
"Sou uma pessoa muito preocupada com o homem. Com o seu estado de espírito, o seu 'modus vivendi' em função de uma sociedade falha e injusta que ele mesmo criou. Em meus trabalhos, dentro do que a atual estrutura permite, coloco em evidência esses problemas de desencontro psicológico. De deslocação, entende?"
A frase acima é creditada ao cineasta brasileiro Fauzi Mansur, um dos grandes nomes do violento ciclo sexploitation produzido na Boca do Lixo durante a década de 80. E, vendo seu filme DEVASSIDÃO TOTAL - ATÉ O ÚLTIMO ORGASMO, juro que fiquei me questionando onde estava essa sua "preocupação com o estado de espírito do homem e com a sociedade injusta": será que na cena em que uma carcereira sádica enfia a rosca de uma lâmpada ainda quente na vagina de uma prisioneira - cena mostrada em close e sem trucagens -, ou no momento em que um gorila (isso mesmo!) estupra outra prisioneira?
Brincadeiras à parte, DEVASSIDÃO TOTAL, por pior que seja (e é mesmo muito ruim), cumpre a cota de violência e perversões sexuais necessária para encontrar seu "público" no cenário sexploitation da Boca. E quem conhece um mínimo sobre as produções do gênero sabe que é preciso ter estômago forte para ver esses filmes - não só pela feiúra dos atores e atrizes e pelos asquerosos closes genitais nas cenas de sexo, mas também pela violência sexual (simulada) característica de muitos pornôs brasileiros. O que, obviamente, torna esses filmes bem pouco ou nada excitantes.
Mansur começou como um cineasta "sério", rodando comédias e dramas históricos (entre eles "O Guarani", com David Cardoso como índio!!!), antes de descambar para a pornochanchada e depois para a pornografia nos anos 80. Talvez com vergonha, costumava assinar suas obras pornôs com pseudônimos diversos, como Abdalla Mansur, Izuaf Rusnam (Fauzi Mansur ao contrário), Victor Triunfo e De Bako (foi com este que ele assinou DEVASSIDÃO TOTAL).
Hoje, o cineasta é uma figura avessa à publicidade e não gosta de falar sobre os seus filmes do passado, muito menos esses pornográficos. Dá para entender: não deve ser fácil comentar obras como "A Seita do Sexo Profano" (1985), que traz cenas quase explícitas de mutilação dos genitais, ou o chocante "Ninfetas do Sexo Selvagem" (1983), com uma cena de orgia entre os restos de uma ovelha morta de verdade em frente à câmera! (E ainda tem gente que implica com o "Cannibal Holocaust"...)
Pois em DEVASSIDÃO TOTAL, que é um legítimo WIP (Women in Prison, ciclo de filmes sobre mulheres na prisão), a famosa estrela pornô Márcia Ferro interpreta uma inocente seduzida por uma quadrilha de traficantes de escravas brancas. Prometendo bons empregos no Japão (!!!), a quadrilha atrai e aprisiona belas jovens numa ilha na fronteira do país, onde elas são "treinadas" para se tornarem prostitutas e serem vendidas a "prostíbulos do Paraguai".
Tal treinamento inclui todo tipo de abusos nas mãos da carcereira sádica, inclusive as já citadas cenas da lâmpada na vagina (fiquei o tempo todo apavorado com a possibilidade do bulbo da lâmpada quebrar no interior da pobre atriz!) e do estupro protagonizado por um gorila, o auge do mau gosto da obra.
Claro que o tal gorila não é real, e sim um mané vestido com uma ridícula fantasia de gorila, estilo "Trocando as Bolas", de John Landis. Mas é curiosa essa fixação simiesca de diversos produtores de pornôs da Boca do Lixo, algo que merecia um estudo aprofundado; afinal, macacos e gorilas também aparecem nos "clássicos" (sim, é ironia) "Alucinações Sexuais de um Macaco" (1986), de Custódio Gomes, e "Edifício Treme-Treme" (1984), de Nilton Nascimento, entre outros. Sempre interpretados por atores "humanos" (ou nem tanto) em fantasias de gorila e macaco. (Se fosse possível colocar um macaco verdadeiro para protagonizar cenas de sexo com as moças, os produtores da Boca do Lixo certamente o teriam feito!)
