
Há duas maneiras de encarar este filme: comparando com "O Exército do Extermínio", de George A. Romero, já que a obra se propõe a ser remake dele, ou não. Mas das duas maneiras o resultado é frustrante, e na comparação ele ainda se sai pior. Afinal, depois do remake de "Last House on the Left" com final feliz, agora temos uma refilmagem de "O Exército do Extermínio" sem exército do extermínio! Os milicos com roupa de guerra bacteriológica, que eram o grande vilão do original, aqui se transformam em míseros figurantes, com os "crazies" do título em inglês ganhando o destaque que não tiveram lá nos anos 70 (ainda bem que tiveram a dignidade de mudar o título brasileiro!). Parece até que os realizadores confundiram "O Exército do Extermínio" com "Extermínio", já que os loucos do remake não são mais pessoas normais com tendências homicidas, como no filme de Romero, e sim criaturas quase mutantes com o rosto deformado, como os raivosos de Danny Boyle (o vírus agora muda até a cor do olho dos caras, vê se tem cabimento!). Só isso já estraga o clima de paranóia do original, em que você não sabia quem estava infectado ou não - o remake faz questão de diferenciar os loucos didaticamente, através de sintomas como sangramento nasal e veias escuras e dilatadas no rosto. Situações interessantes do filme de Romero, como a busca da vacina para o vírus e o militar preocupado com o avanço da epidemia, são simplesmente deletadas. Enfim, se aqui tiver 10% das idéias do Romero, é muito! Para piorar, acrescentaram besteiras como o militar arrependido que ajuda os heróis, no melhor estilo "politicamente correto" desses novos tempos. Para não ser injusto, até há algumas boas cenas de suspense isoladas - como a do lava-jato. Porém, mesmo sem comparar com o original (o que é bem difícil), o resultado é um filme estúpido e sem propósito, repetitivo (há TRÊS cenas idênticas em que um dos personagens principais é salvo da morte no último momento por alguém que chega por trás), e cheio de rombos no roteiro - como os loucos que não fazem cerimônia em matar qualquer um que cruze seu caminho, mas têm o discernimento de parar para amarrar uma das vítimas, só porque ela é a esposa do herói e precisa ser salva na hora H...

É uma bela surpresa este filme independente nacional com óbvias influências "tarantinescas", entrelançando os destinos de três personagens bizarros (e um universo de figuras secundárias milagrosamente unidas ao trio) dentro de um escuro e mórbido necrotério. A trama transborda citações a filmes, música e quadrinhos, com doses cavalares de humor negro - há referências a zumbis haitianos, catalepsia e necrofilia. Estiloso, o diretor Biscaia Filho consegue um ótimo resultado com as idas e vindas no tempo, num filme que, como já anuncia o título, realmente lembra uma absurda história em quadrinhos. Também há sangue e violência, mas nada de muito chocante ou apelativo. Começa meio devagar, com enormes diálogos à la Tarantino que podem desestimular alguns espectadores (o filme é baseado numa peça teatral escrita pelo diretor); mas depois engrena e torna-se bastante divertido e original, com ótimas interpretações do trio central, especialmente Leandro Daniel Colombo como o médico-legista sociopata com hábitos, digamos, bastante esquisitos. Em meio ao festival de citações gratuitas ou não (a protagonista chama-se Ana Argento), o ator que interpreta o cataléptico (que retorna repetidas vezes da "morte" ao longo do filme) é muito parecido fisicamente com Tim Matheson, que também interpretou um homem que "volta da morte" no interessante "Morto, Mas Nem Tanto", de Frank Darabont - terá sido uma citação intencional? Uma pena que "Morgue Story" tenha ficado restrito ao circuito de festivais, e dos bem alternativos (talvez até em função do título amalucado), pois merecia pelo menos um lançamento comercial em poucas salas - como aconteceu com bobagens cult como "Os Famosos e os Duendes da Morte". Enfim, um filme diferente e sem paralelo na cinematografia nacional contemporânea, e que por isso mesmo merece ser descoberto.

