixe, e por aí vai. Podem reclamar o quanto quiserem do filme, mas ele é inegavelmente bem filmado e bem editado. Claro, no tocante ao roteiro e às interpretações, a história é diferente...
O roteiro infantil de Stallone não se preocupa em momento algum com a lógica. Até porque Cobra poderia resolver o caso todo aos 20 minutos de filme, quando alguns capangas do vilão vão tentar pegá-lo em sua casa. Claro, ele prefere matar os sujeitos (mesmo desarmados) a prendê-los e interrogá-los, mas a identificação dos cadáveres daria no mínimo algumas pistas sobre os outros membros da quadrilha. Só que isso seria algo inteligente demais no universo de HQ de STALLONE COBRA.
Quando não está matando gente, o herói fica falando bobagens que, pelo menos na cabeça de Stallone, seriam uma forma de transformá-lo num sujeito legal. Tenta, por exemplo, incentivar o parceiro viciado em fast food a comer comida saudável. "Vai, come uma fruta, uma uva-passa, uma ameixa. Isso faz bem pra você", diz. Obviamente, soa artificial. Assim como o romance de Cobretti com Ingrid.
E é o cúmulo do hilário ver herói e mocinha sozinhos num quarto de motel: a bela Ingrid desamparada deitada na cama, esperando pelo seu herói... mas este prefere ficar sentado num canto limpando sua metralhadora!!!
É difícil, hoje, imaginar que um filme bobo como STALLONE COBRA possa ter gerado tanta polêmica na época do seu lançamento. Ainda bem que o tempo faz justiça a certas obras: Stallone dizia que seu filme não devia ser levado a sério, e hoje são poucos que o fazem.
Ironicamente, STALLONE COBRA agora pode ser visto como uma sátira do próprio cinema de ação daquela época, e neste aspecto é até mais engraçado que "Chumbo Grosso", comédia (assumida) dirigida recentemente por Edgar Wright.
PS 1: Stallone apaixonou-se pela atriz Brigitte Nielsen, uma promessa de estrelinha da época que acabou não dando certo. Ela também apareceu em "Rocky 4", dirigido por Stallone, na época em que os dois namoravam. Depois, o astro descobriu que era traído: Brigitte saía com sua própria secretária!!! Pode? Nessa, pelo menos, o Cobretti se deu mal...
PS 2: STALLONE COBRA foi considerado um fracasso de bilheteria na sua época, mas ficou tão imortalizado na cultura pop que gerou jogos de videogame (produzidos pela Ocean para pelo menos três sistemas operacionais da época, Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum) e até dois gibis não-autorizados - um na Hungria (!!!) e outro no Brasil! Você pode ver imagens do jogo e dos quadrinhos húngaros abaixo; já para ler a HQ brasileira na íntegra, clique aqui.

E tem uma coisa engraçada: a Ocean teve que fazer a programação do jogo na corrida para que o lançamento do game correspondesse com a estréia do filme nos cinemas. Por causa da pressa, numa das versões os caras cagaram O FINAL DO JOGO: durante a batalha final do Cobra com o Caçador Noturno, o último chefe simplesmente NÃO MORRIA e o pobre jogador era obrigado a desligar o videogame quando cansasse de dar porradas inutilmente no sujeito imortal!
PS 3: O IMDB informa que o mito Ron Jeremy foi extra no filme. Alguém conseguiu identificar um gordinho, baixinho, bigodudo de pau grande no meio dos tiroteios?
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Stallone Cobra (1986, EUA)
Direção: George Pan Cosmatos
Elenco: Sylvester Stallone, Brigitte Nielsen,
Reni Santoni, Andrew Robinson, Brian Thompson,
Art LaFleur e John Herzfeld.
35 comentários:
Você é um cocô! E eu vou matar você.
Nunca ver um filme dublado é tão bom. Cobra eu só vejo assim!
Eu joguei o game do Cobra na época. E era tão bom quanto o filme! E concordo com o Pedro: é melhor admirado quando visto na versão dublado. O dublador criou bordões inesquecíveis!
Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Faz tempo que vi o filme. Mas adoro Stallone. Mais do que gostava na época, pra falar a verdade. Baixei o filme da net, esse post me animou muito a vê-lo.
É verdade que existe uma versão uncut do filme?
Um amigo me disse que viu em VHS há muito tempo!!
Até onde minha memória ajuda, o filme teve uma estréia normal nos cinemas mas, uma reportagem sobre a influência dos filmes violentos no comportamento dos jovens (referindo algum fato da época) citava Cobra como exemplo. O ministro da justiça mandou a censura recolher e rever a faixa etária, o filme foi liberado com cortes e mais tarde, após recurso da distribuidora, a justiça permitiu a exibição novamente sem cortes.
É, esse filme tinha censura bem alta, lembro disso.