Mas voltando à trama: depois que todas as prisioneiras aparecem sendo violentadas, em cenas explícitas de sexo feio e mal-filmado, chegam à ilha dois náufragos (interpretados por Custódio Gomes, diretor do já citado "Alucinações Sexuais de um Macaco", e por Ronaldo Amaral, figurinha carimbada dos filmes pornôs com cavalos, como "Viciados em Cavalos" e "Meu Marido, Meu Cavalo"). Um deles se identifica como "o delegado Carlos Casado", e diz que o outro, fraco e ferido, é seu prisioneiro, Guilherme Risadinha, um marginal perigoso.
A mocinha Márcia acaba se apaixonando pelo prisioneiro durante sua recuperação, e logo descobre que ele é o delegado, e não o outro sujeito. Numa cena sádica, ela é estuprada pelo verdadeiro Risadinha na frente do seu amado - pena que "interpretação" não é o forte da estrelinha pornô da Boca, considerando sua expressão de serenidade durante todo o estupro!
Escrito por W.A. Kopezky (roteirista de vários pornôs de Mansur e diretor de "A Gaiola da Morte"), DEVASSIDÃO TOTAL divide vários elementos com "A Seita do Sexo Profano", que é do ano anterior. O principal é a narrativa do filme: as cenas foram rodadas sem captação de som direto, e por isso praticamente não há diálogos, apenas uma narradora comentando todas as cenas, na típica "narração para cego", que anuncia inclusive aquilo que estamos obviamente ENXERGANDO!
Devia ser muito mais simples fazer filmes assim, sem a necessidade de dublar os diálogos dos atores posteriormente. Por outro lado, fica extremamente tosco, principalmente a dublagem das cenas de sexo, quando gemidos absurdos ("ai, ai, ai...") são inseridos sobre as cenas inclusive quando as atrizes estão com a boca fechada, ou "ocupada" (se é que vocês me entendem).
Outro elemento em comum entre este filme e "A Seita do Sexo Profano" é a presença da atriz que interpreta Marcela, a carcereira sádica, e que no filme anterior aparecia como uma das demoníacas líderes da tal "seita do sexo profano". Não consegui descobrir o nome da moça, mas, apesar de ser muito feia, ela participa ativamente das cenas de sexo, tornando o filme ainda mais apavorante!
Com o fim da Boca do Lixo, no começo dos anos 90, os atores pornôs brazucas ou acabaram na miséria, ou morreram de fome. Os diretores não gostam de falar sobre o assunto. E assim se perde uma página muito interessante da história do cinema brasileiro. Márcia Ferro foi uma das poucas que continuou mantendo certo culto pós-Boca, e recentemente (2006), quarentona, até tentou um retorno mal-sucedido em pornôs produzidos pelo selo Brasileirinhas - um deles chamado "A Idade da Loba".
Quanto a Mansur, ele terminou a carreira fazendo filmes de terror filmados em 16mm e falados em inglês, para distribuir diretamente no mercado norte-americano. No geral, seus pornôs são muito ruins e verdadeiramente asquerosos, com gente feia, sexo feio e nada excitantes - a não ser que você seja um sádico ou doente mental que se excite vendo torturas e abusos contra mulheres.
Tudo bem que os pornôs de José Mojica Marins, Sady Baby e outros grandes nomes da Boca também traziam gente feia e sexo nojento. O diferencial é que os filmes deles eram pelo menos engraçados. Não é o caso das obras de Mansur, que se mantêm revoltantes e difíceis de ver até o fim sem o auxílio do fast foward.