Eu posso estar sendo generoso demais, pois até agora só li críticas negativas ao filme, mas achei esta seqüência tão boa quanto o "Abismo do Medo" original, dirigido por Neil Marshall em 2005. Até porque é uma daquelas raras continuações que realmente fazem jus ao "Parte 2" no título, com uma trama que se passa poucos dias depois do primeiro filme e ainda resgata diversos personagens deste - inclusive os que morreram, e cujos cadáveres são encontrados pelo caminho! A trama é simplória: a polícia resolve levar a sobrevivente do original (Shauna Macdonald) de volta à caverna em que ela e as amigas foram atacadas por misteriosas criaturas assassinas. Segue-se um festival de cenas claustrofóbicas realmente incômodas, que colocam seus personagens em lugares cada vez mais escuros e apertados, passando uma sensação de desconforto ao espectador (claustrofóbico ou não). Uma delas, que mostra duas garotas cruzando um túnel subterrâneo por baixo d'água, respirando no exíguo espaço que separa a superfície da água do teto do túnel, me lembrou o clássico da Globo "A Fortaleza" (aquele das crianças seqüestradas). Como não há mais novidade, o diretor Harris encharcou o filme de sangue, com diversas cenas de violência explícita e jatos do famoso líquido vermelho-escuro - e sem poupar os personagens, que sofrem horrores. O final traz um furo de roteiro gigantesco (SPOILER - Se o velhote ajudava as criaturas, por que ele não matou a sobrevivente logo na cena inicial para proteger o segredo, ao invés de permitir que ela voltasse à cidade e originasse uma expedição de volta à caverna? - FIM DO SPOILER), mas até ali a montanha-russa de sustos, gore e nojeiras variadas já terá cumprido o seu objetivo. Como eu escrevi no começo, talvez esteja sendo generoso, mas realmente achei o resultado muito divertido - além de uma das raras boas seqüências dos últimos anos. Mas estou na torcida para que não exista um "Abismo do Medo 3", pois a trama já é satisfatoriamente concluída e uma terceira aventura no interior da escura caverna já seria repetitiva demais...

Tem algo de muito estranho nessa continuação que eu aguardava com bastante ansiedade até, esperando por um "terrir" no mesmo nível do divertidíssimo "Cabana do Inferno" (2004), de Eli Roth. O fato de a seqüência ter sido filmada em 2007 e engavetada desde então já evidencia que houve diversos problemas durante a produção: inúmeras mudanças de roteiro, cortes e refilmagens de cenas. O resultado final é tão grotesco que o diretor West tentou tirar seu nome dos créditos, e nem dá para culpá-lo: a montagem é uma atrocidade, e o tempo todo parece que falta alguma coisa - ou MUITA coisa -, que provavelmente veremos algum dia numa "director's cut". A trama mostra o vírus devorador de carne humana saindo da cabana do filme original para invadir uma escola, justamente na véspera do baile de formatura. Há um espírito exagerado e brincalhão de terror oitentista (o diretor West repetiu a homenagem em "The House of the Devil"), e uma tentativa de superar o nível de nojeira do original, jogando na tela todo e qualquer tipo de aberração, de peitos cobertos de feridas até o close num pênis necrosado ejaculando pus (!!!). West também tenta recuperar o bizarro humor sexista de Eli Roth, filmando uma cena de sexo com uma gorda enorme. Mas a edição tenebrosa não permite nem ao menos conhecer os personagens antes que eles comecem a morrer, e quando a história "acaba", o filme ainda segue adiante com uma última cena completamente deslocada, que certamente deveria ter sido mostrada ANTES. Mesmo a cena do baile de formatura, que pelas fotos divulgadas prometia um banho de sangue histórico, fica aquém do esperado. E por mais que o filme tenha seus momentos gore e/ou engraçados, quando surgem os créditos finais você fica na dúvida se gostou (pela "coragem" de apresentar tamanho festival de esquisitice e nojeira) ou não (pelos mesmos motivos). Mas é possível que o melhor tenha ficado no chão da sala de edição. Ou não. Assista e tire suas próprias conclusões - ressaltando que isso é para públicos beeeeem específicos.