Deu uma puta vontade de rever... Outro dele que eu tenho vontade de rever é Falcão, mas esse eu tenho medo de achar uma bosta, é meio que o "Karate Kid" dele, hahahahahaha
O interessante é que o mesmo livro ("Fair Game", de Paula Gosling) que deu origem a "Cobra", foi novamente adaptado para o cinema no fraco "Atração Explosiva", sendo que os dois filmes não tem nada em comum além da idéia central que gira em torno de um policial durão pretegendo uma testemunha de um crime.
Houve também uma versão blaxplotation chamada "Black Cobra", com Fred Williamson no papél principal.
Adoro "Stallone Cobra" e perdi a conta de quantas vezes já assisti, mesmo o filme sendo um monumento a estupidez.
Cara, eu tenho orgulho de ter essa pérola em DVD aqui em casa (pena que os desgraçados da Warner não puseram nele a clássica dublagem). Pra relembrar, deixo a cena do supermercado dublada: http://www.youtube.com/watch?v=yF832wQfWps
Os fãs de LVT que fiquem no seu canto, eu quero é me divertir ao ver filmes!
um dos melhores filmes de ação que já assisti,
"Os malucos matam pessoas esperando criar um "Mundo Novo", mas isso nunca fica explicado."
Felipe, acho que isso é fruto da maluquice dos bandidos, Cobra é demais, não é a toa que é xará do John Wayne
MARLOS, obrigado por citar o "Black Cobra" com Fred Williamson, que eu vergonhosamente esqueci de colocar no final como "PS 4". O roteiro dos dois filmes é praticamente idêntico, mas é claro que a versão italiana é ainda mais engraçada.
Como curiosidade adicional, "Black Cobra" fez um sucesso tão grande que deu origem a uma série, ganhando três continuações. E a última, dirigida pelo Umberto Lenzi (!!!), na verdade é uma colagem picaretona das cenas com o Williamson feitas para os três filmes anteriores! hahahaha.
Aguardem uma resenha do "Black Cobra" para breve.
A propósito, aproveitando a deixa, "Stallone Cobra" é o tipo de filme divertido e imbecil que "Machete" poderia ter sido.
um dos grandes classicos das madrugadas globais!!!!
Resenha fantástica Guerra, lembro de já ter lido lá no BOCA DO INFERNO na sessão Of Topic, junto com o Cabeças Trocadas, ahahaha.
Eu dei sorte e assisti Stallone Cobra no cinema Olido aqui no centro de São Paulo, ainda na sua versão integral e censura 14 anos!!! Logo depois houve os cortes e a censura foi para 18 anos.
A propósito, falando em censura, acho incrível como naquela época saiam tantos filmes com censura 14 anos. Pega esse período por exemplo de 86 a 87, tinhamos A Mosca, Robocop, Predador, Duro de Matar, todos filmes bem violentos que os caras faziam e pronto! Hoje em dia é uma frescura se o filme vai ser 18 anos, PG 13, se é 12 anos já caem em cima matando (como foi caso de quando anunciaram o LOBO da DC). Enfim, só quero dizer que o que faz o filme ser bom é o seu roteiro, e não a classificação de idade (acho).
E Guerra, já que você falou novamente do MACHETE, já viu um teaser doido que tá na rede, um tal de CITZEN JANE, com a Michelle Rodriguez, uma espécie de "refilmagem de ação(!!!)" do Cidadão kane, hehe. Confere aí no Youtube.
1986, burlando a censura no Cine Marabá. Vi o filme da cabine do projecionista três vezes num fim de semana. Stallone detonando motoqueiros do inferno! Quer infância mais saudável do que essa? rs.
Excelente, Guerra! Vou até partir pro berço reassistindo o Cobra dublado no YouTube.
Boa noite! =D
E Cristian,
Cara, tu me lembrou um momento nostálgico. Quando eu fui em uma unica vez ao cine Marabá assistir "O Novo Pesadelo" com meu velho quando era muleque.
Eu assisti na estréia em SP, no Cine Gazeta ... deveria ter uns 18 ou 19 anos na época ... o filme foi "demais" ... muita ação e sangue escorrendo ... depois eu assisti novamente e o filme já estava censurado ...
Minha tia era casada com um cara que é cara do Brian Thompson, só que ele não é fortão, e é baixinho. Mas o focinho é o mesmo.
E Guerra, acho que foi nesse mesmo ano que saiu um filme policial bem violento também pegando carona com o Cobra, chamado EXTEMINADOR IMPLACÁVEL, com o HUTGER HAUER (Wanted Dead or Alive, em inglês).
Lembra, o Hauer tinha que pegar a todo custo um perigoso terrorista, e havia um bônus se o cara fosse capturado vivo. No final do filme, o Hauer pega esse terrorista, enfia uma granada em sua boca segurando só pelo pino. Aí quando parece que ele vai deixar o bandidão para as autoridades ele fala "Foda-se o bônus" e puxa o pino da granada explodindo a cabeça do maluco em mil pedaços!!! ahahaha. Demais.