Mas é sempre interessante conhecer este momento pouco lembrado e pouco estudado do cinema nacional (que muita gente, garanto, gostaria que ficasse esquecido). Os violentos pornôs brasileiros, como DEVASSIDÃO TOTAL, não fariam feio em comparação àquelas famosas obras extremas vindas do Oriente.
Por isso que eu fecho com o pesquisador Nuno César de Abreu, autor do livro "O Olhar Pornô", quando ele diz que os filmes pornôs brasileiros não excitavam, mas sim INCITAVAM! Calígula e o Marquês de Sade às vezes parecem meras crianças travessas perto das barbaridades encenadas pela Boca do Lixo no seu ciclo do sexo violento - como as lâmpadas e revólveres enfiados na vagina em DEVASSIDÃO TOTAL...
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Devassidão Total - Até o Último
Orgasmo (1986, Brasil)
Direção: De Bako (Fauzi Mansur)
Elenco: Márcia Ferro, Ronaldo Amaral,
Custódio Gomes, Neusa Dias, Sheila
Santos e um gorila de mentira.
20 comentários:
E ae, Felipe!
Cara, simplesmente eu ignorava a existência destes tais filmes da boca do lixo. Apesar da qualidade das obras ser indiscutivelmente baixa, é muito interessante conhecer esse período do cinema brasileiro que assim como eu, muita gente desconhecia. Gostaria de ver um livro publicado sobre esse assunto. Será que existe algum?
Continua com bom trabalho e, pô, atualiza mais esse blog. Valeu.
MARCOS, existem alguns livros sobre a Boca do Lixo, mas nenhum deles "como deveria ser", com resenhas completinhas dos filmes, reprodução dos cartazes, fotos, etc etc. Esse é um trabalho que ainda precisa ser feito, e, considerando a dificuldade de encontrar a maioria dos filmes hoje (bem pouco foi lançado em VHS e quase nada em DVD), eu diria que é um trabalho para louco.
Os que eu posso indicar são "Boca do Lixo - Cinema e Classes Populares", de Nuno César Abreu, que conta a história da produção de filmes na Boca (mas sem se ater muito aos filmes em questão), e "Cinema da Boca - Dicionário de Diretores", de Alfredo Sternheim, que traz curtas biografias do pessoal "pau pra toda obra" que fazia cinema na Boca, mas, novamente, sem muitas referências ou detalhes sobre os filmes (mas compensa com fotos muito legais das produções e dos bastidores).
Que eu saiba, estas são as únicas obras de referência sobre o cinema da Boca hoje disponíveis por aqui.
Felipe, meu tio Elias Curi foi produtor do filme Sinal Vermelho - As fêmeas, primeiro filme da hoje estrela da globo Vera Fischer que teve o Fauzi Mansur como diretor, e você poderia fazer uma resenha do Gaiola da Morte.
Abraço!
Felipe, porque VOCE nao escreve o livro? Cara, ultimamente esta tudo tao facil com esse mundo globalizado e vc e o cara certo para escrever coisas sobre a boca do lixo porque vc analisa profundamente diferente de outros autores. Bem que o boca do inferno poderia falar com a editora que faz as revistas para publicar, tu pega fotos e posters da internet e pronto. ( fracasso de vendas que nao vai ser )
Confesso que estou desenvolvendo uma certa admiração pelo Fauzi. Acho "Belas e Corrompidas" um bom filme, de verdade - boa mistura de pornochanchada com terror. Mas pelo visto o grosso (ui!) da obra do Fauzi são pornôs bizarros, como "Ninfetas do Sexo Selvagem" onde ele coloca um fauno no meio de vários bacanais. Felipe, sabia que ele tem filme novo pra lançar (sabe-se Deus quando) com a Bárbara Borges e a Iris Stefanelli ?