Sempre reclamei que não se faz comédia adolescente no Brasil (a última digna de menção é "Houve Uma Vez Dois Verões", de Jorge Furtado, e lá se vão 8 anos!). Aí é só sair um filme nacional dentro desta proposta, e que logo se revela um sucesso com seu público-alvo, para a nossa medíocre "crítica especializada" sair fustigando. Pura implicância: "As Melhores Coisas do Mundo" é um retrato bastante divertido de uma geração que vive cercada pela falta de privacidade promovida pela tecnologia (com internet, câmeras digitais e telefones celulares tornando públicas as fofocas e segredos). De quebra, ainda enfoca questões como amizade, perda da virgindade e o drama com o divórcio dos pais. Tudo bem que há algumas coisas gratuitas e uma sensação de que o filme tenta abraçar o mundo (a subtrama do adolescente que tenta se suicidar, por exemplo, é gratuitíssima!). Mas o filme é engraçado, realista e bastante simpático, conseguindo se comunicar muito bem com seu público-alvo e com os adultos. É por isso que soam como implicância as resenhas ranzinzas que queixam-se de o filme retratar um universo de jovens da classe média-alta. Típica cretinice de crítico tupiniquim, que nunca deve ter visto uma comédia adolescente norte-americana. Ou então esperava ver uma comédia adolescente passada na favela, ou no Nordeste (talvez queiram promover um "sistema de cotas" no cinema nacional também?). Afinal, para certos críticos, todo filme brasileiro precisa ser um tratado de sociologia - uma triste herança dos tempos do Cinema Novo. Um aspecto curioso é o fato de que diretores e roteiristas adultos, como Jorge Furtado em "Houve Uma Vez Dois Verões" e Laís Bodanzky aqui, conseguem se comunicar com os adolescentes muito melhor do que certos jovens realizadores, cujas obras tentam ser "cult" e acabam direcionadas a um público moderninho muito restrito - claro que falo de "Os Famosos e os Duendes da Morte" e "Apenas o Fim", dois recentes e decepcionantes "filmes sobre jovens feitos por jovens que pensam ser adultos". Meus melhores votos para que "As Melhores Coisas do Mundo" continue fazendo sucesso e gere mais uma série de bons filmes para jovens.

Curto e grosso: "Dupla Implacável" é aquele filme de ação imbecil que você assiste agora e daqui a meia hora até lembra de algumas cenas, mas já esqueceu completamente sobre o que é a história ou mesmo o nome dos personagens. Mas o que esperar de um filme cujo pôster traz John Travolta careca e disparando uma bazuca? Mesmo tendo gostado muito do trabalho anterior de Pierre Morel (o ótimo "Busca Implacável", com Liam Neeson), eu já fui ao cinema com o cérebro desligado, sem esperar grande coisa, e por isso acho que o programa valeu o ingresso. Afinal, como não gostar de um filme em que um John Travolta sem noção sai enchendo terroristas árabes (claro!) de tiros, disparando frases de efeito ("Wax on, wax off") com a mesma velocidade das balas? É quase um retorno àquelas maluquices dos anos 80. E, nestes tempos politicamente corretos, é digno de menção um "herói" que cheira cocaína e transa com prostitutas quando não está salvando o mundo. E que não hesita em meter bala na cabeça de uma terrorista durante um jantar de amigos, cena impagável que lembra momento semelhante de "Busca Implacável". Isso, mais a citação explícita a "Pulp Fiction" e seu "royale with cheese", garantem o programa para aqueles que não querem nada além de uma aventura estúpida e movimentada; já aqueles que esperam um "algo mais" certamente ficarão decepcionados, pois não há nada além do que promete o pôster do cinema - John Travolta careca e disparando uma bazuca... Enfim, um futuro novo clássico do Domingo Maior.

Momento de confissão: eu nunca tinha visto um filme dirigido por Paul Greengrass (nem mesmo os da série "Bourne"), e, a julgar por este seu mais recente trabalho, não perdi muita coisa - e vou continuar sem ver os próximos. Como o nome do diretor e o pôster (que só traz a fuça de Matt Damon) jamais me chamariam a atenção, o que me levou ao cinema foi a trama, que parecia interessante (ênfase no "parecia"), e as inúmeras comparações da crítica brasileira (de novo eles) entre "Zona Verde" e "Guerra ao Terror". Bem, a não ser que eu não tenha entendido bulhufas do grande vencedor do Oscar 2010, os dois filmes não têm absolutamente nada em comum: enquanto "Guerra ao Terror" não tinha heróis e preferia fazer um retrato da inutilidade da guerra (qualquer guerra), "Zona Verde" tem um herói bem definido e uma tentativa clara de "cinema-denúncia" em relação à Guerra do Iraque, algo semelhante às maquiavélicas teorias conspiratórias de Oliver Stone e Michael Moore. Greengrass precisa de um filme inteiro para contar que não existiam as armas de destruição em massa que motivaram a invasão norte-americana ao Iraque (como se isso fosse novidade), e coloca Matt Damon como o militar revoltado com a situação que resolve investigar o caso por contra própria, descobrindo uma conspiração envolvendo altos escalões políticos e militares. Tudo filmado naquele característico estilo documental (leia-se "câmera sacolejando o tempo todo"), numa obra cujo maior mérito é mostrar americanos contra americanos no Iraque, mas com um discursinho fuleiro que nunca convence - e um final feliz dos mais absurdos. Mesmo que a "perseguição" no clímax seja muito boa, não justifica tanto barulho por nada. Sorte que Greengrass tem seus muitos fãs (assim como os igualmente malas Stone e Moore). Mas se o restante da "obra" do homem for tão chata quanto esse filme, creio que não perdi nada ao nunca ter visto seus trabalhos anteriores.