Eu assisti na época do lançamento em VHS, e posso dizer que o filme cumpriu tudo o que propunha, naquele tempo: eu realmente achei Cobra um cara legal, e não encontrei um único problema de roteiro ou atuação (eu tinha uns 9 anos, pô). Lembro do meu pai dizendo no início do filme: "Esses caras sabem mesmo escolher os atores para fazer papel de bandido" - referindo-se à cara de mal do "cocô".
Enfim, esse foi um daqueles filmes que eu assistia e ficava me sentindo macho. Lembro ainda que, logo depois que rebobinei a fita, peguei minha BMX Superstar e fui dar uma volta na rua de casa, com um palito de fósforo na boca, é claro.
Realmente Felippe,fiz o que nao é correto..estarei tomando as providencias e reparando as coisas.
ha poderia eu,colocar o 'filmes para doidos'como se fosse uma parceria e colocar os devidos créditos ao seu nome e etc?
"this is where the law stops,and i start...sucker"
O Jonathas Cool tem meia duzia de blogs que não atualiza nunca, copiou na cara dura a descrição do perfil do Felipe Guerra, só mudando algumas palavras e ainda pede pro cara se pode usar o blog dele pra parceria.
Tem gente que quer pegar o vácuo no sucesso dos outros...kkkkk
Sobre a participação de Ron Jeremy encontrei essa informação:
"He was a concierge who gets shot in Killing Zoe and, in Sylvester Stallone's Cobra , a masked bad guy."
É só procurar então por um baixinho, gordinho e pintudo de máscara.
hey Guerra, tem alguma idéia do nome do dublador do Stallone nesse filme? essa voz é foda, o cara improvisava em todos os filmes, era um sarro! lembro de ter ouvido essa mesma voz em Rocky I e no NightRyder Do inicio do MAD MAX
O dublador do Sly era o falecido André Filho. http://www.stallonebrasil.com/2009/06/andre-dublador-stallone.html
Grande CRISTIANO! Eu estava justamente procurando pelo dono da voz "oficial" do Stallone aqui no Brasil, que era tão inexpressiva quanto o próprio astro naqueles tempos! hahaha.
E a versão black do Stallone Cobra já está "no ar". Divirtam-se!
Em tempos como esses nos quais estamos vivendo, com bandas coloridas e bandidagem solta, um filme com um cara macho e justiceiro como Marion Cobretti vira blockbuster.
Felipe, conheci seu blog há pouco e racho de rir com seus comentários. Tenho me divertido demais fuçando nos posts antigos como esse do Cobra, por isso aproveito para compartilhar uma informação sobre essa pérola dos anos 80. Houve um gibi tosco não autorizado por aqui também, fato que testemunhei na minha infância pois obriguei meu pai a compra-lo, algo feito com orgulho já que o próprio já havia me levado para ver o filme. Segue o link para os scans:
http://www.actionsecomics.net/2011/01/agente-cobra-watson-portela.html
Lembro bem do filme, excelente, em sp foram cortados 15 minutos, foi por excesso de violência mesmo, mas, assisti noutra cidade na íntegra (meu pai estava comigo) formou-se fila kilometrica. Stallone Cobra, sem cortes, dizia o anúncio na porta do cinema. Infelizmente, de 1986 para cá a violência saiu da ficção e está generalizada.
Revi o filme recentemente, e na boa, é MUITO RUIM, mas muito ruim mesmo. Impressionante como o filme é mal dirigido, sem ritmo, inclusive pra época, a luta final contra o vilão é constrangedora.
Tem um personagem emblemático e algumas frases de efeito e SÓ, é uma pena, porque aquele inicio no mercado é foda.
Eu ainda uso a frase "você tem o direito de permanecer calado",ficou gravado na memória, claro que só falo para insetos que ficam me mordendo ou asucrinando no calor(kkk), ótimo post, valeu
Assisti ontem, e não vi uma cena que tinha marcada na minha cabeça, ele abriu um saco preto com um cadáver e depois comendo a pizza ali mesmo, com a mesma luva. No lugar me deparei com a cena da pizza acontecendo posteriormente, já no apartamento. Essa primeira cena que eu comentei foi cortada da versão que eu assisti, nunca aconteceu ou aconteceu em outro filme?
Ótimo post! Parabéns.
Discordo das críticas a violência do filme, um bando de criminosos armados vc queroa que ele colo policial fizesse o que? Kkkk o resto da crítica eu gostei sim, esse filme eh excelente e marcou época.
Uma outra referência quadrinística a esse filme acontece no mangá Gamble Fish, em que um dos antagonistas (que mais tarde acaba ficando no time dos heróis por puro acaso) usa uma faca idêntica à do Caçador Noturno, além de citar o filme.
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