REI LEE, um livro desses demandaria anos de pesquisa, caça aos filmes e entrevistas com atores e realizadores. E uma situação financeira no mínimo satisfatória para permitir que se faça só isso. Sendo assim, e considerando a quantidade de coisas que eu faço, seria impossível dedicar-me a um projeto dessa magnitude. Se já é difícil radiografar a obra de um único diretor (digamos, Sady Baby), imagine só querer fazer um panorama geral de TODA a Boca do Lixo! Coisa para louco, que exige muita pesquisa e dedicação.
CARAÇA, gosto de várias coisas do Mansur, inclusive aqueles dois filmes de terror em inglês que ele rodou, com efeitos especiais que botam no chinelo muito CGI moderno. Não tenho muito estômago para os pornôs dele, mas é uma coleção de barbárie que faz títulos confirmados, como "Emanuelle in America", parecerem leves. Só uma correção: esse filme do fauno mandando bala é o "Rainhas da Pornografia", não o "Ninfetas do Sexo Selvagem".
É mesmo. Falha nossa. A professora Laura vai me colocar no canto de castigo. ;)
Não gosto do "Ritual of Death" ou do "Atração Satânica". Alguns efeitos do primeiro me lembraram do glorioso "A Maldição de Zachary".
Bem, como "filme de horror" não gosto de nenhum dos dois, mas ambos são umas tralhas de fazer inveja ao Bruno Mattei. E eu gosto muito dos efeitos especiais. Boa a associação com "A Maldição de Zachary/Slime City", é por aí mesmo, muita gosma e muito improviso, percebe-se claramente os "corpos falsos" com a cabeça verdadeira do ator para fora, mas eu gosto de ver os caras rebolando para fazer coisas bizarras com um orçamento mínimo. Tem muito independente hoje torrando grana de Lei de Incentivo à Cultura em maquiagem e não conseguem fazer tão boas quanto aquelas do "Ritual of Death", por exemplo.
Não acredito, finalmente uma menção à MALDICHÃO DE ZACHARY, filme que assisti na infância e depois ninguem tinha ouvido falar, cheguei a pensar que eu tinha imaginado tal filme rsrs
CGI é uma merda. Imagine "A Maldição de Zachary" com os efeitos de hoje. Argh !!! Até aquela bosta do turco "Semun" seria bacana se feito há vinte anos atrás.
Nossa, agora até bateu uma vontade de rever "A Maldição de Zachary". Vou desenterrá-lo da minha coleção de mofo... ops!, de VHS, e quem sabe em breve ele não ganha sua devida homenagem aqui no FILMES PARA DOIDOS.
Felipe, esse filme se encontra em VHS?Tô pensando em procurar uma fita véia dessa e passar par DVD e chamar alguns amigos "certinhos"e passar o filme pra eles assistir, provavelmente eu tomaria uma surra daquelas, mas isso não impediria minha "diversão" vendo a cara de espanto deles.
Também gostaria que você me tira-se uma dúvida sobre Gaiola da Morte, esse filme tem alguma coisa a ver com Arena da Morte I e II estrelados por Reb Brawn e Lou Ferrigno ou é só coencidência, até porque o titulo é parecido?
Espero que tenhamos críticas dos outros filmes como Sexuais de um Macaco" (1986), de Custódio Gomes, e "Edifício Treme-Treme" (1984), de Nilton Nascimento.Deve ser bem interessante exibi-los numa reunião com amigos?
Vi essa "beleza" pra baixar no T3 mas nem cheguei a pegar.
Um livro extensivo sobre a Boca do Lixo demandaria boa vontade dos diretores que ainda estão vivos para trabalho de pesquia e nós sabemos que muitos deles, como o Felipe frisou com o Fauzi Mansur, querem passar longe do assunto.
A propósito, Felipe, fui na exposição do Tony Vieira (moro na cidade dele) e posso dizer que foi uma decepção. Nenhum tipo de material interativo, ou sequer exibição de filmes do cara ou material da época: só um monte de quadros explicativos e nem ao menos um guia para explicar nada. Simplesmente deprimente.