Deve ser a segunda e única vez em que eu concordo 100% com certo crítico de cinema xarope cujo nome está proibido por aqui (a primeira vez foi com relação ao "Clube do Filme"). Tremendo vacilo de Peter Jackson, numa tentativa desesperada - e fracassada - de colocar mais alguns Oscars na sua coleção. O resultado é um filme híbrido que tenta misturar muitos gêneros, mas não escapa de ser uma cópia fuleira e excessivamente melodramática de "Amor Além da Vida" e "Ghost - Do Outro Lado da Vida" (e sem que nenhum dos gêneros misturados seja satisfatoriamente desenvolvido). Não li o livro em que o filme se baseia para saber o quanto da obra foi incluído na adaptação, mas já pesquisei para descobrir que Jackson foi cagão para não incluir o momento mais chocante, que é justamente o assassinato da jovem protagonista. Até então (e isso acontece na primeira meia hora), o filme ia razoavelmente bem; a partir de então, se transforma justamente no que anuncia o título brasileiro: a vítima fica "olhando do Paraíso" pela próxima 1h40min, sem nunca participar do que acontece na "vida terrena". Acompanha a impunidade do seu assassino, a investigação obsessiva movida pelo pai e a desintegração da sua família pela perda. Jackson tenta fazer um pouco de tudo: melodrama familiar, suspense investigativo, thriller sobre serial killer (a despeito das muitas opiniões favoráveis e da indicação ao Oscar de Melhor Ator, achei Stanley Tucci insuportavelmente clichê e caricatural na sua composição vilanesca), e até comédia, graças à personagem completamente dispensável da avó (Susan Sarandon, pagando um micaço). Com tudo isso ao mesmo tempo, Jackson só consegue é fazer um filme interminável, cujas cenas no Paraíso oscilam entre o clichezão (campos verdejantes e ensolarados) e a viagem de LSD, e as várias tramas alinhavadas no mundo real nunca emocionam ou se concluem com satisfação. E é tanto personagem sobrando no filme (como a garota médium que não faz nada no final, apesar de todo mundo esperar que sim) que fica ainda mais complicado agüentar até o "The end" (só consegui terminar de ver porque acionei a tecla FF). Pode ser que eu estivesse em "dias de insensibilidade", mas o filme não me convenceu em momento algum e só serviu mesmo para comprovar o declínio de mais um cineasta independente deslumbrado com os milhões que ganhou em Hollywood.
16 comentários:
Também não achei o Abismo do Medo 2 ruim.
Abismo do medo 2 não é ruim mesmoo...É ótimo.
O exercito do exterminio ainda nao falarei nada huauha não vi o original AINDA. ahuahua Um olhar do paraíso, eu discordo, achei maravilhoso. E quero muiiito ver esse brasileiro, As melhores coisas do mundo =D.
Estou tentando entender até agora o que deu errado em Um Olhar do Paraíso, já que o Jackson só estava acertando até agora. Estou até me perguntando se a produção do Spielberg não influenciou no resultado final...
Não entendi. O Felipe comentou sobre a refilmagem de um famoso filme do George Romero, duas continuações de filmes de terror famosos, e os novos filmes de Paul Greengrass e Peter Jackson. E um dia inteiro já se passou e até agora só três comentários.
Prezado Felipe,
Me chamo Diana Moro, sou responsável "ou irresponsável" como achar melhor, pela atual negociação de distribuição do filme MORGUE STORY.
Gostaria de solicitar sua autorização para utilizar sua resenha sobre o filme como "defesa" do filme, em nossa negociação com os exibidores nacionais.
Deixo aqui meus contatos para trocarmos informações:
diana@morocom.com.br, (41) 3013-4163
Um abraço, e obrigada pelo forte apoio ao bom cinema nacional,
Diana Moro
MORO COMUNICAÇÃO
Moro Filmes - Distribuidora de Conteúdo Independente
>E é tanto personagem sobrando no filme (como a garota médium que não faz nada no final, apesar de todo mundo esperar que sim)
Pois é, eu também achava que ela ia ter alguma importância. Pensei que a Susie iria pedia ajuda a ela para que a família pudesse pegar o assassino, no mesmo estilo do Ghost, mas a garota não aparece nem dez minutos na história!