Os caras são uns amadores, no mínimo deveriam ter organizado uma mostra com a exibição dos filmes dele. Mas por outro lado é compreensível: a maior parte da obra do Tony não saiu nem em VHS aqui no Brasil (eu mesmo tenho cópias de fitas com legendas em castelhano, distribuídas nos países hermanos). É capaz de vários de seus filmes estarem perdidos, ou em péssimo estado de conservação. Agora você imagina o sofrimento para correr atrás dos filmes, restaurá-los e exibi-los numa possível mostra...
Pelo que eu li na mostra, a família dele doou todos os negativos da coleção particular do Tony para a prefeitura daqui de Contagem, que mandou para o arquivo de BH, onde aguarda restauração. Isso mesmo: cada filme do Tony Vieira está mofando nos arquivos esperando para alguém tera boa vontade de restaurá-los. E eu digo CADA FILME MESMO. Em outras palavras, não é necessário correr atrás dos filmes como você disse, simplesmente restaurá-los, coisa que eles não se dão ao trabalho de fazer nem ao organizar uma exposição do cara na cidade onde ele nasceu.
Eu odeio a humanidade.
Acho que boa parte dos filmes que foram lançados naquela época não foram lançados em VHS, salva-se os filmes do Afonso Brazza, o problema é catar esse tipo de material, é dificel de achar por aí, me lembro oque eu ralei pra conseguir o filme Tex e o Senhos do Abismo com Giuliano Gemma, demorei um bom eito até achar com um colecionador na net e dublado.
Este sim é um filme para doidos!
Prezado Felipe e amigos do blog, o Fauzi tem explícitos bem melhores que este. "As Rainhas da Pornografia" e "O Analista de Taras Deliciosas" (com o Anão Chumbinho) são sensacionais e acima da média. Os da última fase feitos por ele e mesmo pelo Custódio (com produção do Fauzi) são muito porcos. O cinema brasileiro não preserva sua história há muito tempo. Uma pena o que está acontecendo com os filmes do saudoso Tony Vieira.
Sou pesquisador em cinema da Boca há algum tempo e conheço muitos cineastas da época, principalmente pelas coisas que fiz (e ainda faço eventualmente) na Zingu!. A grande maioria dos realizadores tem repulsa pelos filmes filmes explícito e pagam pra não falar a respeito do tema.
Sobre livros sobre o tema aconselho o livro do Nuno e também o Dicionário de Cineastas Brasileiros do pesquisador Luiz Felipe Miranda. Ele fez um trabalho notável. O livro do Alfredinho é meio incompleto e tem algumas informações erradas (tem cineasta que ele botou que morreu e o cara está vivo). Mas também ajuda bastante. O trabalho do Luiz Felipe é mais completo, ele realizou um trabalho mais amplo e entrevistou quase todo mundo. Os amigos acham esse livro em sebos, procurem no site Estante Virtual. O "Dicionário de Filmes Brasileiros" do Antônio Leão da Silva Neto também é uma obra de referência que ajuda bastante.
Espero que você Felipe, continue colocando nesse espaço outros filmes do período com o talento de sempre.
Matheus Trunk
www.violaosardinhaepao.blogspot.com
E ai Felipe, beleza?
To passando aqui pra te convidar pra participar do Fórum Papo Reto, um fórum sobre quadrinhos, cinema e cultura pop em geral, e eu acho que você pode acrescentar muito a esse espaço. Tem um pessoal que curte uns filmes para doidos, trasheiras e pornochanchadas (tem até uma pasta só pra conteudo adulto, se é que me entende hehe) e estamos ajudando na divulgação dos blogs de quem participa do fórum.
Passa lá que tenho certeza que você vai curtir:
http://www.papo-reto.com/forum/index.php
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