Outro personagem que eu pensei que iria ter alguma importância na história, mas no final não faz nada é o policial interpretado por Michael Imperioli. De acordo com o IMDB, Jackson chegou a filmar cenas dele tendo um caso com a Rachel Weisz, mas cortou da versão final. Ainda bem, porque senão o filme ia ficar mais longo...
Um clone brasileiro do Tim Matheson? Sensacional.
Da lista, só assisti DUPLA IMPLACÁVEL. Pouco depois achei meio broxante o filme ter sido só aquilo, mas a verdade é que eu assisti ao filme de ação abestalhado e demente que estava querendo assistir. Mas já estou cheio dessa montagem "moderna" com não sei quantos por minuto que nos impede de VER as cenas de ação.
...com não sei quantos cortes por minuto...
Porra shittos, vai se fude fala mal de Paul Greengras, gratuitamente, sem ver os filmes do cara. Todo mundo tem q ganhar dinheiro por isso caras q nem ele fazem Zona Verde, Tim Burtom faz Alice 3D, e Michael Mann faz Ali.
Assiste Domingo Sangrento e Voo 93 antes de escrever q tu não perdeu nada.
Eu vi umas partes do "Vôo 93" na TV e continuo achando que não perdi nada ao não ver o filme inteiro! hahaha.
Hi, gosto muito do blog e pra dizer a verdade, nao tem dia em que eu nao entro pra ver se ha algo novo. Acho muito interessantes os comentarios sobre os filmes que vc faz, sem contar que tem um muito de nostalgia em relembrar daqueles filmes antidos que assistiamos na "Sessao da Tarde", "Sessao das Dez", "Corujao" e assim por diante.
Cara, existia um filme de terror do inicio da decada de 80, mais precisamente em 1981 chamado "The Burning", que no Brasil ficou conhecido como "A Vinganca de Cropsy" e passava no SBT, sobre um homem que foi queimado por um grupo de jovens e volta pra se vingar, matando os jovens com uma tesoura de jardineiro. Nao sei se chegastes a ver esse filme, mas com certeza eh um filme pra doido.
Abracos.
Fala DANIEL! Eu já escrevi um longo texto sobre The Burning na Boca do Inferno. Deixo o link para que você possa matar a saudade do pobre Cropsy: http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/chamas.html
Analisando a ultima critica deste post é perseptivel a grande dêcadencia de Peter Jackson. Porra, antigamente o gordinho nem sonhava em filmes ganhadores de Oscar mas hoje em dia faz tudo por mais uma estatueta para sua coleção.
Não vi o filme e nem pretendo velo (procuro ficar bem longe de filmes do tipo), só volto a ser fã de Peter Jackson quando ele voltar com aqueles Trashes do ínicio de sua carreira. Sei que é dificil, mas sonhar não custa nada.
O Peter Jackson errou feio ao fugir dos detalhes do assassinato e omitir o estupro, que é exatamente onde o livro se mostra impactante já que a escritora foi violentada na vida real e usou a experiência como base para a história.
O livro é barra pesada e daria uma obra prima se o diretor fosse o Peter Jackson do Almas Gêmeas.
O Spielberg disse que mudaria o final do Contatos imediatos, já que ele agora tem filhos e jamais permitiria que um pai de família largasse tudo para ir embora com os ET's.
Acho que o Peter Jackson está na mesma fase careta. A desculpa que ele deu no Lovely Bones foi bem parecida na linha do "não quero fazer filmes violentos, quero que minhas crianças possam assistir, não quero Rated-R limitando a audiência e blablabla"...
Para mim, Um Olhar do Paraíso é um filme que poderia ser refilmado daqui a algumas décadas, já que a história tinha potencial. Só é preciso tirar todas as cenas do Paraíso, deixando apenas a narração em off da protagonista, (no mesmo estilo de Crepúsculo dos Deuses e Beleza Americana), cortar o ridículo final do vilão, e tirar os inúmeros personagens coadjuvantes, ou no mínimo dar a eles um papel maior na história, como no caso da garota médium e do policial.
E obviamente, mostrar a cena do assassinato. Se Jackson tivesse feito isso, o filme teria sido infinitamente melhor. Agora é ver o próximo filme da dupla, que vai ser a adaptação dos quadrinhos do Tintin, para ver se eles se redimem.
Puts eu achei Abismo do medo 2 uma merda! Achei muito forçada a "desculpa" para este segundo filme.
Mas parabéns pelo blog cara!
Postar um comentário